Page 8 - Telebrasil - Maio/Junho 1990
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Novo Ambiente:
jeto turn-key ficará sob responsabili
dade de cada uma dessas operadoras re-
gionais e náo mais serão as compras
centralizadas pela Telebrás. Numa se
gunda fase, até o desenvolvimento do
projeto turn-key, além de sua execução,
poderá ficar a cargo de Consórcios, ca
bendo às operadoras exercer, apenas, a
atividade fim — operar o sistema. Atrás
da idéia do Consórcio e de turn-key es
taria a constatação, pela nova Adminis
tração, da dificuldade encontrada pelo
Sistema Telebrás para gerenciar sua
própria expansão, em situações em que
a colocação de um terminal funcionando
passou a significar a coordenação de de
zenas de contratos distintos, mas inter
dependentes. “Hoje, o Sistema e a hol
ding entram demasiadamente no pro
cesso da instalação de terminais e que
remos, com a nova sistemática, baixar o
tempo de maturação do terminal de 48
para 18 meses”, promete Joel Rauber.
Joel Räuber durante o I Encontro Nacional de Comunicação
Custo alto
Joël Marciano Rauber, Secretário instalar 2 milhões de terminais telefò- O Secretário Nacional de Comunica
Nacional de Comunicações, demonstrou nicos/ano, se quiser acabar com a de ções está seriamente preocupado com o
firmeza durante as duas horas em que manda reprimida. alto custo do terminal no Brasil, esti
expôs idéias e foi sabatinado por uma O Ministro da Infra-Estrutura, a que mado em 4 mil dólares, e já está de posse
platéia de cerca de duzentos empre está subordinada diretamente a Secre de dados internacionais e da composição
sários, gerentes e especialistas dos se taria Nacional de Comunicações, resol do preço para avaliar, aqui, os maiores
tores de telecomunicações, radiodifusão veu atacar de rijo o problema da de ofensores. Caberá a um Grupo de Traba-
e correios, durante o 1 Encontro Nacio manda reprimida sob os ângulos indus lho, coordenado pelo engenheiro Sal
nal de Comunicações promovido pela trial, da tecnologia e das em presas mão Wajnberg, detalhar insumos e veri
RNT, com apoio da Tclebnm le IBM, no operadoras. 1 )o ponto de vista de política ficar como baixar o custo do terminal
Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. industrial, as aquisições do Sistema instalado.
“O modelo de nossas telecomunica Telebrás passarão a ser efetuadas por li
ções foi eficiente, mas não o bastante citação entre ('onsõrcios (associações de
para atender a demanda reprimida de empresas fornecedoras) para entrega do
6,5 milhões de terminais que hoje pos terminal completo e funcionando (ou
suímos”, criticou o Secretário, acrescen projeto turn-key). Quanto à tecnologia,
tando que a indústria de telecomunica será aceita pelo Governo a formação de
ções aqui instalada, com capacidade joint-ventures (inclusive com reinter-
para produzir 1 milhão de terminais por pretaçáo da Lei dc Informática) e os ob
ano, apenas fabrica de 600 a 700 mil ter jetivos do CPqD serão reformulados.
minais para o Sistema Telebrás — que é Já do ponto de vista da atuaçáo das
virtual mente seu único comprador — empresas operadoras — que serão agru
quando em realidade o País necessita padas por região — a aquisição do pro
ANTES
até 48 meses
quem manda é o usuário.
U S U Á R IO
“Os Planos de Expansão vão conti
nuar existindo — afinal existe uma
grande demanda reprimida — mas à
medida que esta demanda for sendo
DEPOIS atendida, baixará o custo do terminal e
até 18 meses dim inuirá a participação do usuário.
O
Com term inais mais baratos, poderão
ser atendidas outras faixas da popula
U S U Á R IO
ção que hoje não podem, sequer, ter tele
fone”, prevê Joel Rauber, observando
A idéia da Secretaria Nacional de Comunicação é acelerar o processo de im plantação de terminais
entregando o gerenciamento a um Consórcio de fornecedores. que o Brasil, em termos de atendimento