Page 32 - Telebrasil - Julho/Agosto 1989
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e a Grande Sáo Paulo envolvem quatro er-
presas responsáveis por quase 60% do ráo
com pletam ento de chamadas do País.
Tem centrais em São Paulo, na área da
CTBC, com quase 80% de congestiona
mento. De cada 100 chamadas, 20 pas
sam e 80 ficam dentro de central ou nc
meio do caminho. A reclamação de todosé
a mesma: limitação de recursos financei
ros. Eu não concordo. Dinheiro tinham,
gastaram errado. Em recursos humanos,
sim, temos uma limitação, apesar de estar
havendo reposição de pessoas, através de
treinamentos adequados.
Ele esclareceu que a reposição de pes
soal é importante, principalmente na area
operacional, pois os problemas do sistema
não giram apenas em torno do congestio
nam ento. “ Uma ligação muitas vezes é
completada, mas no meio ela cai, e você
fica falando sozinho. Um típico problema
de falta de manutenção, por falta de gente.
Lamogna. a empresa oras: leira está fazendo alguns produtos tão bem quanto à japonesa”.
Precisam os alcançar desembaraço no
atendimento das necessidades num prazo
adequado. Fora isso, ainda temos uma
CPqD estava realmente atrasando a trans- prosseguimento à política de auto-sufi geração de produtos desatualizados tec
'erênc a de tecnologia de equipamentos ciência: num prazo de dois anos teremos nologicamente.”
im porarles. Agora, a empresa brasileira um rádio digital desenvolvido por nós, com Finalizando, observa o orador, “é real
esta fa z e 'do alguns produtos tão bem participação, inclusive, de empresas es mente necessário buscarmos a auto-sufi
quarto o aponés. stoé dar força à capaci trangeiras como NEC e Siemens", enfati ciência e sermos eficazes. Mas não e pos
tação tecnológica. zou Lamóglia. sível estes dois objetivos correrem juntos.
Como exemplo que venha representar 0 importante, dentro da visão do pales Rumo à auto-suficiência, precisam nossas
sua colocação, Lamóglia cita o da fibra óp- trante, écontinuartrabalhando em direção empresas de equipamentos. Também as
*ica "A ABC/-Tal — empresa beneficiada à auto-suficiência, sem se fechar as portas prestadoras de serviços devem procura-la,
' a *abr cação de fibras ópticas pela re ao que poderá contribuir com a eficácia. melhorando sua forma de fazer, desde lista
serva de mercado que termina em agosto "Naturalmente, saberemos dar prioridade telefônica, até rádio digital. Não que lista
de 89 sofreu com o atraso da transferên aos produtos cuja tecnologia já domina seja algo menor, mas vejamos: Não edita
cia de tecnologia pelo CPqD. Hoje, paga- mos internamente, como o Trópico, na sua mos lista telefônica no Rio até hoje. A prin
mos no mercado interno à ABC X-Tal um faixa de até 4 mil terminais, sobre o qual cipal insatisfeita com a situação deve ser a
preço muito superior ao que se poderia es- já se fez in ve stim e n to s da ordem de Telerj, que está deixando de arrecadar
tar pagando através de importação. Mas foi US$ 250 milhões.” cerca de NCz$ 4 milhões/ano por não co
graças a este valor que dotamos a empresa Além do atraso no desenvolvimento de mercializá-la. Sem falar nos NCz$ 20 mi
autorizada a adquirir melhor qualidade na alguns equipamentos, o que prejudicou lhões que paga para fazer os catalogos. Do
fabricação das fibras. Daqui a uns dois um pouco às indústrias e o próprio sis nosso lado também reclamamos quando
anos, jà estará capacitada a competir in- tema, como já colocou Lamóglia, “ a lim i vemos que as consultas ao 102 aumen
ternacionalmente." tação de recursos humanos e financeiros é taram. Se somos um monopólio, nosso ob
"A política industrial", complementa o colocada pelas operadoras como uma ou jetivo fundamental é o usuário. Temos a
dirigente, depois da regulamentação de tra grande dificuldade operacional” . obrigação de fazer com que ele se sinta sa
seus objetivos básicos buscaria, com os — Fizemos uma reunião com a Telesp, tisfeito e é por ele que estamos lutando
três pontos que ressaltamos, fortalecer a CTBC e Embratel, depois com a Telerj, Ce- pela auto-suficiência e eficácia”. (NPR)
industria, substituir a importação, viabili tel e Embratel. A cidade do Rio de Janeiro
zar a fabricação de novos produtos e dar
ênfase d tecnologia brasileira, além de
apoiar as pequenas e médias empresas.
Metas que estáo sendo cum pridas de
fornia mais paternalista de um lado, mais
re a lista de outro, mas estão se cu m
prindo."
T e c n o l o g i a d e f o r a
“ Não estamos proibindo que quem tiver
condições de se associar ai fora, traga a 5
tecnologia para cá. Ao contrario, estamos
aceitando. No caso do rádio digital, por
exemplo, e o que está acontecendo em em
presas como Sul America Teleinformática
e ABC Teleinformática. Senão, acabamos
perdendo na eficacia. A Embrate! já está
operando com 3.600 canais de radio digi
tal entre Rio e Sáo Paulo. 0 CPqD, por sua
vez. pode continuar suas pesquisas, dando A plateia de empresários ouve, a tenta mente, a exposição do diretor da Telebras