Page 12 - Telebrasil - Maio/Junho 1988
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interfaces, visto que custam muito;
nheiro — disse o Secretário-Geral
U IT, lembrando que a extensão das r-
danças, como é o caso da RDSI, tem 1
um desafio organizacional paraain
tuição, que poderá ter que alterar sc
tradicionais métodos de trabalho, hf,
feito através de Questões e de Grupo-
Estudo, que decidem, oficialmente, api
nas a cada 4 anos, como na próxír
Conferência Plenipotenciária, a ter lu
g a r no ano que vem , em Nice'FP,
quando nova regulamentação interr:
cional deverá substituir os atuaisre
gulam entos de TCs da UIT que datar
de 1973 e que se encontram ultrapa-
sados.
Sobre o tema do desregramento k
TCs em alguns países e o da privatiza
ção em outros, Richard Butlervêaco:
rente preocupação como resultante d
crescimento exponencial de novas tec
nologias que aceleraram a obsolescèn
cia dos equipamentos bem como da ne
cessidade de expandir serviços tradic, -
nais e ao mesmo tempo atender a de
manda para novos serviços. Assim, o
aspectos econômicos da questão irão,se
gundo ele, influenciar profundai»
as novas políticas de TCs, mesmo nc
países que se encontram ainda preocí
Mesa de abertura do Simpósio de Política de Telecomunicações, incluindo conferencistas,
dirigentes, coordenadores do evento e altas autoridades. pados, primordialmente, com os sem
ços básicos.
regulamentação correspondente: para expandir os serviços tradicionais, Equilíbrio
"A s atuais redes de TCs podem ser bem como para fornecer infra-estrutura
vistas como sistemas de informações fle de apoio para os novos” reiterou o secre E xpressando-se parte em inglê
xíveis fornecendo não somente serviços tário. parte em francês, proporcionalmente :
básicos (telefone, telex) mas também Enfatizando, a seguir, o problema da composição linguística de seu país,ort
provendo ao transporte, conversão e padronização, disse ele: présentante do Canadá, Ministro Piem
gerenciamento de funções necessárias a — E x istem m u n d ia lm e n te uma Cadieux, traçou um paralelo comoBri
uma variada série de terminais, de apli imensa quantidade de modelos de rede sil "onde a Administração tambémqiK
cações e de redes especializadas. O cada qual com arquitetura e caracterís extender os benefícios das TCs àsm
termo rede inteligente está sendo ado ticas distintas. E necessário que possam giões de baixa população e não só cor
tado para descrever esta notável evolu se interconectar usando um mínimo de centrá-las no ambiente urbano”. Citou-
ção das redes.
O recente am biente das TCs tem
como vetores principais: a tecnologia de
sistem as de informação (hardware e Rôm ulo, Almir, G uisar d: Três pon tos de vista
software); novos e especializadas aplica
ções requeridas pelo usuário; utilização
O Ministro das Comunicações Anto — Não se pode esperar que toda a so
das forças de mercado para obtenção de nio Carlos Magalhães abriu, como host o ciedade tenha serviços básicos para ente
recursos para investir; a crescente de Simpósio, deixando Rôm ulo Vi liar Fur produzir serviços mais sofisticados. Nos
pendência que os governos, os negócios, tado, Alm ir Vieira Dias, José Guisard países em desenvolvimento, ao lado de
os indivíduos possuem em relação à Ferraz, respectivamente, Secretário-Ge grande segmento de pessoas carentes, hi
existência de um bom sistema de teleco ral do Minicom e presidentes da Telehrás um núcleo produtivo com exigências se
municações. O novo ambiente deu lugar e Embratel, representarem os participan melhantes a dos países desenvolvidosr
tes brasileiros. que devem ser atendidas com o apoio à
ao surgimento também de novos usuá
Almir optou por a presen taros resulta empresa privada. A expansão deste nú
rios, operadores, prestadores de serviços
dos da experiência do País citando nú cleo avançado da sociedade irá gerar maj -
que oferecem produtos que são neces
meros e fatos desde o autofinanciamento riquezas até para o próprio setor das TO
sariamente os tradicionais serviços de (cobre 25% do preço do terminal), até das — argumentou o dirigente.
comunicações, mas sim uma extensão tarifas (abaixo da inflação), passando Já Guisard, é de opinião queosemç'
de seu próprio negócio, realizada atra pelo Brasilsat e pela tecnologia Trópico básico requer altos custos para sua im
vés das TCs.” (com vendas de 250 mil terminaia/ano). plantação com lento tempo de recupera
Em decorrência, disse Butler. a fi A exploração das TCs públicas foram fei ção do investimento e de que os SYA cu-
gura do usuário passou a crescer ae im tas pelo Estado e é de se esperar que isto mizam a macro-economia do todo. "Epir
continue por algum tempo”, concluiu o ciso ser cuidadoso na abertura dosSVA
portância no novo cenário: ele será visto
executivo. Mesmo nos EUA e Japão, onde 90' *
como ativo parceiro interessado na le
Rômulo preferiu se deter na bipolari- serviço é de valor adicionado, não e> &
gislação e na política das telecomunica zação que se observa entre privatização e tanta livre concorrência assim. .4 proble
ções e de suas alternativas. Basta citar a estatização, entre monopólio e desregi-a- mática dos países que já solucionaram
proliferação de computadores de uso mento, e defendeu a necessidade de uma problema do serviço básico é distinta dtè
pessoal, que poderão recorrer a outros posição intermediária como a de manter que ainda não o fizeram. Desse modo.*
meios para o transporte da informação os serviços básicos, de fundo social, com o mudança de rota de uma política m
que necessitam, caso as TCs não ofere Estado, deixando para a empresa privada olista deve ocorrer quando os recurs'
os Serviços de Valor Adicionaao-SVA umanos existentes não conseguem
çam o que delas se esperam em termos
que utilizariam a infra-estrutura básica manter os objetivos fixados para o - •
de preço, qualidade e disponibilidade.
do Estado como suporte e permaneceriam tema e nunca antes disto”, advertiu op*
"A s tecnologias estão disponíveis mas sob regulamentação governamental. si dente da Embratel.
será importante a obtenção de capitais