Page 40 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1995
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Porém, ao mesmo tempo em puní-las mediante procedimentos
que acho que deva ser tratado como administrativos rápidos.
serviço público — para que não
haja mais dúvida de natureza con Ludgero Pattaro: — De tanto ouvir Ludgero Pattaro
Sem sobressaltos
ceituai, com os problem as que a palavra wireless, a gente já apren com <> w ireless
pode acarretar — . penso também deu a conviver com ela sem so
que, simultaneamente, a lei deva bressaltos.. Percebi, na palestra
estabelecer uma garantia de se pronunciada pelo Flávio, que a Moto
gurança tarifária e que esta seja rola dedica toda uma divisão para
estabelecida pelo máximo. tratar e^clusivamente do assunto. Do capital total, não seria o caso de haver
ponto de vista das tecnologias, há um tratamento diferenciado, já que a
José Ripper: — Gostaria de saber a uma polêmica entre o sistema TDM A grande contribuição de um acionista
opinião do Otávio — que não vê versus CDMA. Gostaria de ouvir sua minoritário de uma companhia nào
possibilidade de competição entre opinião a respeito. ocorre nesse caso?
empresas estatais e privadas, advo
gando uma privatização completa Flávio Grynszpan (Motorola): — Carlos Augusto Junqueira: — A
sobre se deve ou não haver uma A M otorola trabalha tanto com primeira pergunta, respondo nào.
política industrial e tecnológica. Em wireless, quanto com outros meios. Desconheço qualquer caso. 0 acio
caso afirmativo, como deve ser? Está lançando, por exemplo, uma nista das “teles'* tem uma caracte
nova tecnologia de cabo para todo rística muito especial.
Otávio Azevedo: Responder t po de transmissão via cabo, inclu Dada a facilidade de financiamen
como deve ser, é difícil. Devemos ter sive imagens. to, feita mediante a venda da linha
um programa brasileiro de desen telefónica, muita gente nem sabe que
volvimento científico e tecnológico. e acionista. Imagino que sejam cinco
Temos que ter uma política indus ou seis milhões de acionistas cm
trial que incentive a produção todo o Brasil e que uma grande parte
/ emando 1 de Souza
tecnológica e fabril. Pelo fim do nào sabe dessa condição.
íiutofimouiamento. Acredito que dificilmente, no caso
Lázaro José de Brito: A reforma das “tcles", exista um recesso
das telecomunicações está em anda maciço. Até por estas razões e
mento e se estuda a criação de um independente da qualidade da de
órgão regulador. A CVM é um órgão liberação que puder gerar o direito.
regulador. O que o Eli poderia sugerir Quanto às tecnologias wireless,
cm termos do que deve e não deve na Motorola a grande preocupação Fernando Vieira de Souza (H&T):
ser feito? da empresa e a de atender às reali — Por quê a CVM nào insiste para
dades locais. Por isso, ela faz GSM que o governo acabe de vez com o
Eli Lória (CVM): Em primeiro (o TDMA europeu), mistura TDMA autofinanciamento (Melhoraria a
lugar, um órgão com autonomia com FDMA, faz FDMAem trunking cotação das ações na Bolsa e mi
financeira. Creio que a estrutura da digital, e faz CDMA. nimizaria a possibilidade de haver
CVM é muito interessante, com um Para o Brasil, estamos propondo recesso.)?
colegiado formando sua diretoria, a tecnologia CDMA, porque ela faz
com mandato rotativo. I rente às necessidades de capacidade Carlos Augusto Junqueira: — Nas
O novo órgão deve ter uma área que São Paulo demanda. conversações entre a CVM e o Siste
de abrangência suficiente que lhe dê Há cerca de um mês, entrou em ma Telebrás, quando tratávamos de
oportunidade de encarar o futuro e operação comercial em Hong Kong, alterar essa forma de financiamento,
suas novas tecnologias. um sistema CDMA, demonstrando a o que sempre ouvíamos da Telebrás
Deve ainda ter um poder nor viabilidade comercial dessa tecnologia. era “não dá, não há alternativa e
mativo claro, com a possibilidade temos que continuar ainda com
de poder apurar irregularidades e I Aiiz Carlos Bahiana (Prcisidente da esse modelo."
Telebrcisil): — Duas perguntas para Depois, com o aumento da inten
o Dr. Carlos Augusto. Ocorrem casos sidade do debate sobre a pri\ atizaçáo
de direito de recesso em que todos na mídia em geral, a coisa ficou
os acionistas minoritários recorram abandonada, esperando a reforma,
José Ripper
Polflii o industrial < a esse direito? esse redesenho das telecomunica’
tecnológii a Sítn ou não ' Num caso como o do Sistema ções. Penso que numa reforma,
Telebrás, em que há um enorme com a participação da iniciatba
número de acionistas minoritários, privada, sem dúvida esse modelo
com parcelas muito pequenas do será alterado. (R.n.h./m.b.)
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