Page 51 - Telebrasil - Julho/Agosto 1988

vez, ser ligado a um clusterdo processa­
dores. Fisicamente, o c/uster, é imple­
mentado através de um gabinete cie co­
municações passivo (star coupler), que
interligam duas vias de 70 Mbit/s prove­
nientes de cada máquina.
Videotexto
Dentre as aplicações incluídas no
ambiente do Supermíni MX-850, fabri­
cado pela Elebra (com tecnologia ameri­
cana Digital i, encontra-se o serviço de
videotexto empresarial. De acordo com
o engenheiro Ronaldo Roenick, 33, este
serviço se destina a distribuir, de ma­
neira econômica, informações no âm­
bito da empresa, para usuários não trei­
nados.
Memorandos e manuais costumeiros
passam a ser substituídos, no novo am­
biente, por telas e cardápios eletrónicos
que levam qualquer funcionário a obter
no terminal a informação de que neces-
ALGUMAS MANEIRAS DE CONECTAR O MX
MX
Renpac
PC
PAD
Interdata
Telex Rede Telefônica
Discada
IBM
IBM ) SNA
Porta
SNA
Uma das aplicações do videotexto e paru uso
empresarial uma forma econômica de dis­
tribuição de informações atualizadas, a nível
da empresa.
sita. O sistema também permite aplica­
ções transacionais, nas quais o usuário
interage com o sistema, como seria o
caso da verificação e encomendas de
itens de estoque no almoxarifado. via
terminal. De acordo com Roenick, um
Interligação local Ethernet— rede coa­
xial. padrões IEEE 802.3, 10 Mbit/s, até
500m sem repetidor, à qual podem ser
ligados term inais, m icros, servidores
de te rm in a is (ST), processador MX
iso la d o s ou em am biente cluster. O
gerenciador dos nós de rede é o soft­
ware Decnet, que habilita o MX a parti­
cipar de um am biente descentralizado
em rede, (Digital Network A rchitec­
ture), semelhante ao m odelo OSI.
Ligação à Renpac — é feita através de
interface para pacotes (PSD, do Decnet,
dando acesso ao protocolo X.25. Atra­
I vés da Renpac o M X fica lig a d o
____J resto do país e do m undo. Tam bém
Decnet
passa a ter acesso à rede telex e à co­
m unicação de dados, via rede telefô­
nica com utada através do PAD da Ren­
pac (m odo caractere a caractere).
Ligação c/outros fabricantes — é feita,
no caso da IBM, com uma porta (gate­
way) apropriada para System Network
MX Architeture - SNA, da IBM. Para ligar
um com putador pessoal a um MX, usa-
se um e m u la d o r de te rm in a l re s u l­
PC d tando que o MX, ao invés de ver um PC,
emulador passa a “ enxergar" um term inal.
dos segredos da simplicidade do uso do
videotexto empresarial é que ele opera a
partir de informações pré-estruturadas,
o que facilita seu manuseio. Tal já não
acontece com a pesquisa a base de da­
dos, através de linguagens do tipo que­
ry, que, apesar de mais flexíveis, reque­
rem pessoal especializado.
— No videotexto empresarial, as in­
formações são atualizadas à medida que
os fatos ocorrem e ficam assim de ime­
diato disponíveis para os usuários da re­
de. As aplicações do videotexto na em­
presa não tem limite e a idéia é manter
uma verdadeira 'biblioteca eletrônica’,
estruturada em níveis de detalhamento
cada vez maior — explicou o enge­
nheiro.
Do lado técnico, o videotexto opera
através do software VTX que vê a tela
como um envelope a ser preenchido, cujo
módulo TMS suporta vários protocolos,
como X.25; ASCII; Prestei; Antíope da
Telesp, além do Regis (protocolo alfa-
geométrico da Digital). Outro módulo
denominado Valu cria interface entre
VTX eo ambiente transacional MX 850,
dando acesso a biblioteca eletrónica, vi­
deotexto e criando uma linguagem de
alto nível (com 7 verbos). O módulo, de­
nominado TOP, dá acesso ao sistema
VM(\ O sistema permite 4090 níveis de
acesso a informações variando da mais
pública â mais confidencial.
Ao falar do videotexto, a nível públi­
co, Roenick disse que existe círculo vi­
cioso entre provedores de informação
(que só se sofisticam se houver mercado)
e usuários (que só crescem se houver in­
formações sofisticadas). Apenas dois
países, segundo ele, conseguiram im­
plantar com sucesso o videotexto:
França (onde o governo investiu 3 mi­
lhões de terminais, numa decisão estra­
tégica para dinamizar a indústria ele­
trónica); e Estados Unidos (onde a base
instalada de micros está sendo empre­
gada para o acesso a informações em­
presariais).
— No Brasil, a rede de telex tem, ho­
je, 10 vezes mais penetração do que a de
videotexto e a base de micros instalados
não é ainda suficiente para deslanchar
todo o processo — afirmou o técnico.
A estratégia da Elebra é lançar o vi­
deotexto empresarial como valor adicio­
ao nado ao MX-850. Este suporta até 256
terminais diretamente e 4096 processos
simultâneos (com o emprego de exten-
sores de barramento). Já são cerca de 80
supermínis vendidos pela Elebra no
Brasil e as aplicações de videotexto em­
presarial incluem o acesso a contas-
correntes no Bradesco ( vide gráfico);
base de dados de substâncias tóxicas na
Fundação Oswaldo Cruz; e sistemas
gerenciais para a Cerâmica Porto Belo,
em Santa Catarina.
— As empresas foram literalmente
atropeladas pelo uso inadequado de mi­
cros e o videotexto é uma boa maneira
de disciplinar a informação — concluiu
Roenick. (JCF) *r