Page 11 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1982

Dario Alfredo Pinheiro

TB — De que maneira o meio ambiente

paraense atua sobre a Telepará?

Telepará — O Brasil Norte tem suas

características, faz exigências que o

volume de investimentos não é capaz de

atender. Aqui estão ocorrendo grandes

projetos do Governo como Jari, o com­

plexo Alunorte-Albrás no município de

Barcarena, a usina de Tucuruí, Carajás,

Porto Trombetas de onde vem a bauxita,

além dos grandes aglomerados que sur­

gem ao Sul — Tucumã, no Xingu, e

Campo Alegre, a grande criação da

Volkswagem no município de Conceição

do Araguaia, um frigorífico com capaci­

dade para abater 1.000 rezes/dia. So­

mente estes cinco grandes projetos

seriam determinantes positivas para di­

zer que somos incapazes, financeira­

mente, de responder a contento. Esta

consciência existe a nível da Telepará e

também da Telebrás, tanto que espe­

culamos fazer gestões junto aos Minis­

térios que regem estes projetos para que

eles aloquem, na parte de investimen­

tos, rubricas de telecomunicações que

transferidas para nós seriam utilizadas

para as aquisições que não podemos; ou

então partirmos para a Sudam e com re­

cursos do Finame conseguir o repasse do

dinheiro de que não dispomos. Sinteti­

zando: temos conhecimento do que seria

necessário, mas este quantum estamos

longe de alcançar. Estes projetos pres­

sionam e, avaliando o conjunto, monta­

mos um elenco de prioridades: se a

verba for X, podemos fazer 10 projetos;

se for Y, faremos 30.

TB — Estes projetos fícam a grandes

d istân cias da sed e. Como seriam

servidos?

Telepará — No Sul do Pará temos lu­

gares como Altamira que, por causa da

floresta, só tornaram-se acessíveis via

satélite. Um sistema de repetidoras é

impraticável em lugares como garimpos >

O pirarucu é um peixe típico da

Região Amazônica e sua carne lembra o

gosto do bacalhau.

Telebrasil, N o vem bro/D ezem bro 82