Page 52 - Telebrasil - Julho/Agosto 1995
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João Carlos Pinheiro da Fonseca
fome por telefones parece não ter qualquer supervia é o da interatividade, metálico. O futuro da operadora de T(\
é o de um grande centro distribuidor
fím. Segundo dados da União que ele distinguiu da bidirecionalidade. multi serviço, a que irão ter. de um lado,
Na interati\ idade, o usuário interage com
Internacional das Telecomuni
« cações - UIT, foram instaladas o sistema para enviar informações que os provedores desses serviços e de outro,
interconexões com a rede pública, com
ex
mundialmente, entre 1983 e 1993. dupressam sua vontade. Tomando como
exemplo a recepção da televisão disse
zentos milhões de linhas telefônicas e nós ATM (assynchronous transfer modo.
ao final do período ainda havia uma Albuquerque que o usuário precisa rede metropolitana de alta velocidade
demanda reprimida mundial de 45 mi interagir com o sistema para pedir e sistem as de distribuição de alta
lhões de linhas. A expansão da rede de determinado programa ou VOD (video capacidade, até a casa do usuário'
telefonia requer investimentos de bi on demmmand) ou reservar e pagar formulou Sérgio dos Santos.
lhões de dólares e as operadoras telefô um evento pré-programado ou PPV
nicas, depois de pagas as despesas de {pay per view). Im pacto
operação e manutenção do serviço, têm tal interação pode ser real, utili ü impacto cultural da supervia da
encontrado dificuldades em gerar recur zando um canal de retorno do próprio informação sobre a sociedade sera
sos de expansão em ritmo suficiente. meio ou virtual que, trocado em miúdos, inevitável. Graças à infovia, o cidadàr
Este cenário clássico da comunicação, significa o uso do sistema telefônico. poderá se comunicar do próprio lar
estático por muitas décadas, pode por telefone com os amigos, se en
estar mudando com a chegada das treter com programas de televisão e
superhighways transportando serviços \ ideojogos e através de serviços inters*
multimídia. Áo invés de se ter uma rede tivos, poderá efetuar compras, fazer
para cada tipo de serviço, como para aplicações financeiras no banco ele
telefone, televisão c transmissão de da trônico c ter seu eletrocardiograma
dos, a superhigway tem como ingrediente diagnosticado por um centro médico
básico a transmissão digital de faixa Uma das grandes aplicações para .:
larga, levada até a residência do usuário. infovia é no terreno da educação
Sérgio dos Santos, do sistema
Discussão Telebrás, disse que, em Brasília. toda>
Uma discussão que mal começa é as escolas da rede pública estão sendo
quanto à melhor tecnologia para levar interligadas com cabo coaxial e co
esta supcrvia de faixa larga, incluindo nexões rádio ponto-multiponto, com*:
uma via de retorno, até o domicilio do parte do programa Tcle-Educaçào
usuário. No time dos meios físicos, destinado a aperfeiçoar o sistema d,
fibras ópticas, cabos coaxias e até pares Na interatividade, o canal de retorno ensino na Capital Federal. Também
trançados de cobre disputam a trans pode ser de pequena capacidade. Já Mário Vaz, da Embratel. vê nas teleco
missão de sinais e pela equipe de meios na bidirecionalidade se tem o uso pleno municações de faixa larga um excelente
rádio se situam os sistemas celulares do canal em ambas direções como no meio a serviço da Educação que pode
móveis e fixos e os satélites. E não pode caso da videoconferência. ser explorado por uma associação ib
ser esquecido que existem no mundo Empresas de distribuição de tevê a iniciativ a governamental com a empresa
uma quantidade imensa de redes telefô cabo e operadoras telefônicas conver privada. Ele lembrou que o serviço d:
nicas, de cabo difusão e de difusão rádio gem quanto às vantagens da infovia. De radiodistribuiçào de sinais de tele\
ponto-multiponto instaladas, represen acordo com Sérgio dos Santos, do siste são ponto-multiponto, MMDS, usado
tando bilhões de dólares em investi ma Telebrás, a rede externa que “chega comercialmente nos EUA, a pamr <fc
mento, e todas querendo disputar uma a absorver até 40% do custo de US$ 2 1985, e hoje regulamentado no Brasi
fatia desse mercado. mil de uma linha telefónica" é o último nasceu para enviar sinais de televisão
Rajiv Jaluria, da First Pacific elo a ser modernizado num ambiente em educativa para as escolas distantes
Network, advoga, por exemplo, o uso que comutação e transmissão já fizeram Empresas operadoras públicas c
da arquitetura híbrida fibra-cabo coaxial sensíveis progressos. E a solução che iniciativa privada podem ser pareci'
ou HFC (hybrid fiber-coaxial), num gou com a fibra óptica que .em termos ras na implantação de redes de faiv-
arranjo em que as informações seguem rápidos, elevou a capacidade de trans larga. Mário Augusto Azeredo, direto*
por fibra até um nó de distribuição ou mitir 64 kbit/s até três quilômetros na da TTC T V a cabo, falou de stf
I Í C {fiber to the curb) e dai sendo rede metálica para taxas de Gigabytes, experiência de parceria com a Teler f
distribuídas por um leque de coaxiais a 30 e até 200 quilômetros, com o uso em Belo Horizonte, com o que con$e
até a casa dos assinantes. Em tal cenário, da janela óptica de 1,55 micron. guiu resolver o problema dos últircç-
a instalação do serviço telefônico “A fibra tem capacidade de trans cem metros, referindo-se à distribui
poderia chegar a US$300,00 por linha. mitir quinze vezes mais informação que final dos sinais em prédios e domicil‘d'
Já para Albuquerque, da TV Filme, o par telefônico a locais 16 vezes mais um problema sempre difícil pelo grar^
um dos problemas a ser resolvido por distantes do que seria possível com o par volume de cabeamento envolvido. *