Page 48 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1995
P. 48
Equipe Telebrasil
Modernização, quebra do monopólio da União sobre as telecomunicações,
definição das regras para entrada da iniciativa privada em setores como os
serviços de dados, parcerias. Enfim, estas são algumas das questões que estão
sendo levantadas por muitas empresas do setor de telecomunicações e de
informática, quando se fala nas expectativas em relação ao novo governo e às
políticas que serão estabelecidas, para o setor, pelo ministro das Comunicações,
Sérgio Motta. Com o objetivo de tentar levantar um quadro mais preciso sobre
as principais questões e expectativas, a equipe de Telebrasil ouviu as opiniões
de algumas empresas do setor de telecomunicações e de informática.
— quebra, ou não, do monopólio a entrada de diversos fornecedores municação Integrada". “Isso implica
á i da União sobre as telecomuni- privados de acesso e serviços In na des regulamentação de vários
¦ ¦ cações é uma das principais ternet. "nós" existentes que ainda entravam
quesiões a serem enfrentadas pelo Na área de telefonia celular e co a evolução do setor, e a liberação
novo ministro das Comunicações. municações via satélite, as questões total da entrada de novas tecnologias,
Sérgio Motta. já no início deste go são muitas, como a abertura da banda além da liberação para investimentos
verno. quando deverão ser definidos B e adoção de um padrão para as co por parte do seloi privado, indepen
os critérios e as regras que orientarão municações celulares (leia-se polémi dentemente da origem do capital",
a chamada flexibilização do setor, tão ca TDM A X (’DMA). As empresas enfatiza.
alardeada pelo governo MIC como do setor de telecomunicações levan
uma de suas principais melas dentro tam. ainda, outros temas como a mo I n s u f ic iê n c ia d e r e c u r s o s
do seu projeto de modernização do dernização da infra-estrutura telefôni Outro dos grandes problemas a serem
Estado e do Pais. Principalmente ca do País, com o atendimento da enfrentados pelo governo FHC. na
quando se fala da exploração de demanda reprimida existente. Ansel opinião das empresas, é a insuficiên
novos serviços como os serviços de mo Nakatani, da Furukawa, é um dos cia de recursos para os investimentos
dados (leia-se, por exemplo. Internet que acreditam que o governo deve ler necessários á modernização do setor
comercial), telefonia celular e TVs a como uma de suas prioridades a de telecomunicações, conjugada com
cabo, só para citar alguns. plena satisfação dos atuais e futuros a flexibilização do setor e a preser
A palavra de ordem, flexibiliza assinantes do sistema telefônico, com vação da capacitação tecnológica
ção, é defendida por diversos perso uma preocupação com a melhoria da brasileira. Com este raciocínio con
nagens da área governamental, além qualidade dos serviços prestados, corda Paulo Fragelli, da Promon, que
do próprio Sérgio Motta. O ministro principal mente na área de telefonia acredita que “o governo FHC deve
da Ciência e Tecnologia, Israel celular, que, na sua opinião, ainda buscar formas de atrair o investimen
Vargas, por exemplo, também defen não é o que se poderia chamar de um to privado, em conjunto com o setor
de a quebra do monopólio como serviço satisfatório. público, em áreas como telefonia
condição básica para a implantação Para Anselmo Nakatani, outra celular, comunicações via satélite e
de uma infra-estrutura nacional de grande questão a ser enfrentada pelo broadband networks." Além disso,
troca de informações (a versão governo e pelo ministro, é a prepara ele defende o fortalecimento do
nacional da informaiion superhigh ção do País para a entrada efetiva na CPqD da Telebrás e a concentração
v iY /v norte-americana), o que significa chamada “Era da Informação e Co- em projetos de clara viabilidade c
48 »er- ,/f ev 9C> iMor-.ioc«!