Page 125 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1982
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maiores o objeto descreve uma elipse com perigeu de 300 km e dá-se um acréscimo de velocidade para passar de órbita cir
apogeu que vai aumentando de acordo com o impulso inicial cular para uma elíptica, com apogeu tangenciado a nova ór
até a trajetória se tornar uma parábola (o objeto deixa a Ter bita desejada. Subseqüentemente dá-se um novo impulso hori
ra). Isto ocorre quando o impulso dado gerar a velocidade para zontal, quando atingido o apogeu da elipse, injetando o objeto
bólica de escape (que é /2"vezes maior do que a velocidade cir na nova órbita circular.
cular).
Ocorrendo a resistência da atmosfera (atrito), o que se pro Um conjunto de fórmulas permite determinar os semi-eixos da
cura é elevar o objeto e uma altura em que seu efeito não se elipse, em função das Velocidades no apogeu e no pengeu:
v’ R
faça sentir e injetá-lo horizontalmente em órbita para elimi (semi-eixo maior) a = --------2------—
nar a componente tangencial de gravidade. 2 (v,2 - Vj2)
A solução para o caso real é um compromisso que procura
conciliar duas situações extremas: uma ascensão vertical que (semi-eixo menor) b = a /l-e 2
vence rapidamente as camadas mais densas, mas age contra o
máximo de componente de gravidade e um lançamento hori em que:
zontal que elimina esta componente, mas dá o máximo de re e — excentricidade da trajetória
sistência atmosférica. vo — velocidade circular rasante (7,914 km/s)
A transferência entre duas órbitas circulares pode ser feita v, — velocidade circular no perigeu
pelo método da transferência tangencial de Hohmnan, na qual V, — velocidade no perigeu
se inscreve uma elipse de concordância. Num primeiro passo R — raio da superfície terrestre (6.400 km)