Page 35 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1994

dade virtual será melhorada com o sen­ tentes, estão agora utilizando amplifi­ Já Nick Frigo, da instalação do Bell

tido do tato. O mesmo sucederá com as cadores ópticos com fibra dopada com Labs, em Nova Jersey (USA), concen­

fibras ópticas, hoje utilizadas para Erbio. trou sua palestra na chegada da fibra

investigar o corpo humano. Telas em • “Os novos cabos ópticos, operan­ óptica, junto ao usuário:

estado sólido, a cores, ainda estão limi­ do na janela de luz de 1,55 nanometros, • “A implementação prática do con­

tadas em tamanho. têm baixa figura de ruído, potências de ceito de superhighway inclui as adu­

Informática: os microcomputado­ trabalho acima de 100 mw, alta faixa toras ópticas de alta capacidade e a

r e s estão vencendo as máquinas de passante e capacidades de tráfego da chegada da fibra junto ao usuário final.

grande porte. Micros podem operar ordem de 4,2 Terabit/s. Um sistema de A técnica de divisão de sinal por difer­

cooperativamente e alcançar veloci­ controle permite que, falhando um entes ondas de luz ou wavelength mul-

dade de processamento de até 10 mil amplificador óptico, os demais mante­ tiplexing permitirá individualizar as

Mips. nham automaticamente o ganho global comunicações. A arquitetura em árvore

para distribuição de
Rede sem fio: as comunicações pes­
sinais de tevê está
soais. via rádio, se valerão de sistemas

mudando para estrela
de células para alcançar a realidade da
í com dim inuição do
comunicação pessoal. O tamanho das Superhigway é a adutora

células se ajustará ao tráfego. número de am plifi­

Pieocélulas de alguns metros, operando óptica ligando cadores no caminho.

• “Nos EUA, a
com baixos níveis de potência, para as redes do mundo1

alto tráfego e macrocélulas para baixas demanda para telefonia
cresce linearm ente,
densidades de usuários. C) desafio será

muito menos que a de
no software do sistema para assegurar

outros serviços como
que a informação do usuário o acom­
da transm issão, sem incom odar o Correio Eletrônico, videoconferência e
panhe corretamente.
usuário.” facsímile. Os serviços de vídeo, no en­

S o f t w a r e : a eficiência do progra­ • “O conjunto de cabos submarinos tanto. ainda têm penetração equiva­

mador deve poder chegar a 50 mil h ópticos, alguns sendo contratados, se lente a apenas 2( í do serv iço de telefo­

nhas por ano. À geração de programas destinam a percorrer o globo com 31 nia. A tecnologia dá a possibilidade,

de software tenderá a se aproximar das mil km de rotas. O sistema global de mas não a solução da comunicação

técnicas para desenvolvimento de mi cabos ópticos submarinos atuará como que tem que ser solucionada comer­

crocircuitos utilizando linguagens de uma adutora de luz. carreando tráfego cialmente.

alto nível. com dois feixes de 2.5 Gbii/s, de modo

• “Esta ocorrendo a guerra dos aces­
Terminais: serão v i s t o s como mais transparente. Existirá um sistema de sos ao sei \ iços para o usuário, com as

um eletrodom éstico que se ligará a roteamento do tráfego com base no uso companhias dc cabo (nos EUA) ofere­

uma rede de TCs para faze-lo fun­ dc transmissão em diferentes compri­
cendo televisão; as empresas telefôni­

cionar. mentos de onda. Experimentos de­
cas, estruturas comutadas; as organiza­

Energia tecnologias revolucionárias monstraram que 8 feixes de 20 Gbil/s. ções de rádio celular, serviços de faixa

para baterias estão apenas na teoria, a 3()()km são possíveis e que com uso estreita; e os satélites, serviços em

mas não chegaram na prática. A de soliton, 10 Gbit/s a 13 mil km serão locais distantes.

estratégia que se apresenta é econo- também possíveis. • “Apesar da confusão de siglas e

mi/ar energia via melhoramento de eir • “A AT&T vai cercar toda a África terminologia, três arquiteturas com ­

euitos e da microeletrônica. com uma rota dc cabo submarino ópti­

co que vai captar o tráfego de teleco­ petem, para levar o sinal da central ao
Superhighway é um conceito que usuário: a dupla estrela ativa, a dis­
m unicações, em mais de 30 países
se torna realidade, a medida que cresci tribuição fibra-coaxial e a distribuição

africanos. Não existirão repetidores em
a implantação das fibras ópticas nc passiva. A distribuição fibra-coaxial
terra e a derivação do tráfego será por
mundo () conceito é inlerconectar os vai ser adotada pela Bell Atlantic e
utilização de feixes de diferentes com­
usuários, domésticos e mundiais, por pela Pacific Bell, num contrato de USS

primentos de onda.
cabos ópticos de alta capacidade. Pa­ 60 bilhões que firmou com a AT&T.

dronização e interfaces amigáveis são Os componentes ativos remotos com­

elementos essenciais à reali/açào da plicam a operação da rede. Para o

superhighway Um grande desafio será futuro, serão empregadas a multiple-

como organizar e ter acesso a grandes xaçáo óptica (WDM) e a faixa sob

bases de dados, como para o conteúdo demanda.

das atuais bibliotecas. • A multiplexação óptica está sendo

Wolfgang Schlosser, por sua vez, obtida com o roteador “Dragone” (é

explicou como os cabos submarinos nome do inventor). Este roteador, a

ópticos estão revolucionado as comuni­ partir de um sinal de luz composto dc

cações internacionais: vários com prim entos de onda (ou

* “A partir de 1988. a instalação de cores) que faz passar por uma grade

cabos submarinos ópticos digitais só difratora, obtém as cores separadas em

lez crescer já atingindo 160 mil km de suas saídas. O Dragone, ao operar con­

rotas instaladas que ultrapassaram, em jugado com o laser distribuído de

1991. a capacidade global de transmis­ “Bragg”, que tem sua cor de emisão

são das redes dc satélites. Os sistemas controlada eletronicamente, forma o

ópticos, inicialmente limitados pelo par “D ragone-Bragg”, ideal para a

uso dos am plificadores então exis lohn Muxo, presidente dos Luhorutónos Bell comutação fotônica.