Page 6 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
P. 6
Conjuntura
T e l e b r á s v a i i n v e s t i r
C r $ 5 , 6 t r i l h õ e s a t é 8 7
vários setores: financeiros, industriais,
agrícola, comerciais, cultural e de ser
viços.
As respostas apresentadas revelam
plena consciência dos entrevistados no
que toca à importância das telecomuni
cações em sua atividade (Ver Box). Por
outro lado — isto mostra o valor da con
sulta ao usuário — revelam cuidado em
investir apenas e, quando necessário,
em serviços que contribuirão efetiva
mente para o aumento da eficiência do
empreendimento. Esta postura, na
turalmente, é mais realista que a do téc
nico, que vê, muitas vezes, como fim, o
progresso tecnológico.
Redução de investimentos
A redução dos investimentos em
1983 deveu-se ao fato, segundo Corrêa
de Mattos, de o País estar atravessando
uma grave crise, sendo forçado a adotar
um conjunto de medidas que, afetando,
indistintamente, todas as áreas de ati
vidades, deixou inevitáveis sequelas no
setor de cômunicações. Com os investi
mentos contidos — frisou o ministro —
l*ur i Huntlfl» ( orn*«i de Matlu*. o monopolio e«tatid tem-**** nio**tnido capa/ reduziu-se o número de terminais tele
de conciliar ne*'cssidndos trequentenientc divergente*' fónicos contratados, muito aquém do de
sejável para manter adequadas taxas de
expansão.
Haroldo lembrou que o Sistema Tele
setor de telecomunicações inves
terística deste último quarto de século”.
brás sobrevive virtualmente ás custas
0 de cruzeiros no quadriénio 84/87, ministro — associadas à mídia eletrô das receitas de exploração dos serviços,
tirá cerca de 5 trilhões e 6 bilhões
— As comunicações — continuou o
que sem qualquer subvenção da União
segundo revelou o Ministro Haroldo financiam os investimentos, cobrem os
nica, constituindo o sistema nervoso de
Corrêa de Mattos em palestra na Escola toda n çáo moderna, adquirem funda custos operacionais, remuneram o capi
Superior de Guerra (ESG), acrescen mentai relevância neste processo. Cor tal e ainda pagam dividendos aos acio
tando que, no mesmo período, serão roborando nossas afirmações, vêm os nistas, conforme determina a lei.
colocados em serviço mais de 1 milháo e países membros da OCDE — Organiza — O monopólio estatal — frisou o mi
800 mil terminais. ção para Cooperação e Desenvolvi nistro — tem-se mostrado capaz de con
Na ocasiáo, o Ministro das Comuni mento Econômico — planejando inves ciliar necessidades frequentemente di
cações fez ampla esplanação do atual es timentos para os próximos dez anos, em vergentes. Buscando a padronização
tágio de desenvolvimento das TCs no desenvolvimento e instalação de novos técnica e gerencial, indispensáveis a es
Brasil, apontou as realizações de sua sistemas avançados de comunicações, se tipo de atividade, conseguiu-se im
gestáo à frente do Ministério, a partir de com um custo de cerca de 800 bilhões de plantar um sistema moderno, eficiente
1979, e apresentou algumas perspecti dólares. e diversificado a nível de serviços, sem
vas para o ano 2000, baseado num es Segundo o Ministro, a Telebrás criou entretanto perder de vista as solicita
tudo de avaliação por um grupo de tra um grupo de estudos prospectivos desti ções regionais bastante diferenciadas
balho da Telebrás. nado a avaliar as TCs brasileiras até o O objetivo maior, segundo Corrêa de
ano 2000. Usou-se na avaliação das ex Mattos, é implantar serviços de teleco
Sociedade da Informação pectativas o denominado método Del municações propiciadores de desenvol
phi, que utiliza entrevistas conduzidas vimento homogêneo dos diversos seg
Para Corrêa de Mattos "a inexorável por especialistas no assunto, com obje mentos da sociedade. ”E isso tem sido
transformação da sociedade industrial tivo de colher opiniões de usuários. incontestavelmente atingido” — enfa
para a da informação é a marca carac Foram entrevistadas pessoas ligadas a tizou.