Page 46 - Telebrasil - Julho/Agosto 1988
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Equitel mostra rádio digital de 5 GHz no America’s Telecom
A Equitel acaba de lançar dentro de São Paulo, de rota coaxial de 14 km de do desmembramento da Divisão de Te
sua linha de equipamentos para telefo extensão com capacidade de 1.080 ca lecomunicações da Siemens. Atualmen
nia privada o ‘'Saturno 2000”. Trata-se nais de voz. te, sob controle do grupo Hering, de
de um equipamento key system, do tipo Nasceu a Equipamentos de Teleco Santa Catarina, a Equitel atua na área
CPA, de projeto nacional, com capacida municações — Equitel, em 1979, fruto de comutação digital, CPA, com o tradi
de para 10 troncos, 32 ramais e 5 enla cional sistema EWSD. Uma das empre
ces, empregando apenas dois pares de sas líder no mercado de transmissão, a
fios para sua instalação. Equitel lança o rádio digital operando
Outra área de interesse perseguida na faixa de 5 GHz, bem como atua no
pela Equitel é a dos sistemas integrados mercado da comutação privada.
de telefonia móvel, incluindo centrais Por ocasião do America’s Telecom, a
de comutação ESK CPR (Cross Point), Equitel enfatizou a técnica EWSD como
enlaces rádio e equipamentos auxilia ponto de partida, inclusive para a digi
res. Relativamente à transmissão, a talização da rede, visando a implemen
Equitel detém 40% do mercado brasilei tação da futura Rede Digital de Servi
ro de multiplex FDM situando-se como ços Integrados — RDSI, no País. Tam
o maior fornecedor de equipamentos bém mostrou o rádio digital de 5 GHz, o
terminais e de repetidores para siste qual permite, através do tratamento di
mas coaxiais FDM de 4, 12 e 60 MHz. gital de sinais, a interligação de sinais
Deve-se à Equitel a implantação, em Central de comutação digital ESWD. de voz, texto e imagens.
Ericsson pretende permanecer mais 100 anos
A princípio, só os grandes números. gital AXE, sucessor do equipamento de fônica na Argentina (responde por 1,7%
São 60 mil empregados dos quais meta barras cruzadas, e que possui uma base das vendas mundiais do grupo em todo o
de trabalha na Suécia. Espera totalizar, instalada de 23 milhões de linhas com mundo). Mas é no México e Brasil que
este ano, 32 bilhões de coroas suecas de 14 mil centrais. Colocado em serviço pe se situam, hoje, os principais centros de
faturamento. Reparte suas vendas 71% la primeira vez, em 76, o sistema AXE atuação da multinacional sueca no con
pela Europa (23% na Suécia),, 17% na está instalado em 62 países e seus últi tinente latino-americano. Em ambos os
América (9% na AL), 10% nçi Ásia (2% mos aperfeiçoamentos incluem serviços países, a Ericsson mantém centros fa
no Oriente Médio) e 2% na África. Seu centrex (equivale a um PABX), redes bris de desenvolvimento de software e
perfil de produção inclui TCs públicas virtuais (permite redes privativas na de treinamento. Não é a-toa que Brasil
(41% das vendas) seguidas das áreas de rede pública) e linhas digitais gerencia e México, após Inglaterra e Austrália,
rádio (13%), de comunicação para negó das por logicial. representam o maior volume de linhas
cios (12%), de sistemas de defesa (10%), A versão móvel do AXE denomina-se digitais contratadas no mundo. No caso
de engenharia de redes (10%), cabos MTXs. Um milhão de usuários móveis brasileiro são 1,2 milhões de linhas
(8%) e componentes. Estamos falando, é se interconectam, ou irão fazê-lo, em 28 AXE, incluindo as 410 mil já em serviço
claro, da Ericsson cuja presença se faz países, através de centrais AXE-10 nos no Estado de São Paulo.
sentir em 80 países, operando unidades diversos sistemas NMT, TACs e AMPs. — Há 68 anos a Ericsson se instalou
fabris em 32, que através de subsidiá Prevê Ake Raushagen, por outro lado, no Brasil. Há 33 inaugurava sua fábri
rias ou de joint-ventures, como é o caso que a versão do AXE para RDSI não se ca em S. José dos Campos (SP) que seria
do Brasil, com o Grupo Monteiro Ara rá comercializada antes de 1992, ao con posteriormente transferida para a loca
nha. siderar que não se trata apenas de im lidade próxima de Eugênio de Mello.
plementar o acesso básico, mas também Com 6 mil empregados (10% do total da
Comutação os demais serviços. Ericsson no mundo) detemos 10% do
A presença da Ericsson na América mercado doméstico de comutação e fa
A empresa é o quarto fornecedor de Latina é tradicional. Ela já operou tele turamos no ano passado 258 milhões de
sistemas de comutação do mundo. Lide fones no Brasil e ainda opera uma tele- dólares — explicou Rubem Lüdwig, pre
ra as vendas de sistemas busca-a-pes- sidente da Ericsson do Brasil.
soa e 40% dos usuários mundiais de te O perfil da empresa ércomplemen-
lefonia móvel se conectam através de tado pelas informações do diretor José
seus equipamentos. Para o diretor de Frederico Falcão, ao dizer que a empre
assuntos para América Latina, Lars sa é no gênero a maior da AL e náo teme
Skõld, só deverão permanecer no mer os preços da concorrência, mesmo se cal
cado mundial de equipamentos de TCs culados em dólares, observando que os
cinco ou seis empresas com níveis de custos caíram em 40% nos últimos 10
venda acima de 6 a 7 milhões de linhas anos. Quanto a competir na área de te
anuais. Como parte de sua estratégia, o lefonia móvel, segundo ele, será facili
grupo investe 10% em P&D e mantém tado pelo fato da Ericsson já produzir no
diversos acordos de cooperação tecnoló País o centralizador CPA, que é idêntico
gica, inclusive com a IBM. “Estamos ao do AXE; já estar em atendimento
aqui há 100 anos e vamos permanecer com a ERA (uma empresa do grupo) pa
outros 100”, afirmou com segurança ra transferência de tecnologia rádio ce
nórdica o executivo. (E-D) Sérgio Monteiro de Carvalho, Rubem lular; e na área de terminais acabou de
Na linha de frente de seus produtos, Lüdwig, da Ericsson do Brasil ao lado de Lars ser lançado o hot Une pocket, o novo te
encontra-se o sistema de comutação di Skòld e Ake Raushagen da Ericsson. lefone celular de bolso da Ericsson.