Page 25 - Telebrasil - Maio/Junho 1990
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área de e n tro n c a m e n to n acio n al. sar da campanha na época — mostrou TB — Remanejamentos internos?
Quanto ao mais, vamos evitar superpo que apenas 2,7% dos acionistas exer JR — Existirão. Atividade administra
sição de funções, principalm ente na ceram o direito de recesso. No caso da re tiva passará para atividade fim, num
área regional, inclusive evitando adi gionalização, estimamos em 8% os que esforço de m anter pessoal nos quadros
cionar custos. virão a se beneficiar do direito de re da em presa e voltá-lo para servir ao
tirada. u su á rio . No M in isté rio da In fra -
TB — Telex e transmissão de dados, re Estrutura levamos muito a sério a idéia
gionalizam? TB — A regionalização sai de qualquer do Novo Governo de que é o Estado que
JR — Temos que verificar, em primeiro maneira? serve ao cidadão e não ao contrário.
lugar, o problema dos troncos de micro JR — Sim; porém como vamos tornar as
ondas e passar para as empresas regio em presas eficientes e rentáveis não TB — Quando recomeçam as contrata
nais o que for necessário. Temos que di aconselhamos a ninguém exercer seu ções junto à indústria?
m inuir custos operacionais e quanti direito de retirada. JR — Em maio, já se iniciam o preparo
dade de em pregados, considerados de concorrências.
ainda elevados pelos padrões interna TB — Vai haver demissões?
cionais. Queremos, porém, atender à de JR — Quem paga a conta da empresa TB — Número de terminais para este
manda reprim ida mantendo os profis pouco eficiente é o cidadão brasileiro. ano?
sionais existentes. Vamos deslocar empregados que estão JR — Temos contratados 1,56 milhão
na atividade-meio para a atividade-fim de terminais, com cerca de 600 mil ven
TB — Empresário privado participa do porque queremos atender m elhor ao didos, há mais de 24 meses. Estamos
Conselho de Administração das empre usuário, principalmente quanto à de inadimplentes em relação ao usuário.
sas do setor? manda reprimida de terminais. Vamos Computados 4 mil dólares por terminal
JR — Estamos definindo como serão os atender a esta demanda aproveitando o temos aí um déficit no Sistema Telebrás
Conselhos de Administração e Fiscal. A pessoal hoje existente. E pessoal compe de 6 bilhões de dólares, em termos de
idéia, hoje, é deixar a presidência dos tente, treinado ao longo dos anos e não term inais vendidos e não instalados,
Conselhos com elementos do Ministério há intenção de nos desfazermos dele ou porém contratados. Se acrescentarmos
da Infra-Estrutura a fim de m anter uma de dispensá-lo. dívidas a fornecedores e bancos (curto
orientação política comum. prazo), o déficit da Telebrás é da ordem
TB — Então, a orientação do Ministério de 8 bilhões de dólares.
TB — A reorganização do setor envolve é tranquilizar o pessoal?
custos? JR — Sim; pessoal é nosso principal pa TB — Foram as indústriasque náo en
JR — Sim. Se todos os habilitados exer trimónio e tranquilizar as pessoas é im tregaram ou as operadoras que não ins
cerem direito de recesso teríamos um portante se quisermos aumentar a efi talaram, no prazo, os terminais contra
custo de 2,5 bilhões de cruzeiros. A ex ciência do setor para servir melhor aos tados?
M
periência da fusão Telerj/Cetel — o ape usuários. JR — E um buraco negro de terminais
não completados. Faltou planejamento
integrado, além da interferência dos
Planos Bresser e Verão que afetaram
estas contratações. Confiou-se demais
Räuber revê Política Industrial na recuperação do setor — após o petró
leo, TC 's é o melhor negócio do mundo —
Estamos estabelecendo novas regras () primeiro problema a ser enfrentado e náo houve uma gestão dirigida para
que vão alterar a Portaria 522, que trata pelo Sistema Telebrás é o dos “buracos ne atingir resultados para o usuário.
de reserva de mercado o considerava até gros” que necessitam de investimentos
800 mil terminais. Hoje, temos 2 milhões para acabar com o congestionamento. O TB E a dívida com os fornecedores da
de terminais (CPAs) e mantém-se ainda a problema da Telebrás náo é de planeja Telebrás?
reserva para Ericsson, Equitel e Nec. A mento global e sim inclusive até estra
tendência em nossa Secretaria é manter nho de parte de seu planejamento não JR Dívida vencida tem que ser paga
uma reserva de 50% para CPAs com tec ter sido completado. Para mudar o modelo e significa auxiliar a recuperação dos
nologia Trópico, do CPqD. Qualquer em que aí esta e que tende a afundar cada vez fornecedores, em época de transição eco
presário nacional (pelo critério do setor mais a demanda reprimida é necessário nômica. Até o final de maio, queremos
das TCs) poderá agora entrar no mercado. mudar o modelo existente, através da ter a situação regularizada com os for
O País vem. desde 70, dando todo apoio á ideia de ( ’onsórcio. necedores. Quanto aos reajustes dos
indústria nacional e já é tempo que as em Vamos a um exemplo, de um local crí contratos estamos em consulta com o
presas caminhem com seus próprios re tico, como Alphaville, em São Paulo, e Ministério da Economia e junto à Secre
cursos, num regime de competição. Daí a que precisa de 2 mil terminais. Será feita
idéia de liberar a reserva, não só para o uma concorrência entre Consórcios. Estes taria Executiva do próprio Ministério
Trópico, mas também para os demais são grupos de empresas fornecedoras que da Infra-E strutura para term os uma
equipamentos. captam e investem recursos e se propõem orientação de como proceder.
Pretendemos rever os objetivos do a instalar os 2 mil terminais em 18 meses
CPqD, cuja própria existência deve ser in e os coloca à disposição dos interessados. TB — Licitação de Satélites?
centivada, por ser ele muito importante A Telebrás vende os terminais, em 18 me JR — A Comissão de Licitação apontou
para o País e para a política industrial das ses, e paga ao Consórcio.
telecomunicações brasileiras. Queremos Queremos ajudar a indústria para que H ughes e A rianespace como vence
que o CPqD seja cada vez mais “empre obtenham insumos baratos e, se for neces doras. Verificamos a normalidade da li
sariado privado”, funcionando como um sário, até importados. Haverá um cabeça citação e do objeto licitado, a juridici-
condomínio, e com a participação minori de Consórcio— geralmente uma empresa dade e os aspectos econômicos, frente ao
tária. dentro do possível, do setor público. de comutação — responsável perante o novo plano do Governo. Demos luz verde
O Sistema Telebrás continuará a dar re Sistema Telebrás pela entrega do termi para a Comissão de Licitação prosseguir
cursos para o CPqD, até que eles possam nal instalado, funcionando. A formação os trabalhos. Os ganhadores já foram
ser substituídos, aos poucos, pelos da em de Consórcio será por licitação, mas se •oficiados. Não se publicou nada no “Diá
presa privada. No futuro, o CPqD poderia prevê, no entanto, que empresas for
ser uma Fundação, atuando como órgão marão alianças. A idéia do Consórcio vai rio O ficiar' por ser uma licitação da
autônomo, comercialmente, gerando seus simplificar o planejamento e a execução Telebrás.
próprios recursos. O CPqD, por ora, conti da expansão das telecomunicações. Já
nua formal mente ligado à Telebrás, mas imaginou construir um edifício tendo que TB — E quanto aos aspectos técnicos?
receberá orientação da Secretaria Nacio comprar, em separado, esquadrias, ti J R — Questionou-se na época se o Bra
nal de Comunicação, que está sendo es jolos, cimento e o resto mais? Nossas con sil precisaria de um satélite mais desen
truturada para isto, e dará orientação téc corrências, até agora, tem sido assim, tal volvido do que o da Hughes, contando
nica, ditada pelo Governo. como obra de Igreja, sendo feita aos pou com estabilização em três eixos, dotado
cos e aos pedaços, com padre e tudo!
de banda Ku ou banda L. No Brasil,
tanto Rede Ferroviária quanto Polícia