Page 35 - Telebrasil - Julho/Agosto 1987
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G a r b i :










                                                                                    H o m o l o g a ç ã o   p o d e   s e r   m e l h o r a d a




















                     omologação e registro e o sistem a de a ce ita ­
              H                                                                                                                                                                                                                                              não  só  dos  próprios  fabricantes  que  procuram
                                                                                                                                                                                                                                                             hom ologar  produtos  ainda  não  to ta lm e n te   de
                     ção unificada em fábrica (Sauf) foram  os as­

             suntos tratados por G ilberto Geraldo Garbi,  pre­                                                                                                                                                                                              senvolvidos mas,  em sua  m aioria,  são causados


             sidente  da  Telepar  e  diretor  da  Telebrasil,  em                                                                                                                                                                                           pela  sobrecarga  dos  laboratórios  responsáveis

             sua  palestra.  Procurou  na  am ostragem ,  com                                                                                                                                                                                                pelos  testes  e  que  não  conseguem   dar  vazáo  a


             que  ilustrou  sua  conferência,  englobar  em pre­                                                                                                                                                                                             todas as solicitações.

             sas  g ra n d e s,  m é d ia s  e  p e q u e n a s,  g e n u in a ­                                                                                                                                                                                     A  T e le b rá s  ta m b é m   re co n h e ce ,  se g u n d o


             m ente  brasileiras ou com   capital  estrangeiro,  a                                                                                                                                                                                           G arbi,  e x is tir  certa  b u ro cra cia   na  preparação


             fim  de form ar um co njunto que em seu e n te n d i­                                                                                                                                                                                          dos relatórios que precisam  ser agilizados.  Para

             m ento fosse  o  m ais  representativo  possivel.                                                                                                                                                                                              a  m aioria  das em presas o  processo  de  hom olo­


                     Garbi afirm ou  que esperava com o resultado                                                                                                                                                                                           gação  e  registro  acaba  por  fica r  com   os  custos


             de  sua  pesquisa  que  pelo  m enos  algum as  in ­                                                                                                                                                                                            m uito elevados devido à lentidão de seu proces­

             dústrias achassem  ser a  hom ologação e registro                                                                                                                                                                                              sa m e n to .  Um a  in d ú s tria   —   c o n to u   G e ra ld o


             uma  bobagem,  um  form alism o que  não deveria                                                                                                                                                                                               Garbi                disse até que gostaria de cobrar do sis­


             existir.  “ Todas  elas,  porém ,  foram   unânim es                                                                                                                                                                                           tema  Telebrás o  preço  do  hom em /hora  que  lhe

             em  reconhecer que deve  haver  um  processo de                                                                                                                                                                                                custa  o  teste de  hom ologação.


             hom ologação  e  registro.  Alegam ,  entre  outros                                                                                                                                                                                                     Urna  sugestão  que  para  G arbi  parece  bas­

             argumentos,  ser a hom ologação uma segurança                                                                                                                                                                                                  tante  inteligente e desburocratizante seria  a  da


             para  as  in d ú stria s  genuinam ente  brasileiras  e                                                                                                                                                                                         Telebrás conceder hom ologação e registro a d e ­


             que,  apesar dos crité rio s apertados,  existe dia                                                                                                                                                                                            te rm in a d o s   tip o s   de  e q u ip a m e n to s   ta l  co m o

             iogo ao  longo do processo",  acrescentou o con­                                                                                                                                                                                               em pregado na sistem ática de concessão de car-


             ferencista.                                                                                                                                                                                                                                    te ira   de  m o to ris ta   nos  E U A   —   o  m o to ris ta

                     Em  1 9 8 2 ,  a  P ortaria  do  M in is tro   Haroldo                                                                                                                                                                                 m anda  uma  carta  para  o  órgão  co m p e te n te   d i­


             Mattos redefiniu questões de uma  prim eira d is­                                                                                                                                                                                              zendo  que  sabe  d irig ir  e  se  responsabiliza  por


             ciplina dada  sobre o assunto de  hom ologação e                                                                                                                                                                                               todas as  coisas  que  venham   a  acontecer.  Logo

             registro,  de  76,  na  gestão  Q uandt  de  O liveira,                                                                                                                                                                                        em  seguida  está  autorizado  e  recebe  a  ca rte ira


             procurando levar em conta p rin cip a lm e n te  o as­                                                                                                                                                                                         de  m otorista  pelo  Correio.


             pecto da  política  industrial  no Brasil.  A Portaria                                                                                                                                                                                                 “ E  e vid e n te   que  não  se  p o d e ria   a d o ta r  o

             216  que  vigora  até  hoje,  in tro d u ziu   um  fator                                                                                                                                                                                       m esmo  esquem a  para  todos os  e q u ip a m e n to s,


             adicional  para  hom ologação que é o da  com pa­                                                                       Conferencista  Gilberto G.  Garbi, presidente                                                                          mas  para  determ inados casos,  e ve n tu a lm e n te ,

             tibilidade  com  a  política  in dustrial  do  setor  de                                                               da  Telepar e diretor da  Telebrasil.                                                                                   poderia  a  Telebrás  a ce ita r  um a  declaração  do


             telecom unicações.                                                                                                                                                                                                                             fabricante  de  que  ele  testou  de  tais  e  tais  m a ­


                     “ A tu a lm e n te ,  se  concede  hom ologação  a                                                                                                                                                                                     n e ira s  o  e q u ip a m e n to   “ X ” ,  se  re s p o n s a b ili­

             equipam entos para  fabricação nacional  testan­                                                                        que  a  em presa  está  realm ente  em penhando                                                                        zando  por sua  d e cla ra çã o ".


             do-se  o  desem penho  de  am ostras,  verificando                                                                      bastante  esforço  para  que  não  haja  encalhe  na                                                                           Q uanto ao Sauf (sistem a de aceitação u n ifi­


             sua  com patibilidade  com  norm as  técnicas  es­                                                                      docum entação” ,  ressaltou  Garbi.                                                                                    cado em  fábrica),  segundo  relatou  G arbi,  todas

             pecíficas  e  a  co m p a tib ilid a d e   dos  equipam en­                                                                     Existe  a  opinião  de  que a  sistem ática  m on­                                                             as  in d ú s tria s   fo ra m   u n â n im e s   em   a p ro va r  a


             tos  com  a  política  setorial.  No  caso  de  ocorrer                                                                 tada e a equipe que a  própria  Telebrás tem   per­                                                                    idéia,  destacando  a  econom ia  em  viagens  e  a

             algum co n flito  não se concede a hom ologação” .                                                                      m itiria m   que  cada  processo  demorasse  de  um                                                                    m ão-de-obra  q u a lific a d a   nos  testes,  d e vid o   a


                     O registro é concedido quer a equipam entos                                                                     modo geral  entre 3  a  4  meses  para  ser co n clu í­                                                                especialização das equipes e à garantia de q u a ­


             importados ou  nacionais.  Q uanto aos prim eiros                                                                       do.  No  entanto,  verifica-se que alguns chegam                                                                       lidade.  A indústria,  através de seu e sp e cia lista ,

             deve  se  v e rific a r  a  existência  de  c o m p a tib ili­                                                          a  dem orar  2  anos.  Os atrasos são  provenientes                                                                    fala  com   gente  do  ram o  na  Telebrás e a  a c e ita ­


             dade técnica com  o sistem a  Telebrás e se a  im ­                                                                                                                                                                                            ção e o diálogo fica m  fa cilita d o s.  A lém  do m ais,


             portação  não  co n flitu a   com  a  política  do  setor                                                                                                                                                                                      agora  há  uma  co n tin u id a d e   no  flu xo   de  in sp e ­

             No  caso  de  e quipam entos  nacionais  pode-se                                                                                                                                                                                               ções em  prática,  dentro  desta  filo so fia .


             conceder  registro,  ao  invés  de  hom ologação,                                                                                                                                                                                                      No  estudo  fe ito ,  nenhum a  operadora  e  ne­


             quando  os  equipam entos  venham   a  in tro d u zir                                                                                                                                                                                          nhum a  in d u s tria   apresentou  q u a lq u e r  queixa

             tecnologias ou aplicações que não estejam  s u fi­                                                                                                                                                                                             quanto a eventuais dem oras no processo e ta m ­


             cientem ente testadas na  rede  brasileira  ou  que                                                                                                                                                                                            bém  nenhum a em presa reclam ou dos custos de

             sejam de utilização lim itada no tem po, ou ainda                                                                                                                                                                                              aceitação  u n ifica d a   Apenas  um a  fez  ressalva:


             quando esses equipam entos fabricados no  Bra­                                                                                                                                                                                                 de que o sistem a não e e fic ie n te  para testar pro­


             sil  venham  a  ser  produzidos  em  quantidades                                                                                                                                                                                               dutos  de  fabricação  em  pequena  escala  ou  es­


             pré-fixadas e  lim itadas.                                                                                                                                                                                                                     p e c ia l,  m as  sim   apenas  para  a  pro d u çã o   em
                                                                                                                                                                                                                                                            serie  Q uando  um a  concessionária,  por  exem ­



                                                       Lentidão                                                                                                                                                                                             plo,  adquire um eq u ip a m e n to  especial ou fa b ri­

                                                                                                                                                                                                                                                            cado  em  pequena  escala,  m elhor  seria  um   sis­


                    C ita n d o   re la to   da  T e le b rá s ,  re g is tro u                                                                                                                                                                             tem a  em  que a  própria  em presa  fosse  lá  in d iv i­


             Geraldo  Garbi  que  no  2?  sem estre  do  ano  pas­                                                                                                                                                                                          dualm ente  fazer a  aceitação.


             sado  tram itavam   na  entidade  5 9 8   processos,                                                                                                                                                                                                   M u ita s   e m p re s a s   s u g e rira m   q u e   o  S a u f

             dos quais 4 0 0  foram totalm ente concluídos até                                                                                                                                                                                              evolua  para  um sistem a de q u a lid a d e  assegura­


             o  fim   do  ano,  "o   que  me  deixou  bastante  im ­                                                                                                                                                                                        da,  que consiste em  re strin g ir suas a tivid a d e s a

             pressionado,  pois  não  im aginava  que  houvesse                                                                                                                                                                                             auditorias  periódicas  destinadas  à  assegurar  a


             tanta  solicitação  de  hom ologação  e  registro.  O                                                                                                                                                                                          m anutenção  do  padrão  de  qualida de  ja  a lca n ­


             volume de processos é grande e o fato de a Tele­                                                                                                                                                                                               çado  pelas  in d ú stria s.  N este  se n tid o ,  porém ,

              brás ter conseguido praticam ente co n clu ir 70%                                                                      Visão  p a rcia l  dos  participantes,  durante                                                                        seria  necessário a  am pliação do quadro de  ins­


             deles no 2? semestre,  dá  uma dem onstração de                                                                        mostra  de diapositivos.                                                                                                petores.  (N P R )
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