Page 47 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986

tação dos TRS e Apple com term inal em aproximadamente 5 anos — tenha

VDT. chegado a 7 mil em todo o Brasil (5 mil

Já, para o acesso público, foi desen­ só em São Paulo). Falta, como para to­

volvido um terminal especial, carinho­ das as iniciativas que envolvam tec­

samente denominado de ''orelhão”. Tra­ nologia de ponta, definir, como, para

ta-se de um terminal de consulta, cons­ que e onde utilizá-los com mais provei­

tituído por um corpo de fibra de vidro, to. Nesse sentido, a mais recente estra­

próprio para am bientes externos, do­ tégia da Telesp é a de direcionar as in­

tado de teclado, monitor colorido e mo­ formações para público específico.

dem embutido, com discagem por tecla­ Entre os diversos caminhos que a

do. A tualm ente eles são responsáveis ampliação do número de assinantes pre­

pela maior parte dos acessos aos servi­ vê, dois fatores importantíssimos de­

ços de lazer—jogos, horóscopo e progra­ vem ser considerados, referentes aos es­

mação cultural — a ponto de serem con­ forços da Telesp: a inexistência de pa­

siderados, num a rápida brincadeira, drões unificados de comunicação e o tipo

"fliperama de pobres”, pelo consultor da de informação prestado pelos fornece­
Modernos terminais

já fabricados pelo Brasil Telesp, Luiz Carlos Moraes Rego. dores.

Ao todo, são 90 empresas encarrega­

Acertando o passo das de alimentar as 50 mil telas disponí­

veis nos dois computadores Honeywell

' para o trabalho dos fornecedores de in­ Fato é que o VDT brasileiro ainda Bull da Central VDT. As informações

formações. Enfim, mostrando que é pre­ está em fase de adaptação à nossa socie­ vão desde noticiários nacionais e inter­

ciso entrar no vermelho para se sair dade, embora o número de assinantes nacionais, informações das bolsas, ser-

dele, arriscando grandes inovações.

Aos poucos, o VDT foi se mostrando

mais adequado à divulgação de infor­

mações profissionais, especial m ente

àquelas que precisam ser alterad as

durante todo o correr do dia, como os

pregões da bolsa, por exemplo. Este per­

fil veio confirmar a previsão de que o

serviço VDT encontraria mais adeptos

nas aplicações institucionais, do que

1 nas residenciais. Na realidade, as em­

presas vislum braram no videotexto

uma solução altern ativ a para estru ­

turar, a baixos custos, seus problemas

administrativos. A Telesp passou, en­

tão, a lançar mão de artifícios objeti­

vando assegurar este segmento. Foi o

caso da instalação de 200 terminais dis­

tribuídos pelas lojas do Grupo Pão de

Açúcar, por todo o País, para uso no con­

trole de estoques. Ou mesmo da criação

dos chamados serviços especiais, que in­

clui os serviços fechados, acessados

( através de senhas. Era a telem ática

que, de uma forma ou de outra, estava

em marcha. Uma das primeiras aplicações foi para compras em grandes magazines.

Hardware

viços bancários, ofertas de lojas e super­

Procurando adequar o VDT sempre mercados, até dados dos serviços fecha­

às mais diversas aplicações, a Teslep, dos, como saldo e reserva de passagens.

sob pena de ter sua atitude rotulada

como "soluções suicidas para não decre­ Acessos

tar a falência do sistema”, procurou in­

centivar também o uso de term inais re­ Comenta-se que o número de consul­

sidenciais e públicos. tas realizadas por mês é baixo, em rela­

A prim eira preocupação quanto a ção a outros países. Ari Nisenbaum de­

utilização residencial foi a criação do fende o VDT da Telesp, argumentando:

serviço de Videom ensagem . Depois, "Na França (país onde o VDT é tido

verificou grande interesse das pessoas como exemplo de sucesso) são 1,5 mi­

que possuíam micros pessoais ou das lhões de assinantes responsáveis por

empresas com com putadores, em li­ uma média de 1 acesso em 3 dias. Então

garem seus equipamentos a rede VDT. por que questionar 1 chamada a cada 2

A Telesp, então, passou a motivar às in­ dias dos nossos 7 mil assinantes?”

dústrias nacionais a fabricar modems Também é comentado que a média de

de baixo custo (1200/75) e desenvolver acesso brasileiro não aumenta desde ja­

software para possibilitar os acessos. neiro de 85, enquanto o número de assi­

Atualmente, cerca de 20% dos assinan­ nantes cresceu bastante. "Se esquece —

tes são donos de micros e encontram-se à O CP 500 foi o primeiro na interligação dos diz Ari — que só em início de 85 o VDT

disposição na empresa bits para capaci- micros à Central Videotexto. começou a ser comercializado”. Isto sig- +