Page 16 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1987

O secretário geral do Ministério das do diretor de Assuntos Industriais d

Comunicações, Rômulo Villar Furtado, Telebrás, para quem a absorção de nr)0

e o diretor de Assuntos Industriais da vas tecnologias é de fundamental im

Telebrás, Roberto Lamoglia, aconselha­ portância para o futuro da indústria

ram os empresários mineiros dos se­ brasileira de eletroeletrônica e de tol^

tores de eletroeletrônica e telecomuni­ comunicação, o Secretário Executivo dr

cação a procurarem capacitar suas in­ Geicom, Salomão Wajnberg, condenou ri

dústrias para a produção de equipamen­ xenofobismo que, segundo ele. tem

tos de alta tecnologia sob pena de fi­ mantido o Brasil atrasado tecnológica-

carem de fora do mercado. Eles adver­ mente em relação às nações industriali­

tiram que o sistema de telecomunicação zadas. "Há um universo muito grandi

brasileiro está mudando de analógico para as empresas de microeletrónica e é

para digital e que as indústrias interes­ imenso o número de equipamentos que

sadas em fazer negócios com a Telebrás usam circuitos integrados dedicado i

terão de acompanhar estas mudanças. Tornar o Brasil capaz de alimentar este

A advertência foi feita durante a rea­ mercado é uma questão de sobrevivên­

lização da I Mostra Telemig no Mercado cia” — advertiu.

Mineiro, que ocorreu em novembro no Também o diretor Técnico da Tele­

Centro das Indústrias de Minas Gerais. mig, Otávio Marques de Azevedo, que

A feira foi uma promoção conjunta da representou o atual presidente da Em-

Telemig, Ceag-MG, Indi, Ciei e regional bratel, José Eugênio Guizard, enfatizou

mineira da Abinee. Cerca de 150 equi­ Rômulo Villar (ao centro): ”A empresa deve a importância da absorção de novas tec­

pamentos e materiais ligados às Teleco­ in vestir em tecnologia nologias. Ele informou que o Brasil tem

municações (rede, transmissão, in­ hoje cerca de 13 milhões de telefones

fra-estrutura e comunicação de dados) instalados e deverá fechar o ano com

foram mostrados aos empresários do se­ empresas estrangeiras que atendiam o 11.700 localidades atendidas e 210 mil

tor, para que eles tomassem conheci­ setor. "Na década de 80 — disse ele — telefones de uso público instalados. Ou­

mento do que as empresas do grupo estamos dando ênfase à capacidade tec­ tro dado importante é que o Sistema

Telebrás necessitam. Todos os empre­ nológica, pois as telecomunicações Telebrás possui atualmente 1 1 0 mil em­

sários que visitaram a exposição foram evoluem muito rapidamente e precisa­ pregados, o que representa um cresci­

cadastrados e receberam uma lista dos mos acompanhar este ritmo. A adoção mento no quadro de pessoal, no período

materiais expostos, com a especificação da tecnologia digital e a adesão à telein­ de 1981 a 1987, de apenas 10%, en­

de cada um, para que estudem a possi­ formática mudou alguns conceitos e quanto que o total de telefones instala­

bilidade de fabricação por suas em­ criou novos mercados que precisam ser dos cresceu, no mesmo período, 60%, eo

presas. melhor explorados”. de localidades atendidas cresceu 300

O diretor de Assuntos Industriais A saúde financeira da empresa tam­

Tecnologia digital garantiu que a Telebrás está empenha­ bém é boa. Para se ter uma idéia, a Tele­

da em incentivar as pequenas e médias brás está movimentando este ano cerca

Falando aos empresários sobre a empresas brasileiras, inclusive no que de 3 bilhões e 800 milhões de dólares,

política de aquisição de equipamentos e diz respeito à execução de projetos e sendo que apenas 27 milhões são prove­

desenvolvimento tecnológico adotado transferência de tecnologia, através de nientes de empréstimos. A dívida total

pela Telebrás, Roberto Lamoglia expli­ seu Centro de Pesquisa e Desenvolvi­ do Sistema é de 800 milhões de dólares

cou que, na década de 70, a Telebrás deu mento, que funciona em Campinas, SP, o que significa que seu grau de endivi­

ênfase à capacitação industrial brasilei­ como forma de consolidar a indústria de damento é de apenas 23%. Para 1 9 8 8 a

ra, pois era preciso criar um parque in­ telecomunicação nacional. projeção é de que a empresa terá uma re­

dustrial no País capaz de substituir as Desenvolvendo um pouco mais a tese ceita operacional de 4 bilhões e 2 0 0 mi­

lhões de dólares.

Paralelamente à mostra de equipa

mentos, a Telemig, o Geicom e o Indi as­

sinaram um convênio para promovei

levantamento das indústrias de telecc

municações existentes em Minas Gera»-

e recolher subsídios que permitam^

aplicação no setor da política industria

da Telebrás, que está voltada esse?C',n.

mente para o desenvolvimento a 1

dústria nacional. . treí-

O presidente da Telemig. Paul°. c l 3

lander Couto, destacou a injP0 1 rc..

do convênio e a disposição dos c ^er-

sários mineiros em disputar u jOÜ

cado altamente especializado e -n.

como "fundamental” a evolução ‘ .l5 ¦

dústria eletroeletrônica cru > *

A assinatura do convênio garantirá o desenvolvimento das pequenas e médias
empresas. Gerais. (ACS — Telemig)¦