Page 29 - Telebrasil - Julho/Agosto 1992
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Tecnologia e Negócios de Informática
0 Palácio Gustavo Capanema, antigo Ministério da Educação, no Rio de
Janeiro, reuniuf centenas de profissionais de consultoria, treinamento,
software e birô de serviços, que durante três dias participaram ativa men
te de uma "Feira de Negócios" de Informática.
evento foi promovido pela Associa
0 ria e alimentação. Praticado desde a
ção das Empresas Brasileiras de Ser
década de 60, o outsourcing ganhou
viços de Informática-Assespro, com pa impulso com a General Motors, que
trocínio da Sebrae-RJ e do Banco Na em 84 adquiriu a EDS e a ela entre
cional, apoio da Sucesu-RJ e da Asso gou toda a atividade de informática.
ciação Comercial do Rio de Janerio - Em 85, a Umliver (ou Gessy Lever) con
ACRJ e promoção da Argos. No Palá tratou a EDS com a mesma finalidade.
cio Capanema, prédio idealizado pelo Em 1989, foi a vez da Kodak, que
pai da arquitetura moderna, Le Corbu- elegeu a IBM.
zier, local que já abrigou as primeiras
mostras de informática do País. pro Hipermídla
fissionais de ramos variados puderam
ouvir especialistas e participar da Fei Ricardo Leão, da Telesoft, explicou
ra anexa. O palestrante Fernandes Xi- que Hipermídia difere de Multimídia - Carrara da IBM, em defesa do Unix e do
menes, da Flow/KPMG (consultores in ou integração, no computador, de som, Risc 6000.
ternacionais), alertou sobre a utiliza imagem, texto, dados - devido ao fato
ção indiscriminada de tecnologia de de, nesta última, ao contrário da pri atenção para o fato de que computa
ponta, “ algo que pode custar caro"; meira, nào haver preocupação com a dores são máquinas que operam com
sobre a falta de controle organizacio "navegação" do usuário no mundo das instruções. Uma unidade central de pro
nal, "um ótimo terreno para vírus com informações apresentadas. Lembrou cessamento pode operar várias vezes
putacionais"; para os donos da infor que um hipertexto - texto e gráficos para^que uma instrução seja efetua
mação, que, ao tirarem férias "a em integrados e navegáveis -, acrescido da. E o caso do Complex Set Instru-
presa pára"; e para os diretórios de de multimídia, gera uma hipermídia. cion Computer, ou CSIC. Em contra
sorganizados, abrigando arquivos "que Um ambiente Windows 2.2, por exem partida, um único ciclo da máquina po
ninguém acha mais". plo, não é um ambiente computacio de abrigar várias operações. Neste ca
Outsourcmg, traduzido por "Tercei nal hipermídia, apenas apresenta in so, se tem o Reduced Set Instruction
rização", foi o tema abordado por Darcy formações de forma linear. Existem Computer ou RISC, com o que se au
Nogueira, da EDS, uma firma que fa dezenas de sistemas comerciais hiper menta a rapidez da computação. De
turou, em 91, um terço do mercado texto, mas são os sistemas desenvol pois da IBM lançar os PC XT {person-
mundial deste segmento, estimado em vidos nas Universidades os mais cria nal Computer extended), AT{advanced)
22 bilhões de dólares. Ainda que re tivos, como o Notecard e o Intermídia. e RT (Risc Technology) nasceu o RISC
lembre Terceiro Mundo, a "terceiriza "Daqui a três anos. os Notebooks te 6000.
ção" consiste apenas na entrega da rão placas para imagens visuais e se Voltado para serviço multiusuário,
atividade de informática para ser feita rão comandados pela voz com multi o RISC 6000 atua como servidor de
por terceiros, à semelhança do que mídia", prognosticou Ricardo Leão. rede ou como estação de trabalho e
empresas fazem com propaganda, se Alcir Carrara, da IBM, discorreu so tem performance medida em Mega-
gurança, advocacia, limpeza, audito bre tecnologia RISC e Unix. Chamou flops (milhões de operações por se
gundo) podendo executar até cinco ins
truções por ciclo de máquina. Do pon
to de vista de hardware, o RISC 6000
opera com fita, cartuchos, discos óp
ticos e tem alto poder gráfico, proces
sando até 990 mil vetores por segun
do e dando telas que, "se fotografa
das, se perderia no processo a resolu
ção inicial da imagem".
Carrara prosseguiu mostrando que
a eficiência da computação é dada pe
lo tamanho de cada instrução (4, 8,
16, 32, 64 bits), pela velocidade dos
ciclos de máquina (12, 25, 50 MHz), e
pelo número de instruções efetuadas
num ciclo. Estas últimas dependem de
como organizar, sequenciar e carre
gar em paralelo nos circuitos da má
quina, a informação. Vale dizer, de
pende da compilação ou da atuação
do programa compilador ou sistema
0 marketing em inform ática é quase uma nova religião operacional. O Unix. por exemplo, é