Page 24 - Telebrasil - Março/Abril 1989
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D e c i s ã o d a S E I s o b r e N o v e l l
a g i t a m e r c a d o d e R e d e L o c a l
cursos existentes; no multiprocessa
Computador precisa falar com m ento, seqüências de instruções são
outro e com periféricos e isto ex processadas, de modo simultâneo, su
plica a grande afinidade da in pondo a existência de mais de um pro
formática pelas telecomunica cessador no sistema. A operação multi
tarefa, ou de tarefas múltiplas, indica a
ções. Um dos aspectos desta afi execução concomitante de tarefas, ou
nidade surge na interligação de então, a de um só programa a ser utili
micros para formarem rede lo zado por diversas tarefas. Em resumo: a
cal. A Revista Telebrasil já abor rede local pode ser vista como um pro
dou o assunto de redes locais em cessamento distribuído, do tipo multiu
suário e multitarefa, à semelhança de
edições anteriores. Este é o ter um grande, único, computador que
ceiro artigo da série com enfoque opera recursos, em paralelo, de maneira
na inteligência da rede. Tam coordenada.
bém é relatado, aqui, a disputa
que decorre na introdução de Logicial
software estrangeiro no País em Na rede local operações ocorrem ao
vista de similares locais. mesmo tempo. Cada elemento da rede,
digamos cada micro, cada estação de
trabalho, tem suas regras próprias de
U ma rede local interliga processa Cetus foi no judiciário lutar polo NetWare, controle, dentro de um esquema de pa
dores e periféricos de modo a ocor
drões gerais fixados para rede. Os espe
rer o compartilhamento e a otimização da Novell, no mercado brasileiro. cialistas dizem que o controle das redes
de recursos informáticos eventual locais é do tipo distribuído, visto que
mente ociosos. Para que um micro, ori- cada elemento do sistema é dotado de
ginariamente projetado para operar de sarnento monousuário é a de que o pro sua própria lógica para atender ao que
modo isolado, venha a integrar uma re grama processado acessa a memória ou lhe cabe e o todo funciona, em harmo
de local, é necessário acrescentar-lhe impressora, na suposição de que tais re nia, sem a presença de um poder cen
componentes eletrônicos, além de modi cursos lhe estão disponíveis todo o tral. José Motta e Jorge Ramos gostam
ficar-lhe o sistema operacional, e inter- tempo. Já no caso multiusuário, um pro de descrever um micro, para uso em re
conectá-lo fisicamente ao meio de trans grama poderá encontrar tais recursos de, como sendo constituído de um núcleo
missão da rede. ocupados com outro programa e o con de circuitos e de dispositivos eletrome-
Para José Motta e Jorge Ramos, da trole do computador deverá, então, deci cânicos (hardware) circundado por três
Mira Informática, uma rede local nada dir o que deve ser feito. camadas superpostas de programas
mais é que um tipo de processamento Por sua vez, tarefa é um “pedaço” de (software) denominados: sistema opera
distribuído, no qual várias atividades programação que é vista como um todo cional, serviço e usuário.
ocorrem ao mesmo tempo, de maneira pelo sistema de controle do computador. A camada usuário contém os progra
coordenada. O pessoal que trabalha com Na situação mais simples, um computa mas aplicativos. Estes são aqueles escri
computadores distingue duas cate dor executará um programa, tarefa a tos em linguagem mais próxima do ho
gorias de processamento de dados que, tarefa. Mas existem outras possibilida mem e mais distanciada dos sinais que
por sua vez, são subdivididas em outras des (vide tabela): na multiprogramaçâo movimentam a eletrônica da máquina.
duas: mono e multiusuário e mono e o sistema executa programas, concomi A camada de serviço abrange instruções
multitarefa. A característica do proces- tantemente, intercalando e alocando re
que, instaladas na memória dos micros
no momento de sua inicialização, são
responsáveis pela prestação, autônoma,
de determinado serviço, como seria o
caso do serviço de impressão. Prestação
autônoma do serviço significa, no jargão
de rede local, que um micro poderá, em
dado momento, ter uma impressora alo
cada à determinada tarefa da rede e sua
unidade de processamento (CPU) sendo
utilizada por outra. O micro precisará
operar em modo multitarefa. Final
mente, a camada do sistema operacio
nal (SO) é aquela que controla o acesso a
periféricos e mantém o sincronismo e a
comunicação entre tarefas.
Em termos práticos, ao se estabele
cer uma rede local o que se faz é instalar
programas de “serviço” em micros que
contém recursos a serem compartilha
dos (entre as tarefas do próprio micro e a
de outros micros). Para os amantes de
maiores detalhes, dir-se-á, ainda, que
são acrescentados, na estrutura logical
do micro, mais dois programas. Um
0 terna das redes locais sendo discutido em Painel do Informática' 88. deles, o interceptor, se destina a inter-