Page 29 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987
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• c da Telebrás, Roberto Lam óglia, ex-
du=trial5 .-a demanda livre do sistem a, aque- o nrlrn °i itr0' 0s empresários avaliam que nicações ópticas do ponto de vista futuro. Ele
o preço ideal seria entre 6 e 7 dólares. Tam- coloca que o Sistema Telebrás irá criar uma
plicaQu^' reaiizada caso houvesse fib ra
° m®rca<*° nacional neste segmento de mentalidade de acordo com a nova tecnolo
la qUe,^p) é de 50 mil km/ano, ao passo que a
djsponi • atuaj da fabricante é de 13 m il cabos ópticos desceu aproximadamente 25% gia, através da digitalização da rede (CPA’s,
esperando-se qUe, agora, a partir de setem- RDSI) e que será também absorvida pelo
caPaCia a demanda cresceu m u ito e para
o, haja melhoria. "Não vamos investir na usuário, ajudando a ampliar o mercado. "Isto
^ a,ma indústria am plie sua capaciadade
area, caso isto venha a afetar o lucro”, re é o futuro próximo”, assegura, "e nos motiva
qUe ecisa de uns dois anos para tom ar as sume um dos executivos. para não paralisarmos nossa produção,
el!/das adequadas. Logo, uma solução im e-
Quanto à fibra — cuja variação de preços atualmente”.
* , 1 nã0 é possível porque ninguém , ob via
nao altera em nada os preços do cabo, já que é A Condugel é outra que participa ativa
da 3 é mágico. Temos ainda um a série de
fornecida ao fabricante pela concessionária mente da concorrência do mercado e está in
f Z eS a equacionar, como equ ipam entos,
(autorizada na compra pela Telebrás) — a vestindo em pesquisas junto ao CPqD na
terminais» acessórios, enfim , problem as in-
multimodo está a 25 centavos de dólar, e a área de cabos, inclusive tecnologias mais
monomodo 30 centavos, sendo estes os preços avançadas em cabos convencionais de
ocasião da apuração desta m atéria es
internacionais. Quando as vendas são desti grande capacidade. Quanto à Marsicano,
tava se discutindo entre a diretoria da Tele-
nadas ao mercado privado, cada vez mais cul Egom Poehn, superintendente comercial,
hrás como conduzir a questão da produção de
tivado, e a mercadoria negociada direta- acha que existe "muita onda e pouca subs
fbras devido ao compromisso da exclu sivi
tância na área de cabos ópticos. Na verdade,
dade Ào que se sabe, já tem sido autorizado o aîto116 JUnt° a° fabricante’ 0 PreÇ° é mais
o mercado ainda é muito incipiente para se
início de negociações para abertura de con
Antonio de Abreu Coutinho, vice-presi tornar atrativo. A conjuntura nacional en
trato de tran sferên cia de te c n o lo g ia com
dente da Condugel, enfatiza que o futuro contra-se ainda indefinida. Os grandes proje
mais duas outras em presas: E leb ra e A v i-
deste tipo de indústria está diretamente li- tos acabam sofrendo retardamento, mu
brás E outras duas colocam-se à disposição
gado ao preço dos cabos, atualmente "irre dança de prioridades, o que prejudica o
como insistentes candidatas: B racel e Ficap.
ais , defende. "Precisamos fazer cálculos a campo das telecomunicações. Muitos altos e
Dado o alto interesse estratégico do pro
preços normais para que as indústrias des- baixos ainda prejudicam que se aloque mais
jeto para a empresa, a adm inistração da E le
lanchem. Por outro lado, o nosso País é pobre recursos”. Para ele, as coisas deveriam ser
bra n ã o julgou conveniente pronunciar-se so
e não se pode investir mais em telecomunica resolvidas de uma maneira mais técnica e
bre o assunto, mas não negou que foi re a l ções do que se está investindo”. talvez menos política.
mente autorizada a receb er te c n o lo g ia do
A Monte D’Este, que há quinze anos atua Na Furukawa, a preocupação foi investir
CPqD para utilização em seu projeto de fa b ri
apenas na área de telefonia, sentiu sensivel em tecnologia de laboratório para garantia
cação de fibras ópticas, já aprovado, in clu mente a queda de mercado, que afetou seu de qualidade e vida do material, além da
sive. pelo Conin. Do mesmo modo a A vib rás, fornecimento de fios e cabos. Segundo Ta- adaptação da linha de produção. O engenhei
que trabalha com equipam entos para aplica keshi, "estamos esperando melhorias. Acho ro Foad Shaikhzadeh, gerente técnico, acha
ções m ilitares, p referiu m a n te r s ilê n c io . que a situação é de expectativa. Temos de ter que o Brasil paga um preço alto por uma tec
Porém, até que elas estejam aptas a oferecer esperanças no Brasil para que ele vá em nologia disponível e que entre as experiên
o produto, já terá acabado, ao que tudo in frente”, argumenta. cias de campo e a comercialização em escala
dica, o prazo de exclusividade do mercado. Ariovaldo Aprikiano, gerente de enge dos cabos, nós levamos muito pouco tempo
Zille não revelou, no en tan to, qu ais as nharia de vendas de cabos de comunicação, (um ano), o que para ele poderia colocar em
empresas que s e ria m e s c o lh id a s e n em da Forest, analisa a problemática das comu- dúvida a qualidade do material. Ele lembrou
mesmo que empresários estariam dispostos a que, no Japão, só depois de treze anos de ex
investir na im plantação de um a fábrica, a Cabo óptico padrão Telebrás* periências em campo é que se começou o uso
curto prazo, "já que iriam fatu rar no m ínim o comercial em escala. Afirma que o problema
CFO — APL — FC — 12
daqui a dois anos”. de fibras interrompidas é um dos maiores en
Já na opinião de S iffert, o m ercado não contrados no Brasil, fato que se estende aos
justifica nem justificará por algum período a acessórios.
existência de outro fabricante, visto que não Completando, neste ano de 87, quarenta
se sabe em que patam ar a dem anda perm a anos de Brasil, a Ficap desde 86 nacionalizou
necerá. 'Os projetos a p res en ta d o s p ela s seu capital, detido em sua maioria pela
operadoras são p erfeitam en te cu m pridos” , Paraibuna Metais, um restante com a L.M.
afirma. Ercio Z illi, por sua vez, considera Ericsson, da qual a Ficap é representante no
perfeítamente viável e tranqüilo a coexistên Brasil, e outros.
cia entre mais de um fabricante, em bora re Embora existam dificuldades inerentes à
conheça a instabilidade de se a va lia r o m er área, a empresa procura manter o equilíbrio
cado. Só que, por outro lado, desabafa: "E sta financeiro, evitando o prejuízo. Atualmente
mos segurando a demanda por não te r como está construindo um centro tecnológico com
suprí-la”. piloto investimentos da ordem de 6 milhões de dóla
res, para pesquisas e desenvolvimento de
direcional
Os fabricantes fio de cobre isolado produção de materiais das três áreas com que
trabalha: fio esmaltado, cabos de energia e
enfaixamento do elemento central
telecomunicações. A inauguração está pre
Dos oito fabricantes de cabos no B rasil, fio de cobre isolado________
cmco são empresas nacionais (B racel, Con- vista para daqui a nove meses.
enfaixamento do núcleo
dugel, Monte D ’Este, M arsicano e F ica p ) e
capa externa O futuro e o CPqD
hes multinacionais (P ire lli, Forest e Furu-
blindagem APL
awaJ' A Pirelli e Furukawa lideram o m er-
monofibra em tubo loose Para o futuro, a aceitação da fibra óptica
Cddo de cabos tradicionais e continuam gra n
enchimento como meio de transmissão é marco a ser al
es concorrentes no de cabos ópticos, em bora cançado e sua utilização no Brasil está em
iaja taiT)bém neste segm ento reserva de 25% fio de cobre isolado
franco desenvolvimento, tanto aplicada aos
j as indústrias nacionais. fio de aço isolado (aço + capa)
cabos adaptados ao padrão Telebrás, quanto
ciaBí11C!aLn?ente’ a disputa pelas concorrên- aos cabos do mercado privado aplicados no
era até *1°je cerca de 20) entre os fabricantes Valores típicos para Cabos de 12 Fibras; segmento não-Telebrás, perfeitos em am
com? ffa que PUÍ*e88eni ser co n sid era d o s bientes explosivos e inflamáveis, interli
diâmetro externo 19 mm
possív °,rnece^ore8 ativos. Com o isto seria gando computadores e propiciando redes óp
Isto fP7 caso nunca houvessem fornecido? 270 kg/km ticas, assim como aplicações militares.
peso aproximado
ba;x .. ,com ^ue os preços dos cabos ópticos Com a entrada do tipo monomodo, o leque
120 mm
cialt 0SS^ m maito. Passado este período ini- raio mínimo de curvatura de aplicações que se vislumbra é cada vez
existindn<T aa° con^ nua esprim ido m esm o 200 kg maior devido ao grande potencial que possui
máximo esforço de tração
msuficip°r ; emanc*a crescente, em bora ainda nas transmissões à longa distância. Algumas
480 canais
de Prodiir s J 5 que torna ociosa a capacidade empresas nacionais estão desenvolvendo tra
capacidade de transmissão 34 Mbits/sp.par
s*luacãn r fo r ç a n te s . Eles atribuem a balho conjunto com o CPqD para aperfeiçoa
mento de novas modalidades de cabos com
cW d e ’f1bragt° ^ haver aPenas um fabri-
¦Desenvolvimento conjunto Condugel - CPqD/ Telebrás
este tipo de fibra. t
a^mente, os cabos custam cerca de 2
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