Page 15 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1992

senvolveu fibras ópticas multi e mo- Como fatores favoráveis a este con­

nomodo; cabos ópticos; caixas e má­ texto é preciso considerar a evolução

quinas de emendas ópticas; equipa­ das atividades de P&D em sistemas

mentos de linha óptica - ELO 34, ELO ópticos nacionais; a capacitação e o

343, EL TV; laser, fotodetetores e aco­ domínio tecnológicos alcançados pe­

pladores ópticos. la indústria local; e a tecnologia na­

A tecnologia transferida ao segmen­ cional funcionando como reguladora

to industrial estimulou a geração e a de preços para o mercado interno.

evolução de tecnologia local. Hoje, Também é necessário levar em conta

dispomos de um parque industrial ca­ que o preço da fibra nacional vem

paz de fornecer todos os insumos in­ caindo - de 80 centavos de dólares

tegrantes dos sistemas de comunica­ para treze centavos o metro — e que

ções ópticas. Em função dessa dispo­ suas características técnicas estão ni­

nibilidade, o STB conta com mais de veladas aos padrões internacionais po­

3500 sistemas ópticos instalados, in­ dendo atender, pelo menos em parte,

terligados por cerca de 9 mil km de o programa de implantação do STB

cabos ópticos equivalentes a 1,7 mi­ obedecendo às especificações do

lhões de canais suportados por esta CCITT.

tecnologia. Para melhorar o preço e a qualida­

O CPqD atua internamente e em Uma das primeiras aplicações de fíbra óptica de dos produtos nacionais para co­

parceria com universidades na evolu­ na área de energia elétrica, na Ligth no Rio de municações ópticas será preciso man­

Janeiro.
ção dos entrocamcntos ópticos de lon­ ter uma demanda crescente e regular

ga distância e na opticalização da re­ que permita a programação das in­

de de assinantes. dústrias em horizonte de médio pra­

Aumento da confiabilidade, flexi­ zo. O grande desafio para o setor das

bilidade e capacidade de transmissão cado compreendendo 200 mil km de TCs é o estabelecimento de uma po­

e diminuição do número de repetido­ cabos ópticos consumindo 40 milhões lítica tecnológica, industrial e opera­

res são os objetivos perseguidos para de km de fibras ópticas e totalizando cional que concilie os diversos inte­

10,5 bilhões de dólares; 200 milhões
os entrocamcntos de longa distância. resses em jogo num mercado aberto.
de conectores equivalentes a 2 bilhões
O CPqD desenvolve pesquisa aplica­ É preciso ter uma política que desen­

da em fibras fluorídricas, amplifica­ de dólares; acopladores, filtros, de- volva a indústria nacional já instala­
mux/mux ópticos cm torno de um
dores ópticos a fibra — nas janelas da e a exemplo das nações desenvol­

bilhão de dólares.
de 1,55 um e l,3um — moduladorcs, vidas utilize o poder de compra do

acopladores, filtros, lasers, fotodete­ Isto sem contar com fibras dopa­ Estado para viabilizar encomendas,
das, isoladores ópticos e laser de bom­
tores, sistemas de supervisão, trans­ fortalecer a indústria local e assegu­

beio valendo meio milhão de dólares;
missão solitônica, técnicas de modu­ rar a competitividade internacional.»

lação e de hierarquia digital síncrona, laser, detetores, moduladores, chaves

ópticas e optoelctrônica integrada com
além de especificação de cabos e aces­
valores entre 4 c lObilhões de dóla­
sórios. OPalcstra proferida no Encontro Tclebrasil

Uma rede totalmentc óptica per­ res; além de 50 milhões de equipa­ sobre “Política Tecnológica de Fibras Ópti­

mentos eletro-ópticos valendo entre cas ’’ realizada no auditorio Pe. Landell de Mou­
mitirá a transmissão de sinais a alta
15 e 40 bilhões de dólares. ra, no CPqD da Telebrás, em Campinas (SP)

velocidade com aplicações em tv a ca­ em 29.10.92.

bo e de alta definição (qualidade si­

milar a do cinema) e videotexto com

transmissão de imagens, como curtas

sequências de filmes. O CPqD, em 0 q u e o C P q D j á f e z

decorrência, efetua pesquisa aplicada

Na área de comunicações ópticas é plicar a capacidade da fibra — com
em estudo de topologias, campo de

possível destacar como realizações do 400 unidades já instaladas. Já especifi­
teste interno, dispositivos básicos de
CPqD, a família de equipamentos de cados o cabo aéreo óptico e o direta­
comutação fotônica, acopladores, cha­
linha óptica em diversas capacidades mente enterrado.

ves, moduladores, sistemas de super­ como os ELO-34, ELO-2, ELO-8, Modificada a estrutura dos laser de

visão, metodologias de instalação e ELO-TV, ELO-434; e o amplificador l,3um para maior faixa passante au­

especificações de cabos e acessórios. óptico a fibra dopada com Érbio que mentando a taxa de transmissão de 140

Além disto, também se pesquisam alcançou, cm protótipo de laborató­ para 622 MBit/s (HDS-STM4) e até

materiais aplicados à produção em rio, ganho de 30 dB em l,55um e in­ 1,5 Gbit/s. Efetuadas alterações no la­

massa de fibras e de dispositivos óp­ clui os primeiros resultados explorató­ ser de 1,5 um de alta pureza espectral

ticos como polímeros com proprieda- rios de laser a 0,98um para bombeio —tipo DBF— e baixa corrente limiar
de amplificador óptico. (20 mA). Desenvolvida tecnologia de
des-ópticas-não-lineares e processo Sol-
Também por iniciativa do CPqD e encapsulamento de laser a l,3um sem

Gel para obtenção de vidros com pro­
da Telebrás, foram feitos testes de cam­ Peltier, de baixo custo, visando a rede
priedades ópticas para telecomunica­
po, na Telepar, para sistemas de su­ de assinante. Substituído laser de arse-
ções . pervisão para rede ótica de cntroca- neto de gálio cm 0,85um por outro de

Levando em conta os planos a lon­ mentos e na Telcbrasília, com multi- fosfeto de índio, em 1,3 um, para

go prazo do STB aguardam-se 25 mi­ plexadores em comprimento de onda aplicações em enlaces multi modos até

lhões de assinantes opticamente liga­ (XVDM). Desenvolvido um acoplador 34 e (em estudo) até 140 Mbit/s.

dos para os próximos 20 a 25 anos. O óptico bidirecional — que permite du­

que se está contemplando é um mer-