Page 8 - Telebrasil - Março/Abril 1989
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complexo hoje já integrado pelos satéli
tes Brasilsat 1 e 2, lançados em feverei
• • ro de 1985 e em março de 1986, com uma
vida útil de, no mínimo, dez anos.
•w. r • • O segmento espacial do Sistema Bra
sileiro de Telecomunicações por Satélite
é hoje composto por dois satélites, cada
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• % um com 24 transponders. O sistema ter
restre para controle dos Brasilsat 1 e 2 é
••* • • •• composto de dois centros, ambos locali
zados em Guaratiba, no Rio de Janeiro.
A segunda geração, objetivo do atual
processo de licitação, implicará no lan
çamento de mais dois satélites orbitais,
que deverão entrar em operação comer
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visto de vida operacional dos primeiros
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ponders será maior: 28 em cada um dos
novos Brasilsat.
No edital de licitação, a Telebrás in
A Embratel prepara-se para o lançamento dos Brasilsat III r IV na próxima década. forma que dará especial atenção ao pro
grama de financiamento proposto pelos
Até o final de junho, a Telebrás de os dois novos satélites que vão substi licitantes, sendo consideradas como
verá anunciar o resultado da licitação tuir, a partir de 1993 e 1995, respectiva condições mais relevantes financiamen
internacional e o nome da empresa ou mente, os satélites Brasilsat 1 e 2, em tos de 100 por cento a taxas fixas de
consórcio de empresas que vão fornecer órbita desde 1985 e 1988. juros, pagamentos escalonados e amor
os dois satélites de comunicação — Bra As licitações internacionais visam à tização do principal iniciando em abril
silsat 3 e Brasilsat 4 — além dos Cen implantação da segunda geração do Sis de 1995 e fevereiro de 1997, respectiva
tros de Controle e os respectivos servi tema Brasileiro de Telecomunicações mente. A Telebrás enfatiza, ainda, no
ços de engenharia e instalação no País. or Satélite (SBTS), pela qual a Tele- edital o interesse do governo brasileiro
Também, em junho, será anunciada rás, através da Embratel, lançará dois em que sejam oferecidas contrapartidas
a empresa que se encarregará da fabri novos satélites e implantará novos cen comerciais, bem como a transferência
cação do foguete que colocará no espaço tros de controle, complementando um de tecnologia. »
Telebrás recebe propostas para
fabricação de novos satélites
A Hughes Communications Interna sileiro de Telecomunicações Via Satéli dendo ser utilizada em futuros progra
tional, empresa da General Motores te (SBTS) e responderá pelo projeto e su mas de satélites.
Hughes Eletronics Co., apresentou, em pervisão da construção das estações ter Como aconteceu por ocasião da assi
março, à Telebrás, em Brasília, sua pro renas de rastreamento. natura dos contratos do Brasilsat I e II,
posta para fornecimento da segunda Se escolhida para fabricar os satéli a proposta da Hughes prevê contrapar
geração de satélites brasileiros (Brasil tes, a Hughes deverá testá-los no la tida comercial: os Estados Unidos se
sat III e IV). As propostas, incluindo a boratório do Inpe, de São José dos Cam comprometem a comprar mercadorias
das concorrentes, já foram abertas para pos, SP. Técnicos da organização serão brasileiras até 100% do valor do contra
estudos técnicos e deverão ser anuncia convidados a acompanhar os processos to. A transação seria facilitada pelo fato
das em junho. Os dois satélites brasilei de fabricação de satélites nas instala de a General Motors Co. — que controla
ros em órbita (Brasilsat I e II), lançados, ções da Hughes, em Los Angeles, EUA. a Hughes Aircraft—já utilizar, há mui
respectivamente, em 1985 e 1986 têm Paralelamente, a Promon pesquisará to tempo, produtos brasileiros na fabri
vida útil de mais ou menos 10 anos. diversos fabricantes brasileiros para cação de veículos.
O modelo proposto pela Hughes — fornecimento de equipamentos de tele — A GM sanciona e apóia integral
empresa que já construiu mais da me metria, rastreio e comunicação. Esta mente esse empreendimento — afirmou
tade dos satélites comerciais de comuni tecnologia permanecerá no Brasil, po- o presidente da empresa, Roger Smith,
cação atualmente em órbita geoestacio- em vídeo apresentado durante a cole
nária — é uma versão mais potende do tiva à imprensa realizada pela Hughes
HS 376. Seu desenho permite o lança em Sáo Paulo. Como todos sabem —
mento por diversos tipos de foguetes, acrescentou —, a GM utiliza uma série
como os norte-americanos Delta, Cen de bens e serviços brasileiros em suas
tauro, Atlas e Titá, o francês Ariane e o operações e posso assegurar-lhes que,
chinês Longa Marcha. Assim, o Brasil em apoio a essa aquisição, pretendemos
terá mais flexibilidade para escolher o aumentar nossas importações de produ
veículo propulsor. O modelo permitirá tos do Brasil.
também que as empresas brasileiras O principal executivo da General
criem suas próprias redes comerciais Motors reafirmou o apoio de sua empre
privativas via satélite. sa e do governo norte-americano à pro
Como parceira no empreendimento, posta da Hughes, assegurando que com
a Hughes escolheu a empresa brasileira A Avibrás tem contribuído muito para a fa a aquisição dos satélites, o Brasil terá
Promon Engenharia, que dispõe de ex bricação e instalação de estações terrenas em uma contrapartida comercial no valor
periência no programa do Sistema Bra todo o País. Na foto, a Ansat 10. de 100% de seus custos nessa operação.*