Page 53 - Telebrasil - Março/Abril 1988
P. 53
prios softwares financeiros e adminis A. L. Blau; da Metal Leve A. Neves; da des locais (C. Azevedo-Amplus); siste
trativo como o Easy CMI dirigido para Coopers & Lybrand, D. Mocsanyi; da mas maleáveis (E. Jacob-Datatrade).
balanços e contabilidade com correção Caemi, H. Westenberger; da Sharp, P. A Embratel compareceu com pales
monetária. Já com nomes bem brasilei Feldman; do Grupo Iochpe, Comenato e tras de L. Gonçalves sobre Redes de
ros, a Modelo compareceu com seus Cipó Bonder; da SCI, C. Valdesusso, sobre Computadores; L. Israel sobre automa
(comunicação de dados), Curió (contra Planejamento Estratégico. ção comercial, assunto que também foi
curiosos) e Caipira (contra pirataria), O futuro dos main-frames foi defen tratado, do lado privado, por V. Sabo das
este último com mais de 10 mil cópias dido por C. Chede (ATM), a tendência do Lojas Pernambucanas; A. Enne sobre
vendidas. No centro da Feira, uma ci software por G. Diaz (Microsoft), a in automação de escritórios. R. Carvalho
dade informatizada — lnformópolis — teligência artificial por J. Perello. O talou sobre redes locais defendendo a
mostrava em diversos estandes o que professor da Unicamp E. Marussi, tra tese de que já há suficientes recursos
poderia ser a nova sociedade com a in tou do gerador lógico de aplicações, des tecnológicos no País para se partir para
formática (uma repetição da lí Fena- tinado a decuplicar a velocidade da pro o otTice automation.
soft). gramação Cobol.
Do lado didático-profissional citam- Política
Congresso se conferências como as da ligação mi
cro-m a n - fra me (C . H araguch i - Do ponto de vista político, o grande
i
Caracterizou-se o Congresso, de Proceda); modelagem de dados (C. Al evento foi o Painel que tratou da "parti
acordo com um empresário, pelo elevado ves, da Unysis); servidor de arquivos (F. cipação da SEI, das associações de em
número de palestras, muitas de cunho Toniolli-Itautec); conectividade em re- presas de informática e de usuários no
didático, algumas superficiais e outras mercado brasileiro de informática”, no
francamente de caráter promocional. qual foi anunciada a retirada das em
Alguns Painéis, como o de sistemas presas de processamento de dados esta
operacionais brasileiros, Sox e Sysne, e tais do mercado privado. Igualmente re
da necessidade de desenvolver tecnolo levante foi a discussão sobre a regula
gia brasileira, despertaram grande in mentação o aplicação da legislação de
teresse entre os especialistas presentes. software que contou com a presença de
Segundo a mesma fonte, as palestras Georges Fischer, advogado diretamente
prospectivas centraram-se muito mais envolvido no "caso Microsoft”, que criti
sobre o que ocorre lá fora no mercado, do cou a lei aprovada pelo presidente José
que aqui dentro. Em compensação, a Sarney e defendeu como melhor solução
política rolou firme ao se tratar da re um acordo entre governos, subentende-
cente Lei de Software que ainda está se brasileiro e norte-americano.
para ser regulamentada, Em outro âmbito, os líderes da PME
Muitas das conferências foram orien nacional de software, F. Petrucelli
tadas para o tema do impacto que siste (Soft), A. Cunha (Sistemas Lógicos), R.
mas informatizados exercem sobre o Goes (Convergente), G. de Almeida (PC
ambiente empresarial. Da Price Wa- Software), Pedro da Silva (Pars), C. Nu
terhouse — uma presença marcante na nes (Amplus) firmaram documento
2: Fenasoft — falaram F. Kaminski, G. Alejandro Gonzales, diretor da Intercorp do apoiando a Lei de Software, defendendo
Radovan, F. Fort, L. Barros, L. Meisler, llrnsil, que opera no mercado de so ftw are. a necessidade da compatibilidade entre
programas, enfatizando a necessidade
de controle de qualidade dos logiciais
nacionais. Eles também pediram maior
0 segredo do sucesso agilização na liberação de recursos da
Finep e na concessão de incentivos,
C o m o t a n t a s o u t r a s , a C o n v e rg e n te , m u la d o d u r a n te 8 a n o s tr a b a lh a n d o n a além da obtenção de maior apoio, na
cu jo p ro d u to C a r ta C e r ta II g a n h o u u m á r e a e d ito ria l e d e te x to . M esm o com a c r i prática, das estatais comprando progra
d o s p rê m io s A s s e s p ro ’8 8 , foi fru to d a d e c i se fin a n c e ira q u e se se g u iu n u n c a p e rd e mas de origem nacional.
sã o d e tr ê s e n g e n h e ir o s q u e se to r n a ra m m o s fé e m nosso p ro d u to q u e la n ç a m o s em
e m p r e s á r io s : R u y G o e s, 3 5 (U F R J» ; A l s e te m b ro d e 86. H oje, j á v en d em o s 6.500 O grupo SPA preferiu levantar o pro
b e rto d e L éo, 3 4 (IM F ), V a lé ria C a m p o s. c ó p ia s (a 80 O T N c a d a ), e s ta m o s n a v e r blema dos "clones” (cópias a partir de
30 ( P U C /R J ). T u d o d e co lo u a p a r tir d e u m sã o C a r ta C e rta II e p e n sa m o s no C a rta programs estrangeiros), e que pelo cri
p ro je to d e ra c io n a liz a ç ã o d o s c la ssific a d o s C e r ta III. E n ã o é só. A í v em o P á g in a tério de similaridade da nova lei, não
d e "O G lo b o ” , o n d e e le s a p r e n d e r a m a li C e rta p a ra Desk Top Publishing:' haverá mais a entrada dos produtos es
d a r co m fo to c o m p o s iç ã o , r e d a ç ã o e j o r trangeiros "genuínos” no País, questio
n a lism o . D e ix e m o s o p ró p rio R uy c o n ta r
nando, então, como ficará o problema da
s u a h is tó ria : comercialização e a da editoração (ma
" S e n tim o s q u e tín h a m o s a d q u irid o c a
nuais, disquetes, embalagem, comercia
p a c ita ç ã o te c n o ló g ic a s u fic ie n te e u sa n d o
n o sso F G T S fo m o s à lu ta c ria n d o a C o n lização) de software vindo de fora, por
v e rg e n te , e m s e te m b ro d e 83. O n o sso p r i acordo de tecnologia.
m e iro p ro d u to foi o b tid o e m joint-venture Comprovando as dificuldades finan
com a A u to g ra p h , o c a siã o e m q u e p ro je ta ceiras com que se defrontam a PME, as
m o s u m m ic ro d e 8 b its , com te c la d o em
Login, Modelo, Nativa, Rhodes, Prana,
p o r tu g u ê s , c h a m a d o E s c r i t a F á c il, q u e
Softserv, VideoPoint protestaram junto
h o je c o n ta co m u m a b a s e i n s t a l a d a d e
aos órgãos de fomento do Governo do Es
m a is d e 7 0 0 u n id a d e s e s p a lh a d a s , p o r aí,
n a s re d a ç õ e s b r a s ile ir a s . D ep o is, n o s d e s tado do Rio de Janeiro para efeito da ob
v in c u la m o s d a joint-venture, p o r e n te n tenção de subsídios a fim de partici
d e rm o s q u e n o s s a v e rd a d e ira v o cação e r a parem mais efetivamente de eventos,
lid a r com softw are p a r a p ro c e s s a m e n to como os da Fenasoft.
d e te x to . A abertura do Congresso contou com
F o i q u a n d o n a s c e u o Carta Certa, a p ó s a presença do Ministro da C&T que, dei
12 m e se s d e s u o r in te n s o (8 5 /8 6 ), a c re s Rui Goes, da Convergente, vitorioso xando de lado o discurso que trazia no
c id o do know -how q u e t í n h a m o s a c u - com o Carta Certa.
bolso, falou de improviso elogiando o*
Telebrasil, Março/Abril 88 51