Page 27 - Telebrasil - Maio/Junho 1990

Inform ática
A Subsecretária de C ontrole de
In fo rm á tica p a ra o S e to r P ú b li-
co-SCISP é um dos órgãos da Secre­
taria da A d m in istra ç ã o F ederal.
Cabe à Secretaria adm inistrar, em
âm bito federal, o S istem a de Pes­
soal C ivil, de Serviços G erais, de
M odernização A dm inistrativa e de
C ontrole da In fo rm á tica do S eto r
Público. E m outros term os, ela é o
apoio básico â m áquina do Governo,
como previsto na M edida Provisória
n.° 155, que virou D ecreto 99.180,
em 15.03.90. A p a rte de in fo rm a ­
ções do Governo é essencial para o
funcionam ento harm ónico do Setor
Público, bem como para o acesso do
cidadão e contribuinte a estas infor­
mações. A seguir, entrevista com o
S u b secretá rio H en riq u e O swaldo
de A ndrade e com o Coordenador,
Tadeu Ottoni, da SCISP.
Pergunta — Qual a função da SCISP?
H en riq u e de A n d ra d e
fluxo de informação para o Governo e
para a Sociedade. Teremos uma tarefa
muito grande na linha de organizar a
coleta, o tratamento, a armazenagem e
a disseminação deste íluxo de informa­
ção. A Subsecretária não irá tratar da
área de equipamentos. Por outro lado,
não estamos substituindo parte da SEI,
ainda que ela tenha algum trabalho de
administração de dados. Ambos órgãos
(a SEI e a SCISP) tém nível equivalente
na Presidência da República, um na Se­
cretaria de Ciência e Tecnologia e outro
na Secretaria de Administração.
P — Que tratamento a SCISP dará às
novas plataformas de hardw are e de
software? HA Em algum momento,
iremos opinar sobre hardware e soft­
ware, a fim de compatibilizar sistemas o
evitar duplicações. P
da atuação da SCISP?HA — O Governo
terá a informação de que ele necessita
para sua gestão e para responder à de­
manda da sociedade em relação a infor­
mações disseminadas. E uma prestação
de contas do que o Governo faz com o di­
nheiro do contribuinte. A Constituição
prevê que todo o cidadão tem o direito de
receber informações sobre a atividade
do Governo IBCT, Prodasen, IBCTJá
fazem isto. P Que estratégias pensa
utilizar a S (3SP? HA
pe pequena, de alta qualificação. Cada
Ministério tem uma Comissão de Mo­
dernização e Informática. Iremos arti­
culara forma do fluir de informações en­
tre M inistérios. Estam os levantando
junto aos Ministérios informações sobre
hntrevistu concedida a Fernando Norv (Módulo»
banco de dados e bases de hardware e de bem como todos os Ministérios e a Presi­
software existentes, para termos um dência da República serão interligados.
quadro geral. Iremos trabalhar através O Governo deve operar em conjunto.
de projetos. P — A aquisição governam ental de
P — Já há algum projeto em anda­ H&Sserá centralizada?Ha — A Secre­
mento? HA — Sim. Um deles visa mon­ taria de Ciência e Tecnologia tem um
ta r um grupo, com os M inistérios da projeto chamado “poder de compra do
Saúde e do trabalho, para resolver pro­ Governo”. A SCISP tem um órgão para
blemas de informática na área social. assessorar as compras do Governo. P —
Outro grupo é constituído dos Serpro e O software nacional gozará de preferên­
Sunab para um projeto de disseminação cia nas compras do Governo? Tadeu Ot­
de preços no varejo para o consumidor. toni — O tratamento completo do ciclo
P — O que acontece com a informática de informações pressupõe a existência
nas empresas que estão sendo extintas? de padrões. Deveremos operar com sis­
HA — Trata-se de problema emergen- temas abertos e tal como nos EUA e Eu­
cial em que é preciso decidir o que fazer ropa, orientaremos a indústria a forne­
com base de dados e equipamentos exis­ cer ao Governo de acordo com padrões
tentes. No caso da extinção da CAEEB que este estabelece. A legislação de
promovemos o encontro do liquidante compras tem como base um código de
da CAEEB e do Coordenador de Moder­ 1935 o que torna problemático exercer
nização e Informática, do Ministério da esta preferência. E mais fácil exigir pa­
Infra-E strutura, com os BNPM, DE- drões de preço, qualidade e produtivi­
NA1, CNP e 1BAMA, interessados no dade, bem como padrões determinados
acervo. pelo Governo, da indústria local do que
P O (pie é o Projeto lsis? HA Ele se no mercado externo. Além disto, há a
destinava a racionalizar a entrada de saída de divisas para o mercado externo
dados sociais da Datamec, Dataprev e que deve ser reduzida.
T ratar do Serpro para efetuar 40G de economia P Em termos práticos? TO — A SEI
sobre o custo da hipótese em que cada promove o programa de poder de com­
empresa agisse de modo independente. pras na área de informática do Governo
() projeto teve sequência com o cadastro com cadastram ento de fornecedores,
Nacional do Trabalho, do Ministério do formas de editais e licitação e orienta­
Trabalho, em que a agregação de pouca ção sobre modernização tecnológica. A
coisa fará chegar ao Projeto lsis. Sucesu-SP promove, juntam ente com a
P ( omo ficam os grandes prestadores SEI, o selo de qualidade. O programa
de serviço da União? HA O Serpro se envolve nove projetos dos quais a SCISP
dedicará ás necessidades do Ministério quer participar. Não pretendemos, no
da Economia e a I )ataprev ao Ministério entanto, fazer compras gerais para o Es­
do Trabalho. Estudam-se que recursos tado e sim estabelecer normas que ori­
serão necessários para que a Dataprev entem o setor público. Não queremos de­
ou parte dela ou outro órgão atenda ao pender de um só fornecedor. P — Existe
Ministério da Saúde. programa semelhante ao da SCISP em
P — A SCISP vai promover a troca de outros países? TO — A criação da Sub­
informações entre Serpro, Dataprev e secretária foi baseada nos modelos
Datamec? HA — Todas estas empresas, americanos e europeus.
P — Que papel desempenham as Tele­
comunicações para a informação do se­
O que resultará tor público? TO — As TCs são essen­
ciais, talvez até mais do que H&S. Aí
que reside o gargalo. Projetos de presta­
ção de serviços de informação para a So­
ciedade e para o próprio Governo estão
parados por faltarem recursos de trans­
missão de dados. Ainda trabalham os
muito com linhas privativas. Há pro­
jeto, encomendado pela Presidência da
República, para agilizar as comunica­
ções voz/dados/imagem, na Esplanada
dos Ministérios. Tivemos notícia que a
'Ver uma equi­ B a n c o d e D a d o s Renpac (Rede Nac. de Pacotes) não su­
porta a demanda. O próprio IBCT não
recebe novos assinantes por falta de fa­
cilidades da Renpac. P — Sua mensa­
gem final? TO — A opinião pública deve
mudar um pouco pois administrar infor­
mação não é administrar fichas do Ser­
viço Nacional de Informações. O nome
da SCISP se refere à informática para
não ser confundido com o SNI.
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