Page 48 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1987

ais. A propósito, há que distinguir entre certificado de quali­ mas Técnicas. Destaque-se a ISO, que opera uma rede int

dade (ou certificado), que é baseado em atendimento a qual­ cional de troca de informações (Isonet), agrupando centro1 ^

quer especificação, normas, especificações contratuais, especi­ cionais de informações sobre normas e regulamentos técn^"

ficações declaradas e a marca de conformidade (ou marca), que em base voluntária. O membro brasileiro junto a Isonet é oT*

só é concedida pelo Governo a produtos que obedecem às Nor­ metro. Adicionalmente, cabe lem brar que, por forca ?'

mas Brasileiras (NBR). "Acordo Relativo a Barreiras Técnicas ao Comércio” do GATT

todo País signatário fica obrigado a implantar um "Ponto d ’

Sinortec Informação” sobre normas e regulamentos técnicos. e

O Sinortec é gerenciado pelo Centro de Documentação e In­

A difusão do conhecimento científico e tecnológico contido formação - Cedin, um órgão do Inmetro. A ABNT, Ministérios

em documentos normativos, normas técnicas, a nível nacional Administrações e outras entidades a eles ligados desempe­

é propiciada pelo Sistema de Informação Sobre Normas Técni­ nham, de fato, papel normativo em sua esfera de atuação

cas e Regulamentos Técnicos — Sinortec, que também atua Cabe ao Sinortec assistir às indústrias no tocante a equivalên­

como interface para empreendimentos similares, a nível inter­ cia de normas técnicas nacionais e estrangeiras, mantendo

nacional, como o Isonet, o Gatt e o Codex Alimentarius. centros especializados em informação e documentação. É tam­

As Normas Técnicas que mais interessam às TCs e à infor­ bém o Sinortec que coordena, no País, os trabalhos referentes a

mática estão situadas, no plano internacional, no seio da Or­ "Barreiras Técnicas ao Comércio”, com a implantação do ser­

ganização Internacional de Normalização (ISO) e da Comissão viço de informação do GATT — uma missão de perspectivas

Eletrotécnica Internacional (CEI) e dos Comitês da UIT. políticas. Pesquisas referentes a normalizações podem ser ob­

Existe, também, uma organização regional para atender a tidas junto à Divisão de Documentação do Inmetro — fone-

América Latina, Copant — Comissão Pan-Americana de Nor­ (021) 233-1331; telex: (021) 34599 + INMQ BR. r

Aumenta ocupação dos satélites domésticos

O Brasilsat 1 e o Brasilsat 2, segundo tivas). Em 1989, este índice de ocupação choeira, Taboca, São Luís de Anauá e

Ney Menandro Garcia de Freitas, chefe chegará a 38. Costa Marques —, o que elevará o total

da Divisão de Segurança Espacial da — De acordo com o SAT, é preciso para 33. Além destas, estão em fase fi­

Embratel, "já passaram por sua fase crí­ que se faça distinção entre saturarão e nal de montagem quatro estações para

tica de experiência e testes”. Para ele, o ocupação. Esta última é feita gradativa­ primeira fase da Rede Privativa da IBM

Brasil teve até muita sorte, já que é mente, ao longo dos anos. Foi feita uma de comunicação de dados via satélite e

muito comum a ocorrência de falhas previsão, válida até 1995, de que os sa­ sete das dez estações terrenas que com­

prematuras em transponders devido aos télites supririam as necessidades de co­ põem a rede de dados via satélite do

testes feitos em terra ou até mesmo no municação. Se eles fossem totalmente Banco Itaú.

trajeto até a órbita definitiva. No caso "queimados” logo nos primeiros anos, o A informação é do Chefe do Departa­

dos satélites brasileiros não houve qual­ planejamento estaria incorreto. mento de Comunicações Domésticas

quer degradação, e os problemas me­ Também pensando no futuro, o SBTS Via Satélite, Luiz Octávio Prates, acres­

nores, em sua parte mecânica, foram vem desenvolvendo estudos sobre uma centando que "até o final de 88 teremos

corrigidos rapidamente. segunda geração de satélites, já que a mais de 15 estações terrenas de telefo­

Vinham sendo utilizados para trá­ escolha, contratação, especificação e nia, entraremos na segunda fase da Re­

fego 16 dos 24 transponders do Brasilsat testes levam, em média, cinco anos. de IBM, terminaremos as instalações

1, mas desde 24 de junho estão ligados os "Até 1992 temos de ter tudo pronto” — das redes do Itaú, Gerdau e Usiminas, e

oito restantes. A previsão é de que, a prognosticou o engenheiro da Embratel. começaremos os trabalhos relativos à

partir do segundo semestre de 1988, rede privada de comunicação de dados

quando o tráfego estiver segmentado, Estações terrenas de alta velocidade da Petrobrás.

deverão estar sendo utilizados 32 dos 48 — A indústria brasileira vem se es­

transponders dos dois satélites (20 do Ainda este ano serão ativadas maii forçando para produzir cada vez mais

Brasilsat 1, com telefonia, e 12 do Bra­ seis estações terrenas do SBTS — equipamentos com tecnologia nacional,

silsat 2, com sinais de TV e redes priva­ Belém, Eirunepé, São Gabriel da Ca mas enquanto isso não se confirma, os

equipamentos devem continuar sendo

importados. Além da necessidade de

compatibilização e substituição de pro­

dutos estrangeiros por nacionais, ainda

existem a demora para liberação de

guias pela Cacex e dificuldades para ob­

ter-se financiamento. Em conseqüên-

cia, surgem atrasos no cumprimento dos

prazos e preços dos contratos — explicou

Luiz Octávio.

Paralelamente, o SAT tem feito um

trabalho de catequese junto à Telebras,

CPqD e indústrias brasileiras para que

se crie um mercado imediato e se adote a

longo prazo uma estratégia capaz de

abrir a pespectiva de retorno tanto para

os fabricantes quanto para a Embratel.

No caso das redes privativas, merca o

que deve se expandir nos próximos ano ,

já existem experiências como prototip

Os satélites domésticos brasileiros vão muito bem, obrigado. nacionais. (J.P.)