Page 15 - Telebrasil - Maio/Junho 1992

a permitir serviços digitais comuta­

dos, de faixa estreita. Ele se referiu a

padrões como X.25 e X.400 para re­ A Carte de Acapulco

des de pacotes e G3 para facsímde

como revolucionadores das TCs in­ Os Estados participantes da 1a Con da e comunidades rurais devem teraces

ternacionais. E para novas aplicações ferència para o Desenvolvimento Re so ao serviço telefônico.

como gerenciamento de redes, comu­ gional Americano das TCS emitiram

* Meios modernos de TCs. como fi­
nicações personalizadas, redes de fai­ o documento, resumido a seguir cujo bras ópticas, satélites e redes digitais,
tom genérico e diplomático dá para o

xa larga e aplicações Multimídia mais leitor sagaz - o roteiro dos futuros de­ devem ser utilizados na integração dos

padrões serão necessários. senvolvimentos na área: países das Américas. Sistemas de rá­

Em relação à tecnologia, Ian Ross. dio e televisão devem aumentar sua

presidente dos Laboratórios Bell, ci­ * As telecomunicações são instru­ abrangência e incorporar novas tecno

tou como pesquisas promissoras a mi- mento essencial do desenvolvimento logiaspara disseminar informações, edu­

croeletrônica, a optoletrônica, a fotô- social e econômico e o progresso tec­ cação e cultura.

nica, o reconhecimento da voz, o rá­ nológico: elas permitem melhoria na

dio e a manipulação da imagem. Che­ competividade e geram empregos pro­ + Pessoas e instituições precisam ser

dutivos; elas contribuem para a inte­
garemos ao 2000 com 10 mil milhões gração regional econômica e cultural, desenvolvidas para desenvolver e ope­
rar adequadamente infra-estrutura de
de componentes por chip ou seja 250 bem como para a compreensão entre TCs Os quadros regulador, legal e eco

vezes mais elementos do que hoje. A pessoas e para a melhoria da qualida­ nômico precisam criar um ambiente

optoeletrônica impulsionará a fibra óp­ de de vida. de justa competição, levando a investi­

tica para distribuir informação ainda mentos para o desenvolvimento de TCs.

que outro conferencista, Jo Cornu, vi­ * Todo cidadão das Américas deve

ce-presidente da Alcatel NV, lembrou ter acesso ao serviço básico de TCs. * A expansão e a modernização das

que a a ponta da malha de distribui­ TCs deve ter como base a auto-sufi-

* Todo país da América Latina e do
ção óptica será o maior desafio a ven­ Caribe deve. nesta década, dobrar no ciência financeira, através de estrutu­

ra tarifaria que gradualmente se ajuste
cer. A fotônica já começa a invadir o mínimo suas atuais TC objetivando che­ aos custos e incorpore esquemas de

campo reservado à microeletrônica. gar ao ano 2000 com 20 linhas por 100 financiamento apropriados para a re­

O computador puramente óptico já habitantes, zonas urbanas de baixa ren­ gião

existe em laboratório e a comutação

fotônica chegará ao mercado ainda

nesta década.

As comunicações, via rádio, com a tão evoluindo rapidamente e fornece­ Serviços inteligentes "avançados" - co­

introdução do microprocessadores ga­ dores globais de equipamentos e sis­ mo o redirecionamento automático de

nharam novo alento, ainda que o es­ temas serão a melhor opção para o chamadas pela rede - necessitarão de

pectro de frqüências represente uma usuário", resumiu o vice-presidente maior padronização internacional. Ele

barreira natural. O reconhecimento da Alcatel. destacou a separação entre módulos

da palavra está caminhando em dire­ Takeshi Kondo, vice-presidente da de elementos e de gerenciamento da

ção ao reconhecimento e tradução de NEC Corp. com base no conceito de rede, como um meio de prover ser­

até 20 mil (hoje são uma centenas) C & C (computadores c comunicações) viços independentemente da rede. A

palavras, para qualquer interlocutor. lançado em 77 por K. Kobaishi, dis­ NEC está anunciando a plataforma

A imagem de vídeo - o homem desco­ correu sobre a arquitetura de rede personalizada de rede dotada das ati­

bre sentido numa imagem • revolu­ inteligente que resulta . em termos vidades de transporte e de inteligên­

cionará a interface homem-máquina rápidos, da utilização de centrais di­ cia e quer integrar as redes tradicio­

e tornará o teclado coisa obsoleta. Den­ gitais computadorizadas, interligadas nal. RDSI de faixa estreita e de faixa

tre as opções entre rede física telefô­ por sinalização por canal comum larga sob comando de uma “inteli­

nica, rede rádio e rede de distribui­ (CCITT n°7) e acrescida de base de gência" comum.

ção de televisão, a combinação das dados para prestação de serviços ‘in­ Do lado dos países em desenvolvi­

duas primeiras parece ser a melhor teligentes", como o disque 800 (cha­ mento, Mohamed Laenser. Ministro

solução, aconselhou Ian Ross. mada gratuita) e PVN (rede virtual das Comunicações do Marrocos, trou­
privada). Tais serviços, hoje. geram xe a visão africana das formas tradi­

13% da renda do serviço público de cionais de "cooperação internacional".
Redes

telefonia e deverão gerar 25%, até 94. No seu entender, a ajuda bilateral tem

Jo Cornu disse que a Rede Digital se traduzida por financiamentos amar­

de Serviços Integrados - RDSI des­ rados a países e fornecedores deter­

lancha lentamente visto ser difícil ob­ minados e que trazem preços altos e

ter terminais multiserviços baratos, equipamentos ultrapassados. O finan­

definir serviços básicos necessários, ciamento mutilateral, por sua vez. com

acertar tarifas e saber vender o servi­ órgãos internacionais de fomento le­

ço. Falando de tecnologia ele relatou vam a complicadas concorrências in­

que já existem comutadores de ban­ ternacionais resultando em equipamen­

da larga, assíncronos, a 150 Mbit/scom tos heterogêneos e fiscalizações one­

10 mil vezes a atual capacidade dos rosas dos projetos. A melhor forma

equipamentos atuais e que os servi­ de cooperação é . segundo Mohamed

ços móveis • sem fio e via satélite - Laenser, o aporte de capitais priva­

rumam para o uso de células cada dos com treinamento técnico c geren­

yczes menores. “O usuário móvel dc- cial do pessoal local.

V(‘ poder fazer tudo que o usuário Falando pelo Brasil. Leòncio Vie­

fixo pode fazer e novos conceitos co­ ra de Rezende Neto, do CPqD, regis­

mo o dc rede privada virtual, estão trou que o processo de liberalização

tomando grande impulso. As TCs es- (E D) I Hinds. FR da ISO. r I Ross, do Bell Labs mundial ocorre, em maior ou menor

r^ebrasii, Mqí /Jun 13