Page 56 - Telebrasil - Julho/Agosto 1995

João Carlos Pinheiro da Fonseca

voz humana sempre será impor­

tante para a comunicação. A te­
Aparelhos duais permitirão que
lefonia nunca ficará obsoleta e um mesmo usuário tenha acesso

ganhará mobilidade com a tec­ a diversos sistemas.

nologia celular, novas dimensões com

a multimídia e aconchego com o tele­

fone pessoal. Tudo isto ficou patente

durante a realização da 2a Feira Nacio­

nal do Telefone - Fenatel efetuada no

Colégio de São Luiz, em São Paulo, mas

que já prometeu estar no Expocenter

Norte para o próximo ano. Um seg­

mento que vive do “marketing”, o even­

to foi promovido pela Aberimest.

Vander Stephanin, presidente da en­

tidade, queixou-se da relativa parali­

sação na entrega de terminais pelo

Sistema Tclebrás que afetou negati­

vamente os negócios na área de telefo­

nia. Ele citou que a fila, cm São Paulo, GSM - Global System for mobile Communications network) na Europa e

aguardando inscrições e instalações de Communications, com 4 milhões de PHS (personnal handyphonesystem)no

novos telefones — fixos e celulares — terminais; o japonês PDC-Pacific Digi­ Japão. O telefone pessoal opera na faixa

é maior que o mercado do México e tal Cellular, com 500 mil; o Digital de freqüências de 1,7 a 2 G}Hz e nào

que a Aberimest apoiou a queda do Amps (padrão IS 54-B e IS-136) e o como o celular convencional que opera

monopólio das TCs, “uma verdadeira CDMA - Code division multiple access de 808 a 900 MHz.

reserva de mercado”. Um acesso celular, (padrão IS-45). O telefone pessoal, cujo indicativo

no mercado paralelo em São Paulo, Numa visão rápida das tecnologia: de chamada se confunde com o do usuá­

estava cotado em tomo de três mil reais a América se cinde entre os sistemas rio, se destina ao mercado de baixo cus­

e encontra comprador. D-Amps e CDMA; a Europa e Austrá­ to, ao passo que o celular comencional

A 2a Fenatel também teve seu lado lia optaram pelo GSM e Africa, Ásia e os terminais utilizando satélites de bai­

didático. Kleber Castilho, dirigente da e América do Sul possuem diversas xa c média órbita (LEOs e MEOs) para

Aberimest-SP trouxe as peças perfor- tendências. Na Argentina, a Movicom comunicações de mais alta mobilidade

máticas “Acertar é Humano” sobre qua­ adotou o acesso múltiplo por divisão de cobre a parte superior do mercado.

lidade total, “Nós e a Norma sobre a código - ( DMA da Motorola e a O regime de exploração do ivwireless“

ISO 9.000” e “Apertem os C intos o Movistar por divisão em tempo - nos EUA é o do duopólio. A Federal

Piloto Sumiu” sobre atendimento ao TDMA, da Ericsson. Communications Comission - FCC

cliente. Alberto Centurião, matemático Constitui fenômeno à parte, a ex­ arrecadou cerca de USS 8 bilhões, lei­

tornado consultor e agente teatral, pansão do telefone pessoal ou PCS loando as faixas “A” e “B” para uso em

descobriu o filão de minipeças teatrais (personnal communications service) PCN nas principais cidades dos Estados

para treinar empresários que “fazem nos Estados Unidos, PCN (personnal Unidos. As faixas foram arrematadas por

apelo à emoção e são sintéticas”. Um

show performático vale por 40 horas

de treinamento e a sua “troupe” já rea­

lizou quase cinqüenta performances Fatos do Celular

para empresários, achou Centurião.

? São 650 milhões de linhas fixas no Canadá (18); Japão (2,5); Brasil (li.

Mercado Celular mundo aumentando à taxa de 4,5%, ao ? Maiores operadores de celular M a c

No ciclo de palestras da 2a Fenatel, o ano. São 60 milhões de telefones celu­ Caw; Southwestern Bell; GTE Bell

engenheiro Gilson Rondinelli F°, da lares no mundo mas que crescem 45% South, Date Mobil (Alem.); NTT (Jp.p

Telesp, traçou vasto panorama das ao ano. Telecom; Vodaphone; Air Touch; Bei!

comunicações celulares (vide box) J O volume de celulares irá suplantar Atlantic, (@ dados de 93).

observando que nos EUA elas já geram ou igualar, em breve,o dos telefones fixos J Tecnologias de acesso celular nos

USS 14 bilhões para as operadoras. J Distribuiç ão de celulares no mundo: EUA : CD MA (60%) e TDMA (AM­

Em relação à tecnologia, a telefonia ce­ América do Sorte (21 milhões de celu­ S'a Europa. GSM; No Japão: D-Amps c

lular migra no mundo do sistema lares); Europa (16,5); Asia (12); Améri­ CDMA A té o ano 2.000 o celular. er\

ca do Sul (2); Oceania (2); África (0,5) São Paulo, celular, já será 60% digita!
analógico, com o sistema AM Ps deten­ ¦ ^

do 60% desse mercado, para o digital. J Densidade celular. Suécia (10 celu­

Dentre os sistemas digitais mais sig­ lares por 100 habitantes); EUA (10), Fonte: 2* Fenstei

nificativos, ele citou: o Pan-Europeu