Page 42 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1989

A novn agência do Correio se valerá da eletrônica e dn automação pura facilitar a vida do

usuário. Em 89. serão modernizadas 50 agências. Objetivo: ninguém, em média, vai ficar na

fila além de 2 a 5 minutos.

O homem está vivendo hoje a pers­ sos suficientes para m elhor cum prir Segundo esse sistem a, o franqueamento

pectiva de um a transform ação básica da seus objetivos, é que a ECT pode definir dos objetos postais é efetuado através de

sociedade industrial para a sociedade da e reafirm ar sua relevante presença hoje microcomputadores interligados a ba­

inform ação. H á exem plos de m uitas e no futuro distante. Para isso, o prog­ lanças eletrônicas, que, de acordo com o

ações desen v o lv id as por governos e nóstico da situação do Correio enquadra peso e com a tabela tarifária magneti­

grandes corporações a indicarem que tal os principais elementos que descrevem zada, emite uma etiqueta adesiva e, ao

movimento está se processando. seu ambiente. mesmo tempo, registra contabilmente a

A p a rtir da avaliação prospectiva O primeiro elemento a considerar é a receita.

desse am biente, o Correio encontra um Concorrência. De toda carga postal mo­ Para o cliente, isso significa uma re­

cam po am plo, onde sua participação vim entada no País cerca de 50% deve dução de 10/15 m inutos de espera nas

será crescente, tanto sob o ângulo das ser avaliada no contexto da livre inicia­ filas para apenas 2/3 minutos, podendo

d e m a n d a s g e ra d o ra s de progresso, tiva. Nesse sentido, a ECT vem se pre­ ainda efetuar todas as operações com a

uanto como fator de apoio às ativida- parando para a tu a r e com petir como mesma balconista. No Brasil, esse sis­

es sociais, atrib u íd as ao Governo e força de mercado, assimilando as técni­ tem a está implantado em duas agências

dirigidas às comunidades. Esta tendên­ cas do m arketing de serviços, dirigidos (Rio e São Paulo), devendo ser esten­

cia se torna ainda mais evidente quando não só à melhoria da qualidade do ser­ dido, em 1989, a outras unidades. A se­

se considera sua função catalisadora, viço prestado ao cliente, como também à paração dos objetos também foi signifi­

identificada na gam a de produtos e ser­ adequação de sua estrutura à realidade cativam ente racionalizada através da

viços oferecidos e que poderá vir a exe­ do mercado. autom ação das operações. As cartas e

cutar. Não menos im portante é o item da pacotes são triad o s mecanicamente,

Tecnologia. O desenvolvimento tecnoló­ com a utilização de tecnologia de código

Novos cenários gico do setor de com unicações é ele­ de barras, que serve não só a indicação

mento bastante controverso, suscitando do destino, como tam bém ao rastrea-

O domínio sobre os cenários que vem desde a substituição do Correio por sis­ mento do objeto, permitindo, a qualquer

se delineando para as atividades postal temas modernos de telecomunicações, à tempo, identificar sua localização, fa­

e telegráfica está inexoravelm ente li­ plena inform atização e automação da cilitando assim a apuração do paradeiro

gado ao conhecim ento do passado da atividade postal. A experiência de ou­ e da responsabilidade nos casos de ex­

instituição e das relações entre a empre­ tra s adm inistrações postais, notada- travio, perda e espoliação.

sa, rep resen tad a pelo em pregado e o mente da francesa, nos aproxima da se­ A mecanização abrange ainda a pale-

u su á rio , nos dois extrem os do fluxo gunda possibilidade. Na França, mais tização, passando pelo empacotamento,

operacional — a postagem e o recebi­ de duas mil agência do Correio já utili­ ensacamento ou arrumação em caixas e

mento da correspondência. A partir des­ zam a informática e a meta é de equipar, triagem destes receptáculos. O Brasil já

sa visão e da existência de meios e recur- nos próximos anos, 4.000 unidades/ano. deu o primeiro passo nessa direção com

40 Telebrasil, Jan./Fev./89