Page 39 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1983
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A pressurizaçào da rede telefônica, con
siderada fator fundamental para o fim do
problema dos telefones interrompidos em
conseqüência das chuvas, foi totalmente con
cluída até dezembro de 1979. Paralelamen
te à pressurizaçào, a empresa concentrou
seus esforços na substituição de cabos anti
gos — responsáveis pelo grande índice de de
feitos —, na arrumação de 540 caixas sub
terrâneas e na eliminação de cerca de 9 mil
emendas provisórias em cabos subterrâneos.
Todas essas medidas tiveram por objetivo
tornar a pressurizaçào realmente efetiva e
garantir a qualidade do serviço telefônico do
Rio.
Com a colocação em prática da meta res
peito ao assinante, a Telerj intensificou a ins
talação de telefones e, já em outubro de 1979,
24 mil carnes do plano de expansão tinham
sido atendidos.
Um ano depois, em abril de 1980, o qua
0 funcionamento dos contadores de pulsos atrai o interesse dos assinantes. dro já era outro e a Telerj conseguiu obter o
maior índice de produtividade da empresa
deram iniciar os reparos na quarta-feira cie em situação crítica: apenas 150 estavam dentro do Sistema Telebrás.
Cinzas, depois da remoção de 30 mil metros pressurizados e os demais 62 não tinham
cúbicos de água e 100 mil metros cúbicos de qualquer proteção contra a umidade. Melhor serviço
entulho. Em edital publicado nos jornais, a Em meio a esse panorama, a atual dire
Telerj assumiu o compromisso de normali toria da Telerj tomou posse, reconheceu pu Dentro da meta assinante respeitado,
zar a situação antes do prazo previsto de 60 blicamente os erros cometidos pela empre uma das primeiras medidas adotadas pela
dias. A meta foi cumprida, os aparelhos vol sa e prometeu sanear o serviço telefônico, pe atual diretoria foi a criação da Divisão de Re
taram a funcionar, mas os serviços telefôni dindo um crédito de confiança aos assinan lações com a Comunidade, com o objetivo de
cos continuavam críticos em toda a cidade. tes, aos empregados e ao público em geral. suprir uma lacuna no diálogo entre a erppre-
Em abril de 1979, havia 14 mil telefones sa e o público, que não tinha a*quem recor
mudos, dos quais 2 mil há mais de 15 dias. Unia nova imagem rer depois de vencidas as primeiras instân
Os equipamentos de assinante e estação não cias (atendimento de serviços ou consertos).
eram nunca recuperados em prazo inferior A colocação em prática de um plano de As mudanças de endereço, pedidos de
a cinco dias. Cerca de 57 mil carnes do pla emergência para a recuperação dos telefones extensão, troca de aparelhos, informações
no de expansão, já quitados, estavam em interrompidos estabeleceu como metas, nos sobre planos de expansão, esclarecimentos
atraso, muitos desde 1973. Nos meios de co casos de defeito de cabo, os seguintes prazos sobre contas e pedidos de reparo passaram
municação; a opinião pública se manifesta èm 1979: até 30 de junho, não haveria tele a ser obtidos rapidamente, pelo telefone,
va contra a Telerj, não só através de assinan fones interrompidos por um período superior dentro da nova filosofia adotada pela Telerj:
tes e usuários, mas também em editoriais e a 30 dias; até 30 de agosto, os telefones se os Centros de Operações, que reúnem, em
reportagens, com críticas cada vez mais se riam recuperados dentro do prazo máximo um só local, os setores de estatística, estu
veras contra a ineficiência da empresa. Na de 30 dias, a maioria dos quais em apenas dos de rede, programação, triagem, despa
Assembléia Legislativa, uma Comissão Par 15 dias; até 30 de setembro, não haveria in cho, exame de linha e facilidade, capazes de
lamentar de Inquérito chegou a ser instau terrupção por mais de oito dias; e a partir de analisar as condições para a prestação de um
rada para apurar as irregularidades do sen 18 de outubro, este prazo seria diminuído pa serviço mais eficiente e rápido. Como apoio
viço telefônico no Rio de Janeiro. ra um máximo de sete dias. Todas essas me aos Centros de Operações, os Centros de
Dentro da empresa a situação também tas foram alcançadas em menos de seis me Manutenção da Rede também colaboram
era difícil. A desmotivação geral dos empre ses. para maior velocidade no atendimento aos
gados se refletia na qualidade do serviço. A Os defeitos em equipamentos de assinan pedidos de serviços e reclamações de con.-
rede era o melhor exemplo da crise da Te tes ou de estação passaram a ser recupera sertos.
lerj: dos 580 cabos de assinantes, só 48 es ção em 24 horas, a partir do momento da re A implantação do serviço de auxílio às
tavam pressurizados; 190 tinham pressuri- clamação. O reparo de linhas privadas tam listas — 102/121 — totalmente operado por
zaçáo parcial; e os restantes 292 cabos esta bém foi incluído no programa de emergên computador, em substituição ao rotativo/ma-
vam inteiramente sujeitos à infiltração das cia, o que permitiu reduzir de 15 dias para nual, foi outro passo decisivo para a concre
chuvas. Os cabos-troncos também estavam 72 horas o tempo médio de conserto. tização do objetivo assinante respeitado. O sis
tema fornece, em poucos segiindos, informa
ções sobre telefones da Telerj e Cetel pelo có
digo 102, para os usuários da capital, e 121,
para as localidades do interior servidas pe
lo sistema DDD.
A redução dos altos índices de PAB (per
da no assinante B) também vem merecendo
atenção especial da Telerj, que objetiva com
isso melhorar a qualidade da telefonia, pois
além da evasão de renda para a empresa ope
radora, esses altos índices provocam o des
contentamento do assinante que não conse
gue completar suas chamadas. Em feverei
ro de 1981, o indicador PAB estava na ordem
de 50 por cento, o que significava que meta
Os orelhões de das chamadas destinadas à rede da Telerj
comunitários eram perdidas. Com a aplicação de métodos
atendem as eficientes, a empresa conseguiu reduzir a ta
populações xa do PAB para 42,1 por cento em julho des
carentes do te ano. A meta estipulada para dezembro
Rio de Janeiro. próximo é de 41,6 por cento.