Page 32 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987

Japão lança seu
I n p e
d e
A convite do INPE a comunidade
científica brasileira poderá partici­
par de um programa iriédito no País.
Trata-se do projeto e construção de
satélites científicos. Para iniciar o
programa, o INPE criou duas comis­
sões (científica e técnica), com o obje­
tivo de estudar a viabilidade e os in­
teresses científicos e tecnológicos do
desenvolvimento desses satélites.
Também do INPE nos chega a no­
tícia de que dentro de dois anos de­
verão entrar em operação no País
três novos órgãos ligados à área de
meteorologia, climatologia e oceano­
grafia, que produzirão, segundo o
Instituto, um impacto decisivo na
qualidade dos serviços da previsão do
tempo no Brasil. O Presidente José
Samey aprovou as propostas de cria­
ção do Centro de Previsão do Tempo e
Estudos Clim áticos (C PTE C ), do
Centro de Aplicação de Satélites Am
bientais (CASA) e do Laboratório de
Pesquisas Atmosféricas e Oceânicas
(LPAO).
O Casa será o órgão responsável
pelo desenvolvimento de técnicas de
previsão local de alta precisão com
prazo de até 12 horas, através do uso
integrado de radares e satélites me­
teorológicos. A utilização destas téc­
nicas de apresentação rápida de in­
formação em terminais de computa­
dor representa uma evolução natural
do desenvolvimento tecnológico al­
cançado pelo INPE.
Por outro lado, atendendo às rígi­
das especificações técnicas e de con-
EM ÓRBITA
Os satélites da Inmarsat vão ser emprega­
dos para navegação e determinação de coor­
denadas geográficas, via satélite. A tecnolo­
gia a ser empregada deverá ser compatível
com os sistem as G PS (E U A ) e Glonnas
(URSS). A Inmarsat está angariando propos­
tas técnicas. Quem quiser se habilitar o telex
é 297201 1 (Londres).
Reorientando seus lançamentos após os pro­
blemas ocorridos com o táxi espacial ameri­
cano, a Inmarsat contratou lançamento de
sua nova geração de satélites com a British
Aerospace, ocasião em que empregará os lan­
çadores Delta 2, fabricados pela McDonnald-
Douglas.
Cercado por controles sem precedentes, o 1 9 '.'
lançamento do foguete francês Ariane não
podia falhar. Ele levou em seu bojo dois sa­
a n u n c i a p r o g r a m a s
s a t é l i t e s c i e n t í f i c o s
trole, fundamentais aos equipamen­
tos do projeto Missão Espacial Com­
pleta Brasileira (MECB), o Labora­
tório de Circuito Impresso do INPE
substituiu a antiga seção, em funcio­
namento desde 1969. A placa produ­
zida em 1986 é a primeira peça de­
senvolvida pelo laboratório para fins
de medicina, entre os quais a primei­
ra peça nacionalizada para o marca-
passo fabricado pela empresa pau­
lista Cardio-Bras Joint-venture da
norte-americana Intermedies Inc.
Já confeccionados com a placa de
circuito impresso desenvolvida no
Brasil, os modelos Brascor 41 e Bras-
cor 42 estão sendo implantados com
sucesso há cerca de oito meses.
O IN PE está se equipando para prever o
tempo, através de satélite, com quatro a
cinco dias de antecedência.
télites de comunicações, um australiano e
outro europeu. O lançamento estava sendo
seguido por japoneses, chineses e até soviéti­
cos, concorrentes em potencial ao mercado e
que teriam visto sua posição fortalecida caso
ocorresse um novo insucesso europeu.
Porém, o lançamento do Ariane foi um suces­
so, para tristeza dos concorrentes.
t a n
marca, (ver r
d u ç ã o ) .
marco neste a
grandes m
da empresa, qu<
d i n
— seus setores e coi
conseguindo superar todas as crises
políticas e econômicas que o Brasil vem
vessando.
primeiro foguete
O Japão lançou, no dia 27 de agosto
último, com sucesso, um foguete de trés
estágios, o H -l,o primeiro desenvolvido
inteiramente com tecnologia japonesa
O lançamento, efetuado na base espa-
ciai de Tanegashima, perto da ilha de
Kyushu (a maior do arquipélago), foi
transmitido pela televisão e seu êxito
coloca o Japão no caminho da auto-sufi
ciência na área da tecnologia espacial.
O foguete colocou em órbita um sa­
télite chamado Crisántemo-5 que trans­
mitirá sinais de rádio para a orientação
de aeronaves e de pequenos barcos da
grande frota pesqueira japonesa. Os
cientistas japoneses já estão desenvol­
vendo a próxima geração de foguetes, o
H-2, que terá o H -l como modelo para
sua tecnologia básica. O H-2 deverá en­
trar em operação na década de 90. Até
lá, o H -l, de 140 toneladas, será utili­
zado para colocar no espaço satélites de
comunicações, meteorológicos e marí­
timos.
i
B r a s i l s a t g a n h a
m a i s u m a e s t a ç ã o
e m B e l é m
Está operando desde a primeira semana
de agosto a estação terrena de Belém para co­
municações por satélite, cuja antena com
parábola de 12 metros de diâmetro perten;:-
à estação Tanguá 3, que foi desativada no::
cio do ano passado. Localizada na Ilha dc
Mosqueiro, a nova unidade da Embrate; é ce
grande porte e custou à empresa cerca de Cz -
280 milhões. Atende basicamente com telex
nia as necessidades de telecomunicaçóe; Q-
Manaus, Santarém, Itaituba, Altamira e ou­
tras localidades da Amazônia Oriental
Sua ativação desafoga o tráfego dos ser>^
Ços de TCs da Amazônia, que ganham as:
maior confiabilidade. Os equipamento- ce
transmissão e recepção permitem 2-400 nf-
ções telefônicas simultâneas, via Brasil^-
O cronograma de montagem e ativação ce
estações terrenas do SBTS prevê
tom em oí
quarto trim estre deste ano a entranha--
seus 10 an
operação da estação de São Gabriel da C .
v i d a , a L i
eira, também na Amazônia. Este
e s t á a p r e
tem justamente estacionado a 36 mil WJ ,
d o s u a
altitude o Brasilsat I e mesmo assim £
não dispunha de qualquer comunicaça-
M a i
tema. Ao visitá-la, em junho último, o
dente José Samey mandou instalar aJ-
u d f
no mais rápido prazo possível. ^
Até o final do ano, a Embratel
a m i z a n d o 1
quirir quatro outras estações t e r r e ^ . .
uma vez instaladas, beneficiarão 06 - ^
pios de Eimnepé, Taboca, São Luís c - \ ^
Costa Marques, elevando para 33 o <-
estações terrenas do SBTS.