Page 11 - Telebrasil - Maio/Junho 1992

ajustes”, o continente ruma para uma

época de maior abertura e de livre A Privatização no México

intercâmbio mas que existem três obs­

táculos. no tocante às TCs, a serem México possui, hoje. 8,1 milhões A Telrnex tem seu Centro de pesquisa

ainda suplantados. Primeiramente, é Ode linhas telefônicas. Em novem­ e desenvolvimento - CID que desen­

bro de 89 o governo mexicano rees­ volveu coisas tais como um equipamen­
preciso que os dirigentes de cada país
truturou o modelo de suas telecomu­ to para taxação de chamadas telefôni­

se conscientizem da importância das nicações, cabendo às Telecomunicacio- cas, em hotéis.

telecomunicações modernas, não só ncs de México - Telecomm, uma em­ A Telrnex opera nacionalmente te­

para uso interno - para dar maior presa estatal de 17 mil empregados lefonia celular na Banda A competin­
disseminados em 2400 localidades, ope­ do com 8 outros concessionários regio­
conforto à população e impulsionar
rar as comunicações internacionais e nais privados que forma a Associação

os negócios - mas também externa­ as redes de satélites e de serviços pú­ Mexicana de Concessionários Celula­

mente para apoiar a colocação de pro­ blicos telegráficos e de valor agrega­ res - Amcel. A Usacel que é uma asso­

dutos nacionais nos diversos merca­ do. Preservada pela Constituição, a Te­ ciação da Northern Telecom com capi­

dos mundiais. Em segundo lugar é lecomm opera os satélites Morei los I tais locais, explora a telefonia celular
e II e vai operar os futuros Solidari- (Banda B) na cidade do México e é a

preciso obter recursos para se ter aces­
dad (inclusive com banda L para co­ maior participante da Amcel. Nos últi­

so às modernas tecnologias. Finalmen­ municações móveisj aguardados para mos 5 anos, 77% da rede mexicana foi

te, é necessário desenvolver grande 93/04. digitalizada e o ano de 92 será o da

esforço educacional para capacitar qua­ A rede e os serviços telefônicos no sincronização da rede.

México são explorados pela Telefonos Para 94. estão previstos a introdu­
dros técnicos e equipes dirigentes in­
de México - Telrnex cuja privatização ção da sinalização CCITT n°7, neces­

dispensáveis para boas TCs. (vide box) abateu 7 milhões de dólares da dívida sária para RDSI; o cabo submarino Co-

interna do País. A Telrnex pertence Iumbus II; e a instalação de 1500 km

Países ao grupo Carso e tem como sócios mi­ de fibra óptica a serem fornecidos

noritários a France Telecom (dá apoio pela AT&T e Alcatel. Há planos para

técnico-operacionalj e a South Western dotar as 15 mil comunidades rurais do
Falando pela Colômbia, Maurício Bell (provê à comercialização dos ser­ País. com mais de 500 habitantes, com

Vargas, Ministro de Comunicações, de­ viços/ A Telrnex conta com cerca de telecomunicações rádio celulares de

fendeu a posição que a verdadeira so­ 50 mil empregados e demitiu 10 mil acesso ponto-multiponto. Para obten­

berania de um povo se exerce quan­ no processo de privatização da empre­ ção de uma linha telefônica ¦ desde

sa. Cerca de o mil empregados de con­ que disponível ¦ o usuário paga uma
do se aproveitam as oportunidades
fiança puderam optar para serem acio­ taxa inioil de 550 dólares à Telrnex e
dentro de regras claras e absoluta­ nistas da empresai e o sindicato traba­ a aquisição do aparelho é livre no mer­

mente transparentes. A Colômbia com lhista detém 4% das ações da Telrnex. cado.

2,4 milhões de terminais telefônicos

ruma para a privatização da Empre­

sa Nacional de Telecomunicações - precisam ser colocados em prática pa­ entre tarifas internacionais e para co­

Entel e para a regionalização de ou­ ra atender â demanda real da socie­ municações em regiões de baixa renda.

tras empresas menores, municipais. dade para TCs. O Peru tem hoje 500 A Argentina tem 3,5 milhões de

A Colômbia não pensa, por ora, em mil terminais telefônicos e à exceção terminais e foi dividida a partir de 8

ter seu próprio satélite, mesmo em de Lima o serviço de telecomunica­ de novembro de 1990 nas regiões Nor­

caráter regional (jirojeto Condor), mas ções era até então explorado pelo Es­ te e Sul exploradas, respectivamente,

o controle desta atividade devem per­ tado. O Uruguai com 450 mil termi­ pelas empresas privadas Telefônica

manecer com o Ministério das Comu­ nais vale-se da ajuda de fora, como de Argentina (Telefónica de Espana)

nicações. Até agosto se encerram as da UIT, para implementação de suas e Telecom Argentina (STET/ France

licitações para a telefonia celular na telecomunicações e apoia programas Cables et Radio). Além disto, foi cria­

Colômbia estando previstas a opera­ como os do Mercosur para telefonia da uma empresa prestadora de servi­

ção celular em duas regiões, cada uma celular. O Chile com 800 mil termi­ ços internacionais e outra para servi­

com duas empresas concessionárias e nais liberou a venda de aparelhos ter­ ços de dados, telex, radiotelefonia, a

um total geral de HO mil usuários. A minais em 78, permitiu a livre comer­ Sartel, com capital repartido entre Te­

Colômbia quer e incentiva investimen­ cialização de linhas telefônicas em 80 lefônica, Telecom e capitais locais. To­

tos vindos de fora como para implan­ e decretou a livre concorrência com das as novas operadoras privadas go­

tação de serviços de dados, via satéli­ regulamentação tarifária e intercone- zam de monopólio até 97 com a pos­

te, para a área bancária. E o governo xão obrigatória de redes em 82. sibilidade de renovação até o ano 2000.

colombiano tem feito esforço no sen­ Segundo Germán Corrêa Diaz, mi­ O processo de privatização argentina

tido de controlar as sofisticadas tele­ nistro chileno de Transportes e Tele­ foi impulsionado pelas Câmaras Em­

comunicações do narcotráfico, “cuja comunicações, a desestatização das presariais e teve com base a reforma

demanda final não é do País”, den­ TCs não trouxe a tão desejada con­ econômica liberal deslanchada pelo

tro da inviolabilidade das comunica­ corrência ao País. A Entel continua presidente da república, Carlos Me-

ções privadas garantidas pela Consti­ proprietária de 80% das comunicações nem.

tuição de 91. interurabanas e 100% das internacio­ As novas operadoras, segundo pa­

No Peru, decreto legislativo de 1991 nais e a CTC detém 95% da rede bá­ lavras mesmas de seus dirigentes, Jo­

dispôs sobre a abertura das teleco­ sica de serviços telefônicos. A digita­ sé de Bustamente e Juan Masjoan, ti­

municações para o investimento pri­ lização da rede no Chile alcançou 65% veram que refazer planos e moderni­

vado nacional e estrangeiro, disse Ma- e a telefonia móvel celular já atingiu zar suas plantas e redes, muitas com

ravis Saez, viceministro de transpor­ 85%. O Chile mantém separada as equipamentos de mais de 20 anos, pa­

tes e comunicações, enfatizando que telecomunicações locais e as de longa ra isto valendo-se de mão de obra,

novos mecanismos de financiamentos distância e aceita recursos cruzados inclusive, contratada do exterior. Os