Page 42 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
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Comutação
Joâo Carlos Pinheiro da Fonseca
Informação e sinalização são ele de esquemas multifreqüenciais e de n° 16 é reservado à sinalização, os
m entos tão antigos quanto a rede pois digitais, que aumentaram o volu dois canais adicionais para sincronis
me de informações transitado entre mo e alarme e os demais canais d«
telefônica. Os sinais de controle
de uma rede fazem parte de um juntores. No juntor de seis fios de si voz. As sinalizações passam a ser pa
nalização FDM, por exemplo, quatro dronizadas pelo CCITT, como assina
grande esforço de padronização,
dos seis fios são usados para comuni lizações 5B, 5C e 5S (esta paracomu
internacional, liderado pelo CCITT. cação de voz e dois para sinalização nicação via satélite e dotada de supres
A s redes modernas tendem para E-M que significa, respectivamente, sores de eco). Modernamente, utiliza
a sinalização por canal comum, E (exchange) e M (machine). Na sina se a sinalização CCITT n° 7, caracte
n° 7, chave da RDSL E no Brasil? lização MFC (multifreqüencial compe rizada pelas sucessivas versões dos !i
lida), que substitui a MF, a cada sinal vros emitidos pelo CCITT. A última
de ida corresponderá outro que volta.
D esde os primórdios da telefonia Já a sinalização digital R2 utiliza um versão é a do “livro azul”, já prepara
da para a Rede Digital de Serviços
deu-se a convivência de dois ti
pos de sinais: a informação de voz e esquema PCM (modulação por códi Integrados-RDSI e dos serviços multi-
a sinalização, esta última necessária go de pulso) de 30 + 2 canais: o canal níveis da ISO.
ao estabelecimento e controle da con Distinção importante entre siste
versação. Um sistema telefônico po mas, como o MFC, em que voz e sina
de ser visto como um transdutor de lização utilizam a mesma via, é a sina
assinante (o microfone e o fone) liga lização por canal comum, como a
do por um par de fios telefônicos a CCITT n° 5 ou 7, em que a troca de
uma central, local, de comutação. Es sinalização é feita em canal separado
ta, por sua vez, estará fisicamente liga de voz, utilizando uma via especial
da por meio de linhas (ou troncos) a No Brasil
outra central “distante”.
Uma central de comutação preci A evolução das redes de telecomu
sa “entender” três tipos de sinaliza nicações propiciou o advento de um
ção: acústica, de linha e entre registra poderoso sistema de sinalização, deno
dores. A sinalização acústica é caracte minado Sistema de Sinalização por
rizada por sinais trocados entre a cen Canal Comum n° 7 (SCC n° 7), já es
tral e o assinante (enlace de assinan pecificado em recomendações do
tes) e inclui impulsos decádicos — in CCITT. Ele é otimizado para opera
terrupção de corrente contínua da li ção em redes digitais de TCs que uti
nha pela ação do disco — além de si lizam centrais a programa armazena
nais acústicos padronizados, como ruí do digitais (CPA-Ts). O SCC n° 7 se
do de discar, de linha ocupada e im destina a atender aos requisitos, pre
pulsos para acionar a campanhia. sentes e futuros, de transferência de
Mais recentemente, introduziu-se, co Sinalização é fundamental para operação da rede informações entre processadores da
mo alternativa, a sinalização MF (ou
multifreqüencial) que utiliza tons e é
empregada nos telefones a teclado.
A sinalização de linha ocorre na in- Validação e Compatibilidade
terconexão entre os juntores das cen
trais. Os juntores (vêm de junção) são No Brasil, com base no livro verm e fornecedor. Todas foram validadas de
dispositivos de interface cuja função lho do CCITT, de 81 a 84 (lembrar que acordo com as especificações Telebràs.
é prover sinalização e casamento elé a última versão é do livro azul), e com para a sinalização SCC n° 7, do CCITT
trico entre centrais. A cada juntor de base nas especificações da Telebràs, bem como os testes de compatibiliza-
de dezem bro de 87, foram efetuados
saída de uma central corresponde testes de validação e com patibilidade ção entre cada par de centrais.
Para a experiência-piloto RDSI o
um juntor de entrada de outra. Am da sinalização por canal com um interli Sistem a Telebràs conta com 32 especi
bos juntores, de entrada e de saída, gando uma variedade de centrais oriun ficações já entregues aos fornecedores
são interligados fisicamente por uma das de diversas tecnologias. (NEC, Ericsson, Equitel e fabricantes
linha (ou tronco). A sinalização entre A em preitada envolveu especificar do Trópico). A fase de avaliação pre-
juntores provê sinais “inteligentes” testes para a M T P (transferência de comercial está prevista até 1902 (fon
tais como reconhecimento de uma mensagens), para a TU P (usuários de te: Sino Azul*n° 411 de 89). Um consi
telefonia e de interfuncionam ento com
chamada, ou tomada de um dispositivo. o sistem a de sinalização já existente, derável esforço de aculturação ao no
vo sistema de sinalização, o SCC n: T-
Graças à eletrônica, a comunicação SC/5S). Participaram do teste as cen precisará ser desenvolvido pelo Sis'-'
ou sinalização entre juntores vem evo trais Ericsson na localidade de Tre ma Telebràs para que a Rede Digitai
luindo. Passou-se da sinalização de m em bé (SP), N EC na Penha (SP) e Integrada-RDI e sua irmà mais sofeti
corrente contínua para a utilização E quitel em Curitiba (PR), respectiva cada, a Rede Digital de Serriços
m ente, uma central local da Telesp, Integrados-RDSI, se viabilizem anvs
uma central trânsito da Em bratel-SP de serem atropeladas pelas nevas tec
{•) Com basf cm informações recolhidas junto a L P Cominho e uma central de referência do próprio nologias que já despontam
(Telerj) c L A Aquino (Standard Telecomunicações).