Page 43 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
P. 43
rede de telecomunicações ou de con Rede:
trole de chamadas, controle remoto,
gerência, manutenção, bem como ofe
rece um modo confiável de transferên Entendendo a sinalização telefônica
cia de informação, com probabilida
de muito baixa de perda de seqüencia- D esde os primórdios da telefonia con servado à sinalização, os canais adicionais
mento, perda ou duplicação de mensa viveram dois tipos de sinais: a infor para sincronismo e alarme, e os demais
canais são os que transmitem a voz.
gens. Isto é, o SCC n° 7 visa a confia mação de voz e a sinalização, esta última
bilidade. necessária ao estabelecimento e controle O CCITT padronizou as sinalizações
da conversação. Um sistema telefônico sim
O SCC n° 7 serve também para es ples pode ser descrito como constituído n° 5B, 5C e 5S (esta para comunicação
via satélite e dotada de supressores de
tabelecer e controlar chamadas dos de um transdutor de assinante (o microfo eco) e mais recentemente a sinalização
serviços de telecomunciações — telefo ne e o fone) ligado por um par de fios te CCITT n° 7. Elas são caracterizadas pe
nia, dados por circuitos comutados lefônicos a uma central local de comuta las sucessivas versões dos livros emitidos
— operando em canais digitais de 64 ção. Esta, por sua vez, estará fisicamente pelo CCITT. A última versão é a do “li
kbit/s (pode operar em velocidades ligada por meio de linhas (ou troncos) a vro azul”, que é adaptada à rede digital
mais baixas) e em canais analógicos. outra central “distante” e daí a outro apa de serviços integrados — RDSI e para
A rede brasileira se baseia na Rede relho telefônico. os serviços multinível da ISO.
Uma central de comutação precisará
Digital Integrada (RDI), base da futu “entender” três tipos de sinalização: a acús Já a sinalização de linha ocorre na in-
ra Rede Digital de Serviços Integra tica, a de linha e a que ocorre entre regis terconexão entre juntores das centrais.
dos (RDSI). E imperativa a utilização tradores. Na sinalização acústica sinais Os juntores (vêm de junção) são dispositi
da sinalização SCC n° 7 na Rede Na são trocados entre a central e o assinan vos de interface cuja função é prover à
sinalização e ao casamento elétrico entre
cional de Telecomunicações (RNT) te no denominado enlace de assinante. centrais. A cada juntor “de saída” de uma
para se chegar à RDSI moderna. Ela inclui impulsos decádicos — interrup central corresponde um juntor “de entra
Tecnicamente, o sistema de sinali ção de corrente contínua da linha pela da” de outra. Ambos juntores, de entra
zação se divide entre funções do sub ação do disco telefônico — bem como si da e saída, são interligados fisicamente
nais padronizados, como o ruído de dis
sistema de usuário (UP) e do subsiste car, o toque de linha ocupada além dos por uma linha ou tronco telefônico. A si
ma de transferência de mensagens impulsos para acionar a campainhia. Co nalização entre juntores provê a sinais “in
(MTP), comuns aos diversos tipos de mo alternativa dos sinais decádicos exis teligentes” tais como de reconhecimento
usuários. Uma rede de sinalização de te a sinalização M F (ou inultifreqüencial) de uma chamada, ou de tomada de um
dispositivo e que permitem a uma central
ve conter pontos de sinalização que que utiliza tons ao invés de corrente con operar em rede com outra.
utilizam: as funções de usuários (SP) tínua e é empregada nos telefones a teclado, Graças à eletrônica, a comunicação
(em casos especiais as funções de pon que substituiu a MF, a cada sinal de ida ou sinalização entre juntores, vem evoluin
to de transferência de sinalização-STP); corresponde outro que volta para maior do. Passou-se da sinalização de corrente
e pontos de sinalização, sem as fun confiabilidade do sistema. A sinalização contínua para a utilização de esquemas
ções de usuários (STP), dedicados à digital RD-2, por sua vez, utiliza um es multiíreqüenciais e depois digitais, e que
transferência de mensagens de sinali quema PCM (modulação por código de -aum entaram o volume de informações,
pulso) de 30 + 2 canais: o canal n° 16 é re
zação de um enlace de sinalização pa que pode transitar entre juntores.
No juntor a seis fios da sinalização
ra outro. FDM (multiplexaçâo por divisão em fre-
Faz algum tempo, desde 87 e antes, qüência) 2 dos 6 fios são usados para co
que o Sistema Telebrás vem perseguin municação de voz e dois para sinalização
do o objetivo de validar e compatibili E-M cuja saída significa, respectivamen
zar a sinalização SCC n° 7, no Brasil. te, E (exchange) e M (machine). Na sinali
Esta, segundo os especialistas, não é zação MFC (multifreqüencial compilado),
uma tarefa fácil, como demonstram Distinção importante é entre sinaliza
países como a Dinamarca, que tiveram ção, como o MFC, em que voz e sinaliza
problemas em sua implementação. ção utilizam a mesma via e o tipo deno
minada “por canal comum”, como os sis
No Brasil, a Telebrás vem coordenan temas C C n I n° 5 e n° 7, em que sinaliza
do o esforço das operadoras do siste ção corre separada da voz, utilizando uma
ma, bem como dos fornecedores do via especial. No Brasil, apenas 20% da re
equipamento. No biênio 88/90 se insti de utiliza a sinalização CCITT n° 7, que
tuiu um programa de implementação é uma condição técnica essencial para
e ativação da sinalização SCC n° 7 RDSI. (JCF)
que deverá estar concretizado até me Desde dos
ados de 1991. A ativação controlada prim órdios
envolve 13 centrais (5 da Ericsson, 6 da telefonia,
da Nec e 2 da Equitel das empresas conviveram
Telesp (5), Telerj (3), Telebrasília (1) voz e
e Embratel (4), localizadas nas cida sinalização.
des de São Paulo, Brasília, Rio de Ja
neiro, Taguatinga, Jundiaí e Recife.
A N U N C I E
N A um século a
Há mais de
sinalização
T E L E B R A S IL vem progredindo.
telefônica
Telebrasll, Set./Out./91