Page 25 - Telebrasil - Julho/Agosto 1992

dível pela função de Interação por rência) apoiadas por um sistema de

Resposta Audível. Como os próprios gerenciamento de informações.

nomes explicitam, o sistema antigo “ Enquanto as Unidades de Respos­

só permite utilizar a voz para “ forne­ ta Audível possibilitavam somente apli­

cer” respostas enquanto o novo inte­ cações “ fechadas” , ou seja, com pou­

rage com o usuário, emitindo e rece­ cas variações, o novo sistema pode

bendo mensagens. Esta interação, ser programado para um grande nú­

aliás, é possível para mais de duas mero de possibilidades. Em sua con­

pessoas ao mesmo tempo, permitin­ figuração inicial para a lingua portu­

do reuniões telefônicas (audioconfe- guesa, recém desenvolvida pela Tele-

sis/Octel, o sistema utilizará cerca de

1.800 frases armazenadas em memó­

As centrais telefônicas brasileiras se moderni­ ria digital. Para cada nova empresa

zam, ao mesmo tempo em que as operadoras usuária destes sistemas, poderão ser

do STB enfrentam a atual crise econômica.
gravadas novas frases, de modo a adap­

tar suas características às aplicações

mento ao consumidor, pesquisa de desejadas” , concluiu Hiran Marques.

mercado, secretariado de executivos Por outro lado, o serviço 103 das

e um novo conceito que está sendo empresas telefônicas, acrescido do sis­

introduzido no Brasil: o “ telefone vir­ tema de Teste das Condições de Li­

tual” (ver Box). Além do uso pes­ nha Computadorizado, informará au­

soal, os sistemas de processamento di­ tomaticamente sobre o diagnóstico da

gital de voz, quando conectados ao falha de um telefone. A tecnologia é

sistema PBX de uma empresa, todos norte-americana da Porta Systems e

os ramais se transformam em termi­ o suporte, no Brasil, é da Telesis, que

nais “inteligentes” A grande diferen­ também é um agente de marketing

ça entre sistemas de atendimento tele­ complementar da IBM Brasil.

fônico automático utilizados, por

exemplo, pelos saldos eletrônicos, e o CJP)
Douglas C. Chance, presidente executivo, e Ro-
sistema da Octel, está na substituição bert Cohn, chairman o f the Board, da Octel C)Muis Correio de Voz: RLVISTA T E L E B R A S I L ,

das antigas Unidades de Resposta Au- mundial, com sede nos LU A. Jan./Fcv./90, pãg. 35.

Kival Promove c da França (8%). Há cinco anos, os Es­ Ihões de dólares - prometeu o diretor-su­

tados Unidos detinham 70% do mercado, perintendente da Pólo, acrescentando que

Pólo de Curitiba o Japão 7% e a França 8%. A participa­ “ vamos competir com três tecnologias: a

ção norte-americana, portanto, declina. engenharia de software, a qualidade total

A tio Japão cresce e a da França perma­ em produtos para exportação e a tecnol-

Kival Chaves Webcr, um catarinense nece estável. Dentre os países em desen­ gia dc marketing, que é muito importante

de 46 anos, formado em 1974 pelo Insti volvimento, Brasil e índia ocupam posi­ neste tipo dc negócio” .

luto Militar dc Engenharia - 1ME, (74)com ção de destaque, mas diferem muito em Outra iniciativa sua foi a criação, tam­

mestrado em informática pela Coppe volume de exportação de programas. En­ bém em Curitiba, do Centro Internacio­

/UFRJ, ex - secretário de Informática da quanto no ano passado, a índia exporta­ nal de Tecnologia de Software - CITS,

Sei é hoje o diretor-presidente da Pólo de va 200 milhões de dólares em produtos de congregando orgãos estaduais, como Ce-

Software de Curitiba SA - uma entidade software, o Brasil,“ helás” , só exportou lepar, Copec; Universidades, como PUC,

formada pela associação de vinte empre­ magros 21 milhões, lamentou Kival. UFPR, Cefet, Londrina, Ponta Grossa;

sas especializadas que compartilham re­ Kival Weber escolheu Curitiba, Para­ empresas e entidades como Citipar, As-

cursos. ná, - uma cidade de 1,3 milhões dc habi­ sespro, Pólo, Telepar. O CTIS promove

Kival está convencido que o software tantes com capitais acumulados por um treinamento e reciclagem de profissionais

é a indústria do futuro c partiu para criar ciclo agrícola de sucesso - para a criação e desenvolverá produtos de ponta. Será

a Pólo a fim de participar dos 100 mi­ de um pólo de excelência na produção de equipado com um laboratório de hadwa-

lhões dc dólares que este ramo da infor­ software. Suas idéias sensibilizaram o Go­ re-software no valor de 2 milhões de dó­

mática faturou em 1991. “ O computador verno c empresariado locais e resultaram lares ( com auxílio da Finep), a exemplo

data de 1946 e o progresso da tecnologia em diversas iniciativas. Em setembro de do que já têm Canadá, Japão e Macao

de informática tem sido fantástico. Nos 91, criava-se a Polo de Software de Curi­ (China).

últimos dez anos, o número de transisto­ tiba SA, tendo Kival como diretor-presi­ Rumo ao fortalecimento do pólo curi-

res no chip foi multiplicado por um fator dente. Contando com apenas 12 pessoas - tibano de software e em convênio com

de 100 e a capacidade das memórias qua­ “ mas podendo mobilizar 400” , esclarece Associação Brasileira de Normas Técni­

druplicou a cada dois anos. Para fazer Kival - a empresa já faturou meio milhão cas - ABNT por influência de Kival foi

funcionar todas estas máquinas o merca­ de dólares no ano passado. Um de seus instalado na capital paranaense o subco-

do de software, cm 1981, já atingia cem produtos, o Netbus, é um sistema inte­ mitê n° 10 do CB-21, que irá tratar da

milhões de dólares, montante faturado pe­ grado de controle integrado de ônibus que padronização para engenharia e lingua­

la indústria da microeletrônica. Daqui a controla 1.500 desses veículos em Curitiba. gens de software. Finalmente, em convê­

dez anos a indústria dc software vai (atu­ - “ O objetivo da Pólo é desenvolver nio com a Prefeitura de Curitiba - leia-se

rar I bilhão de dólares” , afirmou con­ programação de média e grande comple­ Prefeito Jaime Lerner - está sendo insta­

fiante Kival. xidade, com mais de dez mil linhas de lado um parque de software para acolher

Atualmente, os EUA detêm a hegemo­ código, muito acima do que um hábil mi- jovens iniciativas neste setor. Em pouco

nia da indústria mundial de software com creiro pode fazer. Metade do software pro­ tempo, Kiwal Webcr demonstrou que seu

57% do mer« ado, seguido do .lapào (15°7o) duzido será para exportação e até 1995 já dinamismo ia além da sua circunstancial
teremos um faturamento acima de dez mi- presença. (JCF)