Page 10 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1992
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E n c o n t r o T e l e b r a s i l
p e d e p o l í t i c a p a r a a f i b r a
olítica Tecnológica de Fibras óp
P ticas foi o tema do encontro de V í
um dia promovido pela TELE
BRASIL no Centro de Pesqui
sas e Desenvolvimento - CPqD da Te-
lebrás, em Campinas, SP. O patrocí
nio das empresas ABC Xtal Microe-
letrônica, Bracel Condutores Elétri
cos Ltda. e Pirelli Cabos Telefônicos.
Participaram do ciclo de palestras, lOv&umvM >t\V»W
além do próprio CPqD(*), represen
tantes das patrocinadoras, conferen P O L ÍT IC A T E C N O L 0 6 IC A D E (
cistas da Telcbrasília, da Embratel c
da Telebrás.
A falta de uma política industrial F IB R A S O P T IC A S
'Q J / C A M PIN A S SP
para o setor de telecomunicações c \ v 29 de Oututxo ^
cm particular para o segmento das
comunicações ópticas, foi a tônica dos
debates, coordenados pelo diretor da
TELEBRASIL, Luiz Carlos Bahiana. Mesa de abertura, tendo ao microfone 1 Bahiana, coordenador do Encontro.
Abrindo o ciclo de palestras, o vice-
presidente da Bracel, Jorge Marsiaj,
um dos fundadores do CPqD, fez.uma ‘‘modernização e abertura dos por li tomou a decisão de investir em fi
tos” do governo Collor, a conjuntu bra óptica implantando, nos anos sub-
distinção conceituai entre ciência —
ra está indefinida. seqüentes, com recursos próprios, uma
“o estudo dos fenômenos naturais”
A nossa tecnologia de fibras ópti unidade produtiva do tipo MCVDcom
— e tecnologia — “ a aplicação da
cas foi aqui desenvolvida, na década torre, torno e unidade de gases, to
ciência para uso prático pela socieda
de 70, com a Unicamp se ocupando dos projetados no Brasil. Em 198'.
de” .
da parte científica e o CPqD com o a capacidade produtiva de fibra, com
processo MCVD para sua fabricação, equipamento MCVD importado, al
Política
depois repassado para a ABC Xtal — cançou oito mil quilômetros/ano, ho
que desfrutou cinco anos de exclusi je expandida para dez mil.
‘‘Enquanto a ciência tem um cus
vidade junto ao mercado da Telebrás A fábrica da Pirelli em Sorocaba
to, se pesquisa e se divulga, a tecno «I
— e depois também para a Bracel. — que já processou mais de cem mi
logia se preserva, tem preço e fica
Advogou Jorge Marsiaj uma polí quilômetros de fibra óptica— vai ter
com a indústria” , explicou Marsiaj
tica industrial que proteja a estratégi até 1994, uma unidade de produção
afirmando que uma política industrial
ca indústria nacional de fibra óptica em processo MCVD, com capacidad«
se exerce cm diversos níveis de gover
contra importações. Nos EUA, uma inicial de 50 mil quilômetros/ano d
no com políticas do Minicom, da Te
concorrência internacional da AT&T fibras ópticas, utilizando diversas tec
lebrás e do próprio CPqD.
para fibras ópticas, ganha pela Fujit nologias.(v/c/e box)
Para ele, o setor das TCs contava,
su com produto importado, foi anu Carmine Taralli lembrou que a Pi
em 1978 — com a Portaria 622 —,
lada pelo governo norte-americano relli, impedida de fornecer fibra para
com uma política industrial definida,
com base no ‘‘Buy American Act” o sistema Telebrás, se voltou para o
num cenário marcado por empresas
forçando a empresa nipônica a abrir mercado privado e para exportação
de grande porte com capital e tecno
uma fábrica nos Estados Unidos. Porém, em 1990, deu-se o término da
logia estrangeiros, atuando por divi
A seguir, Ludgero Pattaro e Car reserva de mercado da ABC Xtal pa
são de mercado c deixando para a
mine Taralli, respectivamente, dire ra o mercado Telebrás e em 1991. a
empresa brasileira a disputa (ferrenha)
tores da divisão de TCs e do Centro fibra óptica deixou de ser abrangida
de dez por cento das encomendas.
de Pesquisa da Pirelli Cabos, falaram pela Lei de Informática. Hoje, a P*'
Em 1981 definiram-sc as ativida
do extenso programa de desenvolvi relli é reconhecida como fornecedora
des de P&D do setor de telecomuni
mento de fibra óptica que a empresa de fibra para o sistema Telebrás. tcn'
cações e hoje, depois de uma fase de
conduziu no Brasil. Em 1978, a Pirel do já fornecido 3.500 km de fib