Page 56 - Telebrasil - Março/Abril 1988
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ADR dá sua visão do futuro da informática
Os empresários de software estran 1970 chegaram a ser comercializados transportamento de dados e de progra
geiro estão ativos na área. Depois da vi sob forma de kits para serem montados mas de uma máquina para outra—el^
sita de A. Goldberg, da PPS (vide Rev. em casa, nascendo a seguir a linha Ap giou Raymond.
N/D 87) e de J. P. Imlay (S/0 87) foi a vez ple, e surgindo, em 81, os PCs (Person- Já a IBM preferiu movimentar-seeiri
de Raymond M argerum , diretor da nal Computers) que deverão dominar várias direções desenvolvendo, histori
Applied Data Research — ADR, repre mais da metade do mercado de computa camente, as séries/370, os Sistemas3e
sentada no Brasil pela Sistemas, Com dores, por volta de 1990. Do ponto de os PCs, em princípio, pouco compatíveis
putação e Informática — SCI, atraves vista operacional, cerca de 70% dos mi entre si. Confrontada com o problema
sar a linha do Equador para tratar de cros se interligam, hoje, de alguma ma da padronização, resolveu a IBM ado
negócios e proferir palestras sobre o fu neira a outras máquinas. Ainda mais, o tar, como nova estratégia, uma arquite
turo da informática. Décima empresa custo dos micros por mip (milhões de tura única em seus produtos, além de
norte-americana de vendedores de soft instruções por segundo) é menor do que implementar uma interligação padroni
ware, operando há 28 anos no setor, a o das máquinas de maior porte, mas es zada (SNA) e de repartir as informa
ADR apresentou, em 86, vendas de 132, tas permanecerão no mercado, garantiu ções, via sistema (SQL). A longo prazo,
4 milhões de dólares, dos quais mais da o palestrante, visto que certas aplica tais m edidas serão complementadaj
metade fora dos EUA, sendo que há 3 ções só podem ser efetuadas por main pela adoção da SAA (System Applica
anos ela foi adquirida pela American In frames. tion Architecture), compreendendo CPI
formation Technology (uma das 9 baby "Um dos objetivos dos novos progra (Common Programming), CUA (Com
Bell) oriundas do desmembramento da mas de computador é tornar suas ins mon User Acces) e CCS ( Common Cm-
AT&T, como um meio desta última di truções completamente independente m unications Support), destinados a uni
versificar suas atividades. dos dados, dando inteligência suficiente formizar a programação, o acesso e a co
ao sistema para localizá-los sempre que municação dos usuários com os compu
Tendências necessário." A seguir, o diretor da ADR, tadores IBM.
como não podia deixar de ser para uma Explicou o palestrante que a organi
Raymond prevê que as aplicações da empresa que vive de fornecer soâware zação geral do software têm como \
I nV.
informática se dirigirão agora para a para computadores IBM, comparou as central o módulo gerenciador de infor
parte operacional das empresas, cau máquinas desta última, com as da DEC. mações, a que se acrescentam a inter
sando significativo impacto. Citou a — Ken Oslon, da DEC, desde 78, de face com o usuário e o ambiente opera-
propósito, o sistema on-line de reservas terminou que qualquer máquina de sua cional, este incluindo teleprocessa
de passagens aéreas que revolucionou o empresa deveria possuir arquitetura se mento, arquitetura de rede e sistema
modus operandi destas transporta melhante, com comunicações e ambien operacional. A interface com o usuáno.
doras. Valendo-se da experiência da tes sem elhantes, propiciando fácil por sua vez, compreende as estações de
ADR, mostrou o conferencista que em trabalho, além de linguagenseserviçoi
presas que atuam na área financeira e necessários, ao passo que o gerencia
de vendas por correspondência estão mento da informação envolve, normal
partindo para automatizar suas opera mente, um dicionário de dados (que lo
ções. Disse ainda o conferencista que os caliza as informações), um serviço de
gastos com processamento de dados, de distribuição (que sincroniza as transa
uma maneira geral, deverão subir nas ções), uma base de dados do tipo relacio
empresas, dos atuais 1 a 3% de seu fa nal (constituída de tabelas com visões
turamento bruto para 3 a 10%, daqui há das informações) além de um sistema
dez anos. para conversão de informações, acio
Segundo o executivo, o mercado de nado quando necessário.
informações continuará a crescer e a ser Disse ainda Raymond que deve se
disputado não só por software houses, distinguir processamento cooperativo
mas também por empresas oferecendo (redes que falam entre si utilizando in
programas de suporte à decisão, de ser terfaces) de processamento distribuid
viços de consultoria diversos, além de "verdadeiro", que é aquele obtido peb
firmas especializadas em prover infor arquitetura unificada da rede. Um da*
mações e da verticalizaçáo das empre problemas sérios encontrado em proces
sas produtoras de hardware. samento de dados é o da migração dt
Do lado da tecnologia, a tendência programas de um sistema já existente
será no sentido da interligação cres para novo sistema. Tal migração pode
cente de computadores, "que não atua ser efetuada quer aplicando novas ca
rão mais como ilhas isoladas, mas sim madas de logicial aos programas exis
em redes". Continuará a queda, por uni tentes, quer desenvolvendo programas
dade de informação processada, do preço inteiram ente novos, ou ainda adqui
do hardware. Quanto às máquinas co rindo programas já prontos e dispor,
merciais, elas atualm ente se distri veis comercialmente.
buem por igual nas empresas, nas cate Ao término de sua conferência oexe
gorias de main frames (computadores cutivo falou dos bancos de dados exi'
Legenda:
corporativos de grande porte), minis tentes, distinguindo os que empregar
CC Computador corporativo
(médio porte para uso departamental) e CD Computador departamental ponteiros — divididos por sua vezef
micros (para uso pessoal), com faixas de PC Computador pessoal tipo hierárquico (DL1 e IMS) ou enu
preço, respectivamente, da ordem de 7 em rede (Total, IDMs) — dos denonun;
milhões, 1 milhão e 100 mil dólares. dos banco de dados relacionais, t
Os com putadores, hoje, não são m áquinas isola
A seguir, falando do crescimento dos das. mas sim falam entre si graças as m odernas como o DB2 (IBM) ou o DataComDB
micros, disse Raymond que estes em telecomunicações. este da ADR. UCF) »