Page 82 - Telebrasil - Julho/Agosto 1994
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S O FTW A R E
uso do computador na sala de
O A i n f o r m á t i c o
aula é bem diferente do giz e
das cartolinas coloridas. Novas
aplicações da informática para a edu
cação surgem a toda hora, como a n a e d u c a ç ã o
integração de imagem, texto e som no
computador (multimídia), a comu
nicação em rede mundial para estudos
meteorológicos, o computador usado
com fax e telefone especializados, o
computador utilizado como uma lousa
eletrônica ou como um videocassete
sofisticado, acoplado a um disco CD-
ROM.
A gama de programas educacionais
em computador inclui: os tutoriais
para ensinar algo, com instrução pro Na informática para educação
gramada; os exercícios gerados alea é difícil saber onde termina o
toriamente com resposta correta ge jogo e onde começa o ensino.
rando grau crescente de dificuldade; O Windows veio para
mascarar o DOS.
os simuladores que interagem com o
operador; a linguagem Logo desde da
década de 70 utilizada para o constru-
tivismo de Piaget em que um conheci
mento serve de base para outro; o
questionamento que mantém diálogo
em linguagem natural; as atividades ware - sempre haverá coisa melhor - já aponta na esquina uni novo com
criativas como a música; as referen- mas que é conveniente ficar com a petidor, o Chicago, da Microsoft,
cias com enciclopédias ou com hiper maioria. Nos EUA há 100 milhões de Segundo Lemos, só vale a pena ter
textos que permitem vários desfechos. PC 's, rodando em DOS e Windows que redes local - algo que exige cabea*
Programas de computador para a disputam espaço com 12 milhões de mento e gerenciamento - em insta
educação, além tias revendas comer usuários tia Mc Intosh. Então, há mais lações acima de 10 micros. Nada im
ciais, como o programa niultimída aplicações voltados para o PC do que pede porém que micros isolados com
Beethoven da Microsoft, podem tam para o Mc Intosh. Na área dos sis partilhem dispositivos comuns. Micros
bém ser encontrados em universidades temas operacionais, que são progra para educação podem ser instalados
como o Multilogo da PUC7RJ ou o mas que comandam a máquina, o em salas de aula - cinco alunos por
Abracadabra da PUC/RGS. O progra padrão DOS com Windows sobrepuja máquina - ou em bibliotecas. 0 uso
ma shareware da rede de nacional de em popularidade nos EUA, o Win do computador na sala cie aula é bem
pesquisas, com conexão internacional dows NT da IBM, o SO n° 7 da Mac diferente do giz e das cartolinas co
com a Internet, permite acessar aplica Intosh e o Unix das versões “ix". Mas loridas.
tivos educacionais, bem como sua im
portação através dos correios.
A oferta de programas para a edu O r i e n t a d a a o b j e t o s
cação é variada. A IDT, em São Paulo, computador é uma máquina comanda de funcionameno. Cada objeto é dono â
oferece lousa eletrônica com videocas Oda por impulsos elétricos binários cuja seus próprios dados e tem regras própriiu
sete e CD-ROM; a People, em Cam organização está muito mais próxima da para trata-los. Coin o encapsulamentos
pinas, o people-logo e a Tecso, no lógica matemática do que da linguagem obtém sempre a mesma reposta de uf
Rio, o multilogo; a IBM em seu proje humana. A linguagem orientada a objetos é objeto interrogado. O objeto "auditor
to Horizonte, o Iogowriter; a Eclu- uma das tentativas para aproximar a infor por exemplo, interroga o saldo do obp
system, em Santos, o “redescobrindo mática do mundo real. “conta-corrente ” e recebe sempre o mo
ciência e matemática" desenvolvido O consultor João Carlos Deiró, da mo tipo de reposta.
em Israel e EUA e sendo traduzido O b jeto , em recente evento deu os concetos No p o lim o r f is m o , a mesma mensa
básicos da linguagem orientada a objetos.
para o português; o Senac-SP o “di Uma c la sse - o molde de coisas iguais que recebe diferente tratamento conforme
tipo de dados consultados. A operap
vidir para conquistar"; e a Informate se diferenciam de outra - acrescida de uma soma, se aplicada a dados numéricos, to-
um banco de questões de prova com- in s tâ n c ia ou valor individual dentro da um número e se aplicada a símbolos (/ '
paturadorizado. Já existe um atlas do classe, definem um objeto. Uma conta cor béticos, gera uma concatenaçáo. A 0
Brasil em CD-ROM e um dicionário rente (uma classe) e um valor nesta conta padronizou a definição de objetos c oj
Aurélio e Michaelis para uso em com (uma instância) definem um objeto. H ie definindo padrões para de bases de did"
putador e o “fala tudo" traduz textos ra rq u ia é a propriedade de uma classe her e para linguagens de pesquiza (scjlI crie
tadas a objeto. A linguagem Small Toil*-
em inglês, português, francês e es dar os atributos de outra, a que estiver su mais antiga e a C++ utilizada em cent'
bordinada. A classe conta-corrente (pai)
panhol, palavra por palavra. Quem pode ter como filhos as contas de pessoas telefônicas é uma das mais complexas.
tem dinheiro só não se educa se não jurídicas e naturais, ambas com atributos Segundo Deiró, se obtém maior ituf
quiser. herdados do “pai”. laridade, capacidade de reutilizW:í
John Lemos, da Forman vende a Outro conceito importante é o do e n saber compartilhado pelo desenvolvira
idéia que na área da educação não vale c a p s u la m e n to . Um objeto encapsulado de programs com linguagens orient
a pena postergar a compra do hard- esconde e protege seu mecanismo interno para objeto. (JCF)