Page 33 - Telebrasil - Maio/Junho 1992
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São Paulo cruzeiros. Este teto. no entanto, náo é pra
ticado e o telefone residencial fica na faixa
XXIV PAINEL
O diretor técnico da Telesp, Geraldo Lu de 3 a 4,3 milhões de cruzeiros e o comer
T e te b r a /il
cas Ourivio. representando o presidente da cial se inicia em 3,98 milhões.
"N empresa, Oswaldo Lopes do Nascimento, ex Ourivio advertiu que “ nas regras do jogo
plicou, acompanhado de transparências, que do PCT é preciso que haja terminais prome
São Paulo possui uma densidade de 12,2 tidos e com prazo de entrega vencidos, se
telefones por 100 habitantes, compatível com não o empreendedor não fará jus a um
o PIB per cápita de 4,300 dólares reinante novo plano. A Telesp, porém, tem equipa
no Estado, mas que terão de ser instalados mentos disponíveis como massa de mano
8 milhões de telefones - 400 mil telefones bra, caso seja necessário socorrer ao usuá
por ano - se o Estado quiser chegar ao ano rio". A principal dificuldade encontrada no
2000 com um cenário de 20 telefones por esquema de plantas comunitárias, em São
100 habitantes. Paulo, tem seu baixo nível de comercializa
A Telesp contratou 228 mil terminais no ção, que gira em torno de 34%, e foi atri
ano passado equivalentes a um investimen buído. pelo diretor técnico da Telesp, à re
to de US$ 803 milhões e teve acrescida a cessão econômica e à descrença da popu
planta de 110 mil terminais, em 55 municí lação num novo esquema, pouco conheci
pios paulistas, via PCT-Programa Comunitá do, de obtenção de telefones.
rio de Telefonia. Foram credenciadas 64 em Para este ano, a Telesp prevê a expan
presas para o plano de centrais comunitá são de 477 mil terminais, dos quais 130 mil
rias capacitadas em dois grupos para im serão por modalidade comunitária e vai dei
plantar até e acima de dois mil terminais. O xar aos empreendedores a liberdade do an
lançamento formal do plano de plantas co teprojeto e da avaliação do mercado. “ A
munitárias foi em 03.09.91. Telesp quer a participação crescente da em
A Telesp dá o anteprojeto, estima a de presa privada na expansão do sistema” , afir
manda. prevê o entroncamento e coordena mou Geraldo Lucas Ourivio. O limite de in
o projeto dos empreendedores. Há preços vestimento da Telesp para 92 é de 1,37
máximos fixados para comercialização do bilhões de dólares.
O táw /o W Azevedo, da Telebrâs terminal no teto oficial de 5,458 milhões de (JP/JCF)
Mesquita
A Experiência da Telesc
B uscando soluções para enfrentar plantação do plantas comunitárias, mas Promon na região Sul. De 66 mil ter
minais postos à venda já foram co
quer que a Telesc conduza os aspec
a escassez de recursos financei
ros destinados a novos Investimentos, tos técnicos da rede A concessioná mercializados 16.7%. Dentre as prin
a Telesc criou o PCT-Programa Comu ria vai atender a expansão de 110 lo cipais medidas tomadas pela Telesc
nitário de Telefonia. Com a participa calidades diretamente e 198 por meio para sucesso da implantação do PCT
ção da comunidade organizada e em de planta comunitária. Frente as difi está o da unificação do preço de ven
presas credenciadas, as localidades de culdades encontradas pelo PCT, a di da dos terminais e a comercialização
Santa Catarina poderão contar com ser reção da Telesc decidiu ouvir seus pró de pacotes coletivos para fundações
viços de telefonia, sem que a Telesc prios gerentes, bem como os emprei e cooperativas. Estas adquiriram ter
tenha obrigações financeiras na Im teiros e eliminou os projetos inviáveis. minais para repassá-los a seus asso
plantação dos projetos. O PCT é um Em Santa Catarina serão 118 mil ciados ou como investimento para alu
programa desenvolvido pela Telesc que terminais de PCT. com 84,7 mil a se guel. Santa Catarina bateu o recorde
consiste na implantação de sistemas rem comercializados e implantados de venda de terminais PCT. Em Jara-
ou subsistemas de telecomunicações com a participação da Elebra na re guá foram vendidos 100% dos termi
em regime de empreitada global abran- gião Norte, Equitel na região Oeste e nais em apenas 15 dias, "mas nem
jendo projetos, obras civis, serviços, todo o lugar demonstrou ser assim tão
materiais, equipamentos e comerciali fácil", ressaltou Douglas de Mesquita.
zação de terminais, envolvendo a Te O presidente da Telesc destacou
lesp, Prefeitura/Comunidade e empre como pontos positivos do PCT, sua
sas credenciadas pela concessionária utilização para contornar o limite de
para a empreitada. investimento imposto às empresas ope
Segundo o presidente da empresa. radoras - é o capital privado que entra
Douglas de Macedo de Mesquita, a Te em ação - e a parceria com o empre
lesc tem 3% dos terminais do Siste sariado, o que redunda em custos me
ma Nacional de Comunicações, com nores, desburocratização da expansão
população dispersa no Estado e eco e maior velocidade na implantação de
nomia diversificada. Ele reteirou o re terminais. Contudo, há também difi
cado de que "quem entende das tele culdades: o processo exige maior coor
comunicações catarinenses é a Telesc. denação, há de haver seleção “ nos
que se reserva o papel da coordena palpites", dos quais muitos são inviá
ção de todo o processo de PCT. E veis e será preciso vencer a falta de
para não haver confusão, a operadora divulgação do projeto. “ O programa
só irá falar com as empresas líderes PCT é válido, mas precisará de alguns
do processo". Ele vê as prefeituras ajustes", concluiu o conferencista
•ocals como auxiliares políticos na im Douglas M. de Mesquita, da Telesc. ( J P )
T tfebfosii. M oí /J u n W .