Page 22 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1993
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risa é a Sociedade Brasileira para
B Um sistema aberto — por oposi
Interconexâo de Sistemas Abertos.
ção a um sistema proprietário —
é aquele em que, independentemente
de sua origem, um novo elemento agre
gado passa a se comunicar com os
demais, obedecidos certos padrões. Um
sistema é um conjunto autônomo de
máquinas, programas, meios de in-
terconexão e operadores humanos ca
paz de efetuar o processamento da
informação. Sistemas abertos falam
entre si segundo padrões estabelecidos.
Por sua vez, OSI significa “ inter-
conexão de sistemas abertos” , em in
glês open system interconexion. A pa
lavra OSI vem geralmente associada
ao “ modelo OSI, da ISO” . Trata-se
de uma arquitetura de comunicação Aspecto da platéia presente ao OSl'92, em São Paulo.
composta de sete camadas que se cor
respondem nos nós, de origem e des
tino, da interconexâo. A primeira ca Itautec, Prodesp, Celepar, Telebrás e sis, Serpro. Durante três dias cerca
mada é a ligação física entre os nós e SI D para o Conselho Diretor, tendo de 300 especialistas, usuários e ho
a mais elevada a da aplicação sendo membros da ABNT e Prodam como mens de negócios participaram do 2o
transmitida. A passagem de uma ca suplentes. A Brisa e a Prodesp (em congresso internacional e da 3 a de
mada para outra pressupõe interfaces presa de processamento de dados do monstração de interoperabilidade de
padronizadas, aceitos diferentes per Estado de São Paulo) deverão coor sistemas abertos. O evento contou com
fis de implementação em cada cama denar um subcomité do CB-21 (Co palestrantes nacionais e estrangeiros
da. A ISO é a “ organização de siste mité Brasileiro de Informática) que a que enfatizaram a complexidade do
mas abertos” , uma entidade mundial ABNT, sediada no Rio, deslocará pa gerenciamento integrado das novas re
de padrões que suporta o modelo OSI. ra a capital paulista. Em junho de 93 des digitais, voz-dados.
a Brisa está credenciada para trazer Numa palestra repleta de siglas téc
Usuários para São Paulo, a reunião anual OSI -1 nicas, Tereza Brito Carvalho douto
da OSTC (Open System Testing Corn- randa na Epusp — e coordenadora
Para o usuário, o modelo de siste munity). do livro Gerência de redes da Editora
mas abertos dá liberdade na escolha A Brisa promoveu no Hotel Cad Makron — descreveu o modelo de
de seus fornecedores. Para o indus ’Oro, em São Paulo, numa realiza gerenciamento OSI para rede, que in
trial da área de TCs e informática é ção da Organiza, o OSI’92, com pa clui o controle de falhas, de seguran
um must jurar que seus produtos se trocínio da IBM, Telesp, SGA, Uny- ça, de configuração, bem como a con
guem o modelo OSI. Tal cenário le tabilização de recursos e do desempe
va, naturalmente, a grande discussões nho da rede. Em essência, agrega-se
do que é ou não padrão OSI e do que a cada camada do modelo OSI uma
pode se comunicar com o que e co entidade de gerenciamento (LME) que
mo. Corre no meio especializado que responde a um gerenciador comum
“ tudo pode se interligar com tudo, (SM AE), este na camada de aplicação.
desde que o cliente esteja disposto a Os SMAEs constituem a interface
pagar o preço do adaptador” . entre dois nós da rede e providen
No Brasil, quem se ocupa do mo
delo OSI, da ISO — denominado per ciam o caminho das informações en
tre uma LME de um nó e uma LME
fil OSI do Governo ou Posig — é a
Brisa, uma sociedade de utilidade pú correspondente em outro nó, através
blica (desde de agosto de 92) que con do protocolo de informação e geren
grega cerca de 50 entidades jurídicas ciamento comum (CMIP). Tereza de
como corporações financeiras, indús talhou, a seguir, a comunicação da
trias de equipamentos de TCs e infor última camada (aplicação) com a in-
mática, operadoras de TCs, entida terveniência das entidades (vide Vo
des governamentais e empresas de ser cabulário) SMASE, CMISE, ACSE e
viços, interessadas em sistemas abertos. ROSE, interligadas pelos MAPDU e
A Brisa é dirigida por André Co- CMIPDU.
sentino Machado Homem, da Caixa Dirceu Baviera, da Telebrás, des
Econômica cm São Paulo, eleito até creveu as fases da rede pública de TCs.
outubro de 1994, juntamente com re A década de 70 foi a da comunicação
presentantes da Sucesu, ABC Buli, de voz analógica; a de 80, o início da
André Cosentino Homem, presidente da Brisa.