Page 121 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1982
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A Lógica
O foguete é estruturado em torno de 4 subsistemas deno
minados: seqüencial, navegação e pilotagem; localização e
destruição; e telemediçáo. O artefato possui um interface
central, que é interligado a um módulo de cálculo, a uma
central inercial a uma central de comando, ao equipamento
de segurança e a um bloco de pilotagem. Todas estas unida
des encontram-se localizadas na coifa do foguete, junta
mente com uma unidade central de operação PCM para
telemediçáo.
Os módulos ligados à central de comando são os seguin
tes: na coifa — um desconectador pirotécnico, para a separa
ção da coifa e carga útil; no 3.° estágio — um desconectador HM-7; no 2.' estágio — a unidade giro, os aceleròmetros, e o
piro, a propulsão do 3.” estágio (motor HM-7), e os foguetes amplificador de comando dos atuadores do VTcking-4.
de aceleração; no 2.” estágio — um desconectador piro, a Os módulos ligados ao equipam ento de segurança
unidade de separação entre 2." e 3.“ estágios e os foguetes de compreendem: os receptores de coifa e os módulos de des
desaceleração, além de outro desconectador piro, a unidade truição, um em cada estágio.
de propulsão do 2.” estágio e os foguetes de desaceleração; no A telemediçáo compreende um transmissor localizado
1.” estágio — um desconectador piro, a unidade de separa na coifa do míssil, ligado a uma unidade central PCM. Cada
ção l.”/2.” estágios e os foguetes de desaceleração, além da estágio possui unidades de aquisição ligadas à unidade cen
propulsão do 1.“ estágio (motor Vicking-5). tral, além de unidades FM autônomas localizadas na coifa e
Os módulos ligados ao bloco de pilotagem compreendem: nos l.°e3.” estágios. Um sistema suplementar de aquisição
na coifa — a unidade giro e o amplificador de comando dos dos 1.” e 2.‘ estágios vai ligados a uma unidade PCM inde
< atuadores do motor HM-7; no 3." estágio — os atuadores do pendente, localizada no 2.' estágio do foguete.
As Missões do Ariane
O foguete Ariane foi desenvolvido visando a suportar 4 mis uma carga útil de 2.500 kg, com uma inclinação de 98.70\ pro
sões distintas que apresentamos a seguir, com desempenhos vendo a uma órbita circular superior a 800 km
aproximados, para fins didáticos:
a) Injeção de 1.700 kg em órbita de transferência geoesta- d) Propiciar uma energia de escape superior a 18,5 km- s;,
cionária típica, com perigeu de 200 km e apogeu de 36.000 km, para lançar uma carga útil de 400 kg em missão planetária de
a uma inclinação de 10.5 em relação do Equador. Isto deve per trajetória hiperbólica, com perigeu de 250 km e inclinação de
mitir o uso de satélites com cerca de 970 kg, dependendo da 5,23”.
massa do motor de apogeu utilizado. A base de Kourou permite lançar objetos entre os azimutes
b) Injeção em órbita de baixa altitude de uma carga útil de de -12*e +93,5” em relação ao Norte. O Ariane possuium con
2.500 kg em órbita elíptica típica, de 300 km de perigeu e incli trole de altitude no 3.” estágio, que permite colocar o satélite
nação de 5.23” e um apogeu superior a 10 mil km. na altitude solicitada, bem como em rotação lenta, se for o
caso. Para rotações mais rápidas, um dispositivo adiciona!
c) Facultar a colocação em órbita circular heliocêntrica de deve ser montado na carga útil.
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Carga útil A ltitude do perigeu (km)
^.tkg)
4000
3000
2000
1700
1000
A ltitude do apogeu (km!
i o