Page 46 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986
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V ideotexto
S e g r e d o é c o m o u s a r
Reportagem: Cristina De Luca
O videotexto tem conotações dis serviço já alargava fronteiras, centrali mídia eletrónica propiciada pelo VI)t|
tintas quando se trata da França, zando em São Paulo o banco de dados onde a publicidade asseguraria o re
da Inglaterra ou dos Estados Uni com informações, servindo aos assinan torno dos investimentos feitos pelos for
necedores.
tes de Belo Horizonte, Porto Alegre e
dos. Ele é próprio de cada país. Já Salvador. Este pensamento foi colocado agua
é tempo de conhecer a realidade abaixo pela concorrência direta que so
do videotexto brasileiro, lançado Marketing freu o VDT dos outros meios de comuni
comercialmente, em 84. cação de massa: rádio. TV e jornal A
Divulgada por ocasião da III Feira exemplo do fracasso das empresas
americanas "Times Mirror" e "Kmght
D écada de 70. Na Inglaterra, o enge Internacional de Informática (agosto de Ridder”, as iniciativas nacionais no
1983), a pesquisa realizada durante a
nheiro Sam Fedida idealizou o vi
instalação do videotexto no Brasil pre
deotexto com o objetivo de aumentar o mesmo sentido foram morrendo, aiem
uso da telefonia no horário de baixo via que, se a flexibilidade do sistema
pico. Em 1979, a idéia capaz de oferecer fosse convenientemente explorada, o
ao assinante a possibilidade de, através usuário estaria diante de um veículo po
da linha telefónica trocar informações deroso, versátil e de boa aceitação. "De
com um computador e receber dados por uma forma ou de outra, podemos dizer
intermédio de um televisor, ganhava que o VDT da Telesp confirma a expec
simpatizantes em países como a França, tativa que dele tínhamos" — declarou
os Estados Unidos e o Brasil. recentemente o diretor do D eparta
Em 1981, o Minicom autorizou a mento de VDT, Ari Nisenbaum. Até
Telesp a operar e implantar um projeto chegar a esse ponto, no entanto, muita
piloto baseado na tecnologia francesa água passaria debaixo dessa ponte da
(Antíope), da Matra. Durante a fase ex comunicação.
perimental, foram desenvolvidas pes Como conta Nisenbaum, a estratégia
quisas visando identificar atitudes, há inicial da implantação do videotexto
bitos e preferências do Brasil como con brasileiro seguiria as pegadas do sis
sumidor de informações e serviços vei tema americano: a Telesp se propunha a
culados pelo novo meio. Oficialmente, o entrar com os meios técnicos, deixando
videotexto da Telesp, inaugurado em para a iniciativa privada a produção de
1982, tem passado por algumas modifi informações. A idéia estava calcada
cações. Para começar, foram seleciona num serviço de massa arquivado em
das empresas nacionais para fabricação enorme banco de dados "recheado com
dos terminais e modems. No início da um pouquinho de tudo, para todos”.
sua comercialização (final de 1984) o Para complementá-lo, seria utilizado a
Recentemente foram usados para registra
do denúncias a Sunab.
de outros motivos, pelos simples fato de
que a mídia de massa se encontra atn-
lada a um alto número de terminais So
no final deste ano a Telesp espera alcan
çar a marca dos 10 mil terminais in~
talados.
Numa fase seguinte, a operadora do
sistema Telebrás acordou para a filoso
fia de utilização do videotexto r3
França. *'A estatal francesa de teleco
municações se serviu do VDT par*
acelerar o contato do cidadão comum
com a teleinformática, e arcou cor. a
maior parte das despesas para a impí* r~
taçáo do sistema, visando incentivar o
crescimento de sediar a cultura de co
municação de dados no Pais ' — com; e-
ta Nisenbaum.
Desta forma, a Telesp optou por fa
cilitar a aquisição de equipament- - p :
Quando foi lançado, o VDT pretendia ser uma mídia mais velo/.. Na Sucesu 83. os
equipamentos para demonstração ainda eram da Matra. parte dos usuários c- criar estimul*.-
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