Page 30 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1985
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Ao defender as vantagens do modelo
ISO, o executivo da IBM disse que, atra
vés de um grande esforço de cooperação
internacional iniciado em 77, os primei
ros resultados foram alcançados pelo
ISO apenas em 83. Os modelos ISO e
CCITT já se integram, porém, nos diver
sos níveis das séries X.200 e incluem as
recomendações para RDSI (1.311,411,
431), etc.
Segundo o conferencista, a padroni
zação deve ser orientada para o esta
belecimento da interconexão entre sis
temas e deve enfatizar a função ao invés
de sua implementação, além de não ser
rígida demais, a fim de não limitar a
inovação e resistir por mais tempo às
mudanças da tecnologia. !???'
— Numa rodada rápida entre os paí
ses desenvolvidos observa-se que a ten
dência para se alcançar a Rede Digital
de Serviços Integrados parece algo uni
versal. Nos Estados Unidos estão sendo
implantadas Redes Digitais Integradas
RDI; na Europa existem diversos pla
nos-pilotos RDSI e RDI; e finalmente o
Japão espera alcançar a RDI — lá cha
ma-se INS — ao alvorecer do ano 2000. à
exceção dos serviços comutados de faixa
A mensagem final de Murray Berk:
— O mundo não pode progredir sem
um conjunto de padrões a nível interna
cional, o que beneficiará usuários, fabri
Previsão 1985 — 1995 de uma Rede D igital de Serviços Integrados, padrão SNA.. cantes e provedores de serviços, e todos
devem contribuir ativamente para o es
tabelecimento de padrões nesta área.
O recado não podia ter sido mais cla
(telecomunicações), a ISO (padrões de mento de facilidades e fluxo internacio ro: tecnologia de computação e teleco
TCs, no Grupo 97), o IEC (eletrotéc nal da informação, qual deve ser a es municações rapidamente convergem e
nica), além do GATT (tarifas), OECD trutura tarifária dos serviços, que limi sem padrões internacionais comuns.
(desen volvim en to econôm ico) e a tes nacionais existem porte de capital Ambos segmentos terão dificuldades
UNCTAD. estrangeiro e naturalmente quais os pa para alcançar o estágio de coexistência
— A nível mundial, ocorre continua drões tecnológicos a serem adotados lo com máximo benefício para todos. A la
da revisão de objetivos nacionais e é ne calmente. mentar que o auditório não estivesse
cessário levar em conta a existência de — Estamos diante de um panorama mais concorrido. (JCF). t
uma clivagem entre os países desenvol diversificado. A liberalização das comu
vidos e em desenvolvimento — disse nicações começou nos Estados Unidos
Murray Berk, observando: no final da década de 60 e no Japão em
— Assim, por exemplo, no terreno 85, mas permanece livre a escolha dos
político da legislação, discute-se até modelos pelas nações de acordo com
onde deve ir-se extender o monopólio suas necessidades.
das telecomunicações, quem pode forne
cer serviços, que tipos devem ser aceitos Padronizar é importante
para aluguel, revenda, compartilha-
A parte final da palestra de Murray
Berk foi dedicada ao modelo OSI (Open
System Interconnection), da ISO, que
"já é inclusive oficial no Brasil” comen
tou. Mostrou que este modelo, elaborado
sobre uma arquitetura em 7 níveis (vide
Revista Telebrasil M/J 84, pg. 28), se
destina a servir de ponte entre sistemas,
chamado a atenção que os protocolos são
definidos dentro de cada nível (intraní-
vel), mas não entre os diversos níveis
(intemível).
Citou também os 7 níveis do modelo
OSI: físico (séries X e V do CCITT); enla-
ce (HDLC); rede (X.25); transporte; ses
são; apresentação (fax, texto, formatos,
dados); aplicação (lotes, entrada de da ... e sua interligação com redes nâo-SNA.
Murray Berk, conferencista da IBM. dos, processamento da palavra).