Page 30 - Telebrasil - Julho/Agosto 1995
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história do desenvolvimento da tecno
logia Tropico Tudo começou com o
projeto Stj.com nasc.do na LSP sena
rebatí/ado Siscom II no CPqD —
destinado ao projeto de um sistema digi
ta! de comutação, com arquitetura dis
tribuída. \ equipe da l SP do Stscom
ha\ia participado no desenvolvimento
do primeiro computador digital brasi
leiro o "patinho feio” — e parte dela
foi para o CPqD
"Teria sido impossível desenvolver,
localmente, um processador de alta
capacidade, indispensável ao projeto e
a arquitetura distribuída foi a solução
afortunadamente encontrada”, registrou
Luís Baptisteia. O Trópico-C foi em
realidade um concentrador de linhas
(dm o C) que acoplado a um equipa
mento MCP ( Wultiplexador por Codifi
cação de Pulsos i também desen
volvido no CPqD permitia estender
o âmbito de uma central de maior porte
Km pouco tempo, ele se tornaria um
produto comercial A entrada das centrais Trópico, nas licitações do Sistema Tefeòrás, comc.ü^
Com a experiência acumulada no com sensível queda no custo da comutação
Siscom c no Trópico-C nasceu no CPqD
o Tropico R. uma central CPA de
pequeno porte, em versão de 1.500 e A Livre concorrência não alcançam, por motivos vários, nem
depois 4.000 assinantes A central se O término dos contratos de obrigações atingem 60o* das cspecificaçõe- for
destinou, inicialmente. ao uso rural (dai em 1993 - a Telebras garantia a com mais ' alertou o pesquisador do CPqD
o R) A capacidade do Trópico-R. hoje. pra dc terminais as empresas que ha No Brasil, a situação do mercado de
chega a dez mil terminais. Sua base viam participado junto com o CPqD no comutação é bastante complexa Por
instalada é de tre/entas centrais, tota desenvolvimento do Trópico fez da m otivos históricos c competência
lizando setecentas mil linhas c seu central Trópico RA um jovem adulto própria, onze tecnologias disputam o
desenvolvimento prossegue junto á que saiu da proteção paterna, à procura mercado dc comutação AXE-10 da
inciativa privada, com a introdução de das licitações da Telcbrás, cm regime Ericsson (sueca). EWSD da Equitel Si
facilidades para telefonia celular e para de livre concorrência. As licitações têm emens (alem ã), \c a x -6 l da NEC
sinalização de canal comum. em seu julgamento critérios de requi (japonesa). System-1240. da Alcatel
A partir dc 1986, encerramos no sitos técnicos c de preços apresentados (francesa); DMS-100 da Norte! (cana
CPqD a fase do desenvolv imento da v er Sobre este tema. Luís Fernando dense); S-ESS e Autoplex. da AT&T
são do Trópico-R. de quatro mil assinan liaptistela comentou que a tecnologia (norte-americanas) 7. TX da Zctav
tes Até então, a transferência de tecno Tropico RA alcança 680 mil BHCA (paulista). Elcom da Batik (mineira) c
logia sc dava com o CPqD especificando (Busiest Hour Call Attempts) - uma Trópico R c RA (brasileiras do CPqD)
o último parafuso. A partir desta data. maneira de medir a capacidade de uma A tecnologia Trópico é produzida
pedimos a nossos parceiros da empresa central ainda que, no seu entender, industrialm cnte pela Promon ( e x -
privada que proseguissem com seu este não seja o melhor índice para medir Elebra). Alcatel (ex-PHTe Sesa ITT) c
desenvolvimento industrial", explicou o desempenho em uma arquitetura STC (grupo Madine) A idéia inicial
Luís Fernando Baptistcla. distribuída como é a do Trópico. “A do barateamento do terminal foi alcan
O último elo da cadeia Trópico, foi capacidade de 680 mil BHCA dá até çada coincidência ou não a intro
a central Trópico-RA (com A de Avan para comutar um tráfego equivalente ao dução do Trópico RA baixou o custo
çada) que hoje já é uma central dc de Nova Iorque”. do term inal e a navegação da
grande porte, na faixa de cem mil A central Trópico RA. uma tecno tecnologia brasileira cruzou o Trópico
assinantes O sucesso desta tecnologia, logia relativamente barata, compete c do impossível
inaugurada cm 1991. em Brasília, até até sofre as pressões normais do mer Como todo grande projeto, o Trópico
levou o então m inistro das Comu cado Uma operadora especificou um gerou filhotes tecnológicos O CPqD
nicações. Antonio Carlos Magalhães, milhão de BHCA nominais para uma
hoje senador da República (PFl.-BA). localidade intcriorana. Ganhou a lici desenvolveu um processador “prefe
rencial" para uso em equipamentos
a expressar que ela constituía "um tação, a central que tinha o terceiro digitais Foi instalada no CPqD uma
exemplo da capacidade e da compe preço mais alto mas cuja classificação
tência dos brasileiros cm superar, com central de referência de vinte mil linhas
técnica foi a melhor, sc dividido seu para teste dc novos desenvolvimentos
esforço e dedicação, os problemas BHCA por I milhão “Há que se ter
económ icos do País. colocando a cuidado com o índice de desempenho do Trópico, "ao vivo" I continua o
pesquisa a serviço da comunidade’'. desenvolvimento de sucessivas gerações
de centrais que no tráfego do dia-a-dia dc software, um diferencial importante