Page 7 - Telebrasil - Março/Abril 1991
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dada  uruguaia  do  Gatt  (que  respeita


           as  estruturas já  existentes);  o  fomen­                                                                                                                                                                       Quem é a TIA



           to  a  padrões  internacionais,  via  Citei


           e  UIT;  a  reformulação  em  curso  na                                                                                                       Telecomunication Industry Associa­                                                                     ções em Moscou e Paris.


           UIT;  o  compartilhamento  hemisféri­                                                                                                         tion — TIA é uma associação nor­                                                                               Segundo  Allen  R.  Frischkom  Jr.,


           co  no tocante a regulamentação e uti­                                                                                             te-americana  representando  mais  de                                                                             presidente  da  TIA  e  ex-funcionário


            lização  do  espectro  de  freqüências;  o                                                                                        500  fornecedores  de  equipamento  de                                                                            da  GTE,  o mercado internacional das
                                                                                                                                              telecomunicações. Com escritórios em
                                                                                                                                                                                                                                                                 telecomunicações  para  os  próximos
            apoio  a  ser  dado  ao  Citei  VI  (Santia­                                                                                      Washington  e  Chicago,  a  entidade  se                                                                          anos  representa  negócios  de  bilhões


           go  —  maio  de  91);  a  implementação                                                                                            dedica  a  relações  com  o  Governo,  a                                                                          de  dólares.  Ele  explicou  que  a  TIA


            hemisférica  de  Feiras,  Congressos  e                                                                                          promoções  internacionais,  ao  esforço                                                                            participa ativamente em foros interna­


            assistência  multi  e  bilateral;  o  treina­                                                                                     de padronização, a programas educacio­                                                                            cionais  como  UIT,  ISO,  ETSI,  no  to­



            mento (um grupo de técnicos brasilei­                                                                                             nais, bem como a Feiras e Congressos,                                                                             cante à padronização de equipamentos


            ros deverá ir aos EUA); e que no cam­                                                                                             como  o  Supercom  90,  realizado  em                                                                             e defendeu que padrões locais não de­


           po  das  negociações  “elas  não  fiquem                                                                                          Atlanta  (EUA) e  o  Supercom  91, pro­                                                                            vem ser discriminatórios, a fim de não


           mais  restritas  ao  âmbito  exclusivo                                                                                            gramado para Houston (EUA). A  TIA                                                                                 obstar do livre comércio.  O Brasil,  no


           dos  especialistas  em  TCs  e  sim  que                                                                                           resulta da fusão, em 81, da US Teleco­                                                                            entender de Frischkorn Jr., “é um mer­
                                                                                                                                              munication Suppliers Assoc, e do gru­                                                                             cado considerado promissor para  tele­

           se busque o apoio dos Ministérios das                                                                                             po  de  TCs  mantido pela  The  Eletric                                                                            comunicações


           áreas econômicas e  do comércio”’.                                                                                                Association. No  terreno internacional,                                                                                    E parte dos objetivos da TIA, decla­



                                                                                                                                             a  TIA já promoveu mostras no Japão,                                                                               rou Frischkom Jr., pugnar e pela libe­



                                                      E logios                                                                               China,  Venezuela e México e mais re­                                                                              ralização  das  economias  e  pela  livre
                                                                                                                                             centemente  no  Brasil  (Com  Expo’90)                                                                             competição nos mercados.


                                                                                                                                            Já programadas, para este ano, exposi-
                   Janice  Obuchowski,  Assistant  Se-


           cretary  do  Dep.  de  Comércio  norte-



           americano, para comunicações e infor­


           mações em palestra, de teor mais inci­                                                                                     mento  —  para  atrair  o  indispensável                                                                                 Obuchowski, “esperar do governo bra­


           sivo  que  a  de  Bradley  Holmes,  disse                                                                                 capital de risco. Favorável a joint ven-                                                                                  sileiro  uma  abertura  para  o  exterior


           acreditar que a  liberalização  do setor                                                                                   tures (outro  meio  para atrair capitais                                                                                 para que  equipamentos  vindos  de  fo­


           das TCs  é  ponto central  para  a  pros­                                                                                 externos)  ela  registrou  que  a  empre­                                                                                 ra,  EUA incluídos, participem da ins­



           peridade  econômica  do  povo,  Brasil                                                                                    sa de  fora  traz  tecnologia,  treina pes­                                                                               talação de 6 milhões de terminais, sen­


           e  EUA  incluídos.  Após elogiar o  Go­                                                                                   soal  local  e  tem  capacidade gerencial                                                                                 do  esperados  para  os  próximos  5

                                                                                                                                     para tomar medidas, até impopulares.                                                                                      anos”, e para contribuir para o “bara­
           verno Collor de Mello  “pela coragem



           com  que  deslanchou  o  programa  de                                                                                             Sobre  resistência a  mudanças,  por                                                                              teamento  do  terminal  instalado”.  Ela


           liberalização e  privatização  e  do  estí­                                                                               parte  dos  que  participam  de  um  mo­                                                                                  também  mostrou  interesse  no  assun­


           mulo a investimentos diretos de estran­                                                                                   nopólio,  “esta  não  procede  visto  que                                                                                 to  do  gerenciamento  de  freqüências


           geiros  no  País”,  ela  comparou  qual­                                                                                  o  livre  mercado tende  a  fazer crescer                                                                                 (algo  que  mexe  com  negócios  de  bi­


           quer protecionismo a  “um  porão  mal                                                                                     as oportunidades. O desafio que é cria­                                                                                   lhões de dólares) e citou as discussões



           iluminado  em  que  floresce  muita  ve­                                                                                  do pela liberalização,  mesmo  incômo­                                                                                    conjuntas já  mantidas entre  autorida­


          getação, porém, muito pouco saudável’”.                                                                                    do  de  início,  é  a  melhor  maneira  de                                                                                des brasileiras e  norte-americanas  de


                   Defendeu Janice Obuchowski o con­                                                                                 obter  bons  resultados  para  a  econo­                                                                                  TCs,  visando  se  posicionarem  para  a



          ceito  de  que  a  livre  competição  é  al­                                                                               mia”,  opinou  a  palestrante.  Abordan­                                                                                  próxima  Conferência  Mundial  do


          go a ser  implantado, sempre que pos­                                                                                      do  pontos  pragmáticos,  disse  Janice                                                                                   CCIR,  em  92. (JCF)


          sível,  visto que ainda é  a  melhor  ma­


          neira  de  maximizar  a  eficiência  da



          produção,  inclusive  no  terreno  das


          TCs.  Ela  insistiu  nas  teses  de  que  as                                                                                         A visão                                                                                                                   Afirmou  Salomão  Wajnberg  que



          TCs são  chave  para  a  competição  in­                                                                                                                                                                                                               dentro  do  modelo  institucional  brasi­


          ternacional,  que a  tecnologia permite                                                                                              daSCN                                                                                                             leiro (a Constituição) a desregulamenta­
                                                                                                                                                                                                                                                                 ção é possível,  mas depende de novas
          uma  infinidade  de  novos  produtos  e                                                                                                                                                                                                                normas e  decretos,  de novo ambiente


          serviços e que 60% do capital necessá­                                                                                                                                                                                                                 de concorrência,  e de nova mentalida­


          rio ao desenvolvimento das TCs — os                                                                                                                                                                                                                    de,  os quais serão  “benéficos,  inclusi­



          países em desenvolvimento vão preci­                                                                                                                                                                                                                   ve para os serviços públicos de TCs”.


          sar de  20  bilhões de  dólares  na  déca­                                                                                                                                                                                                                     Referindo-se  à  questão  industrial



          da de 90  —  precisarão  vir  da  iniciati­                                                                                                                                                                                                            das TCs,  “cujo parque já atingiu maio­


          va privada.                                                                                                                                                                                                                                            ridade,  após  18 anos de proteção",  ci­

                                                                                                                                                                                                                                                                 tou  o  técnico  estatal  que  a  indústria
                  Mas para atrair capitais de fora se­



          rá  preciso  que  “os  países  examinem                                                                                                                                                                                                                brasileira de TCs apesar de faturar 1,6
                                                                                                                                                     alomão  Wajnberg,  da  Secretaria                                                                           bilhão e exportar 100 milhões de dóla-

         e  implantem  novas  abordagens,  co­                                                                                              S Nacional de Comunicações (ele diri­                                                                                res/ano, sofre de isolamento tecnológi­


          mo  as  que  estão  em  andamento  no                                                                                            ge  o  Geatic),  disse  que  a  questão  da                                                                           co, falta de competição e tem produtos



          Brasil”,  frisou  a  representante  do go­                                                                                        desregulamentação se impõe como con­                                                                                 ultrapassados. Mas, ele reconheceu que


          verno norte-americano afirmando que                                                                                               sequência do desenvolvimento tecnoló­                                                                                nossa  indústria  luta  contra  a  inflação


          desde 1985 “não se discute mais a ide­                                                                                           gico, notadamente de técnicas digitais,                                                                               e juros altos, mas que conseguiu sobre­


          ologia  da  privatização  e  sim  qual  a                                                                                         e que se  tornou impossível para as es­                                                                              viver  “graças  ao  mercado  garantido



          melhor  maneira  de  passar  para a  ini­                                                                                         truturas  —  quer  estatais  ou  privadas                                                                           pelo setor público e ao repasse do ex­


          ciativa  privada  a  maioria  das  TCs                                                                                            —  que  operam  serviços  de  TCs  de                                                                                cesso de custos ao consumidor”.

                                                                                                                                                                                                                                                                         Ele explicou que novos instrumen­
         que estão nas  mãos dos Governos”.                                                                                                 massa  (vale  dizer  telefonia),  acompa­                                                                            tos  foram  baixados pela  SCN,  visan­

                                                                                                                                            nharem  novas  e  múltiplas  aplicações.
                 Janice  Obuchowski  abordou  o  te­
                                                                                                                                            Além  disto,  o  processo  de  desregula­                                                                            do o Complexo Eletrônico, cujo objeti­

          ma  dos  serviços  de  valor  acrescido                                                                                           mentação  que  “teve  início  nos países                                                                             vo principal é que  ”o produto brasilei­


         dizendo  ser  necessário  criar  condi­                                                                                            desenvolvidos, hoje, atinge praticamen­                                                                              ro deve alcançar preço e qualidade in­


         ções —  liberalização das TCs e aceitá­                                                                                            te todo o mundo".                                                                                                    ternacionais’”.



         veis condições  de  retorno  do  investi­
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