Page 49 - Telebrasil - Julho/Agosto 1995

Brasileira do Direito de Informática - do mundo, com 32 milhões de linhas, de vanguarda ATM {assvnchronous

ABDI e num dos intervalos do semi­ 15$ mil empregados, 90% de sua rede transfer mode).

nário, decorreu uma entrevista ao vivo, digitalizada. A ela pertence, a maior O consultor Bruce Egan, um cx-

via satélite, com Meredith Jones, do rede de pacotes do mundo, Transpac; o funcionário do Bell Core e agora

FCC. em Washington sobre o "Futuro maior serviço de videotexto, com 6 professor na Columbia Businnes School

da TV a Cabo no Brasil — Enfoque na milhões de aparelhos, Minitel; e o maior de Nova Iorque, modelou as tele­

regulamentação". número (/ milhão) de acessos RDSI - comunicações em duas vertentes — in­

Ethevaldo Siqueira, da Telepress, rede digital de serviços integrados. fra-estrutura e fazedora de lucros. A

resumiu que o Executivo está en­ Parte importante do contexto interna­ infra-estrutura, voltada para o grande

viando para aprovação do Congresso cional, as alianças que ocorrem entre público, é inevitavelmente de baixa

Nacional, projeto de lei que prevê diversas operadores (vide box) visam rentabilidade. Para crescer, ela precisa

critérios específicos para concessão, oferecer para seus clientes multina­ atrair capitais externos com liberdade

privatização e constituição de uma cionais, um só ponto de contratação e para a entrada e saída de ativos e

agência independente, tudo isso voltado faturamento e uma gestão ponta-a-ponta com perspectivas de longo prazo. O au-

para regular as TCs. Ele constatou a da conexão. As administrações da tofínanciamento nunca trará recursos

existência de idade elevada nos qua­ França e da Alemanha e depois a Sprint suficientes e nem as alianças globais.

dros da Embratel e alertou sobre a formaram o sistema Atlas para explo­ Já o "fazer dinheiro" é área de alto

necessidade de se preservar o Centro ração de voz, dados e imagens, em crescimento e envolve a convergência

de Pesquisa e Desenvolvimento da escala global. A Embratel, juntamente multinacional das mídias — entre­

Telebrás - CPqD. para reciclar pessoas com a Cia. Portugiiêsa Rádio Marconi, tenimento, tevê a cabo, operadores

e que se o centro parar sua atividade, estabeleceu a Aliança Atlântica que telefônicos e de satélites — para atender

mesmo que só por um ano, "poderá se propiciará presença em 17 países, mas a uma demanda dinâmica do mercado.

desagregar". que no caso brasileiro, pende ainda de A convergência não precisa ser física e

Por sua vez, José Câmara Brito, vice- aprovação superior. sim dos serviços que o ususário deve

diretor do Inalei, de Santa Rita do Já para Meriel Bradford, vice-presi­ ver como algo transparente. Interco-

Sapucaí (MG), lembrou que passadas dente de assuntos corporativos da Tele- nexão, e não alianças globais, é a chave

manipulações tiraram recursos das TCs. globe canadense, a empresa não se inte­ do negócio. Defendendo a liberalização

um setor que continua sendo um ressa por mega-alianças mundiais e em toda a linha, disse o conferencista

excelente negócio e pediu cuidado na prefere parcerias para assuntos defini­ que se uma Estatal não pode oferecer

implantação, pura e simples, de modelos dos. A Teleglobe é um dos parceiros do um serv iço, não deve impedir que outro

provenientes de outros países. Elias sistema Odyssey para comunicações possa fazê-lo.

Kallas, diretor de desenvolvimento do móveis mundiais, utilizando satélite O professor da Columbia Businnes

mesmo Instituto - que já formou de de média altitude e participa do cabo School ainda comentou que não dá para

30 a 40% do corpo técnico da I elchrás submarino óptico, Cantat-3, entre Eu­ estender um mercado competitivo e

observou que é preciso ter um projeto ropa e EUA, que já utiliza a tecnologia inovador a toda população. Alguns - /

para a Nação contemplando o técnico

e o social.

A flexibilização lá fora

Falando sobre a flexibilização dos

monopólios, Roland ( icldwerthe, diretor

da Francc Telecom, explicou que a

abertura das telecom unicações na

Europa levou mais de quinze anos para

ser implementada c ocorreu embutida

na construção, mais ampla, de uma

comunidade Pan-europcia. A emissão

do "livre verf\ em 1987, marcou os

primeiros passos concretos da Europa

rumoà integração de suas redes, harmo­

nização das legislações c pesquisa

tecnológica, em comum.

Já o "relatório Bangemann", de 1994,

marcou o Plano de ação da Europa,

rumo à Sociedade da Informação, en­

fatizando o papel do mercado e da união

de recursos a fim de melhor competir

na arena internacional, disse o consul­

tor Michcl Lacave, da Ismeri. A libe­

ralização das infra-estruturas de TC s vai

ocorrer na Comunidade Europeia antes

de 1996, exceções feitas para Bélgica,

Luxemburgo, Grécia, Espanha, Irlanda

c Portugal, cujo limite c o ano 2003.

A França liberou para o mercado

privado seus aparelhos terminais, em

60; os serviços de valor agregado,

cm 87; a telefonia celular, cm 88; e os

serviços dc dados, em 91. A Francc O Pais está muito bem situado em termos de supen/ias ópticas submarinas,

Telecom, uma estatal, é a 4*’ operadora que lhe dão posiçào estratégica mundial, no campo da mformaçào.