Page 24 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1990
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UM BREVE GLOSSÁRIO
comutação - conjunto de operações para o estabelecimen CPA - controle por programa armazenado; uma particular contato quando duas barras - horizontal e vertical - são
to, manutenção e controle da comunicação entre dois ou maneira de se exercer a função de controle. acionadas em seqüència. Em inglês cross-bar.
mais assinantes; existe a comutação telefônica, telegráfica,
cross-point - um tipo particular de relé que, montado em
por pacotes, por linhas. central digital - central na qual a cadeia de conversação e
matriz, opera de modo similar ao sistema de barras cruzadas
as funções de controle empregam sinais digitais
registrador - órgão ou conjunto de órgãos de uma central
comutação automática - comutação efetuada inteiramen
central temporal - cential na qual o mesmo suporte físico telefônica capaz de receber, interpretar e enviar informações
te por máquinas automáticas
(a cadeia de conversação é ciclicamente atribuída a diferentes de e para outros -órgãos de comutação; órgão que faz parte
chamadas simultâneas; a central temporal é digital se a fun da função de controle; há vários tipos de registrador: de ende
comutação manual - comutação efetuada com o auxílio
ção de controle também (e normalmente) é digital. reço, de entrada, de trânsito.
de um operador humano
juntor - órgão que faz a interligação com outras centrais,
sistema de comutação - conjunto de equipamentos e re central eletromecâniea - central em que os dispositivos têm tanto na entrada quanto na saída.
gras para comutação como base a ação mecânica exercida por eletromotores e relés.
marcador - órgão que localiza a linha que chama, testa as
comutação de pacotes - a informação caminha na rede central eletrônica - central em que a malha de comutação vias entre o assinante chamador e o chamado, e marca uma
sob forma de conjunto de bits que contém o endereço a quem emprega tecnologia eletromecâniea miniaturizada. via livre antes de estabelecer uma ligação.
se destinam
central semi-eletrônica - central em que a cadeia de con controle comum - sistema em que as funções de coman
comutação de circuitos - a comutação se dá estabelecen versação emprega tecnologia eletromecâniea, ao passo que do para estabelecer a ligação são concentradas em um peque
do-se um caminho contínuo entre o chamador e o chamado as funções de controle são exercidas por dispositivos eletrôni no número de órgãos suficientes para atender ao tráfego dese
cos; é uma tecnologia de transição. jado.
central de comutação telefônica - conjunto de equipamen
tos e regras para comutação telefónica; seus elementos bási central CPA - central de comutação com controle por pro comando indireto - o comando da cadeia de conversação
cos são a malha comutadora e o sistema de controle. grama armazenado; na prática, as centrais digitais e eletrôni não é resultado direto dos impulsos gerados pelo usuário e sim
cas são sempre do tipo CPA. há a interveniência de órgãos adicionais.
cadeia de conversação - suporte físico utilizado para carre
ar a conversação entre assinantes, também rede de conexão. reed - um tipo de relé em que os contatos são encapsulados. malha comutadora - (switch fereed) elemento onde se efe
tua a comutação; pode ser digital, espacial
função de controle - suporte lógico para gerenciar o equipa seletor - um tipo de chave complexa que permite diversos
mento de comutação tipos de opções em seus contatos. central híbrida - aquela que emprega seletor crossbar na
malha comutadora; a eletrônica nas pressões de controle; tec
nó - ponto da rede onde convergem troncos telefónicos barras cruzadas - um tipo particular de seletor que fecha nologia de transistor para as centrais CPAs.
Sutel: das Comunicações, Haroldo Corrêa de tripé que suporta as TCs constituído pe
Mattos, culminando com a apresentação las operadoras, pela indústria e pelo usuá
da Sutel ao Ministro da Infra-Estrutura
Nasce a voz do Ozires Silva. rio” .
Por sua vez, Ozires Silva elogiou a cria
Antonio Carreira, ao falar como um ção da Sutel reconhecendo que o Siste
usuário dos criadores da Sutel, explicou ao Minis com seus usuários (e até futuros usuários).
ma Télebrás tem um débito material para
tro da Infra-Estrutura que a nova Associa
ção se destina a trazer de público “ a voz Ele acha, porém, que a tarefa de saldar
do usuário e de suas reclamações, necessi este débito não será fácil. “O setor preci
Este registro é histórico: no dia 10 de dades c incentivos, junto aos dirigentes sa de recursos de capital para recompor
julho de 1990, no 17° andar da avenida responsáveis pelo bom andam ento das o patrim ônio das empresas e estamos fa
Graça A ranha, 26 — onde fica a CVRD nossas telecomunicações’’. Caberá à Su zendo o enxugamento operacional do se
— no Rio de Janeiro, foi lançada Socieda tel representar o usuário, não só junto tor para retirar o máximo de margem da
de de Usuários de Telecomunicações às autoridades governamentais e do Siste tarifa de telecomunicações” , formulou
— Sutel. Estiveram presentes, dentre ou ma Télebrás, mas também, cm relação à Ozires Silva que designou, na ocasião, o
tros, o Ministro da Infra-Estrutura e o indústria fornecedora de bens c serviços Secretário Joel Rauber como o “ interlocu
Secretário Nacional das Comunicações, de telecomunicações. Joel Raubcr afirm ou tor direto do Governo para com a nova
respectivamente, Ozires Silva e Jocl Rau- que a criação da Sutel “ vem completar o Associação” . (JCF)
ber, o presidente da Associação Comer
cial do Rio de Janeiro-ACRJ, Paulo Pro-
tásio e demais membros da ACRJ, dentre
os quais os ex-Ministros das Comunica Ambiente pode mudar
ções Euclides Quandt e Haroldo Mattos.
A idéia da Sutel nasceu no XVII Pai O cx-ministro das Comunicações Harol em dezembro deste ano, com a reunião de
nel Tblebrasil ocorrido em Fortaleza, no do Mattos lembra que a União Internacio ministros dos países participantes, em que
Ceará, em setembro de 1987, que teve co nal das Telecomunicações — UIT e o Ban a tese da liberalização internacional dos ser
co Mundial promoveram discussões nos viços será discutida. Já a criação de um
mo tema o “ Direito do Usuário’’ e, coin mercado comum, no Cone Sul, teve início
cidentemente, apresentando Ozires Silva, anos dc 88 e 89 e publicaram resultados
que questionam a tese da eficácia do mono com a integração Brasil-Argentina e que
ainda presidente da Petrobrás, como um
pólio natural para a exploração dos servi depois deverá ser seguida com Uruguai e
de seus conferencistas (vide Tèlebrasil J /F ços de telecomunicações. Ozires Silva acha Chile.
88; pág. X III). Antonio Carreira, então que, aqui, o cenário das TCs é de mudan Em meio a este ambiente, Ozires Silva
presidente da Telebrasil, valendo-se de ças e cita três fatores intervenientes: 1) — não esconde que, pessoalmente, ele acha o
uma intervenção de Ethevaldo Siqueira, as eleições de outubro próximo; 2) — o tér setor privado mais bem aparelhado do que
da RNT, disse que a idéia da criação de mino da Rodada do Gatt; 3) — a criação o Estado, para operar serviços. Dentro da
um Conselho ou Associação de Usuários do bloco econômico do Cone Sul. mesma linha de pensamento liberal, ele diz
que não quer ver para a década de 90, o
de TCs deveria frutificar sob a égide das A atual Constituição é a que assegura
o monopólio estatal das TCs. As eleições mesmo 44clima retaliatório e protecionista
Associações Comerciais — grandes usuá de 3 de outubro podem mudar o perfil polí que foi vivido, internacionalmente, na déca
rios das telecomunicações. tico do atual Congresso. Este, a partir de da de 80”. A preocupação de Ozires Silva
Durante os anos de 87, 88 e 89, a ela 93, terá poderes constituintes e poderá re é a de que 4'num mundo em mutação, co
boração dos Estatutos da Sutel foi tom an ver ou manter o item constitucional referen mo diz o presidente Bush, o nosso País não
entenda a grandeza do atual momento e
do corpo no Conselho de TCs da ACRJ, te ao monopólio estatal das TCs. Quanto
à Rodada do Gatt, ela deverá culminar, passe ao largo do progresso mundial". (JCF)
primeiro sob comando do empresário A n
tonio Carreira e depois do ex-Ministro