Page 65 - Telebrasil - Março/Abril 1982
P. 65
prime um relatório de todas as interferências que ultrapassam
um nível pré-definido.
A seguir, os módulos serão descritos mais detalhadamente.
M ó d u lo de Entrada de D ados Referentes aos Lances N o vo s
Inicialmente, as características dos lances novos que interes
sam ao cálculo são requisitadas pela calculadora (através do
display) ao operador, que as fornece através do teclado. Entre
os dados fornecidos estão a faixa de freqüência, a polarização e
o número de canais telefônicos dos lances e as coordenadas, as
potências de transmissão, as perdas nos guias e nos circuitos
de derivação, os planos de frequências e os tipos de antenas
das estações que formam o lance. Os planos de frequências
aceitáveis pelo sistema estão mostrados na figura 2. Ó opera
dor deve, ainda, fornecer ao sistema o valor da distância de
coordenação (tipicamente, igual a 150 km), que indica a dis
tância entre duas estações acima da qual a possibilidade de in
terferência entre as mesmas pode ser desprezada.
A partir das coordenadas, são calculados os azimutes e os
comprimentos dos lances. O programa calcula, ainda, o có
digo de área referente a cada lance. Este parâmetro permite
determinar mais rapidamente, embora de maneira mais con
servadora que aquela que utiliza a distância de coordenação,
se a distância entre dois lances é suficientemente grande para
eliminar a possibilidade de interferências entre os mesmos. O
código de área é calculado, a partir das coordenadas das esta
ções (<(>„ , X„) e (cJ)(J, \p), através de um procedimento do se
guinte tipo:
(a) obtém-se *t>m = (<!>« + 4>bV2 e\ m = (Xa + \p)/2;
(b) obtém-se = INT(<J>m/2) e = INT(\m/2);
(c) finalmente, o código de área associado ao lance é definido
pela expressão 100(<t>ró + 1) + (X^ + 1).
Este processo divide o Brasil em "quadrados" de 2 graus de
lado (aproximadamente 222km), conforme mostra a figura 3.
Assim, garante-se que somente os lances já existentes cujos
pontos médios estiverem nos interiores das áreas com, pelo
Figura 1 — Fluxograma geral do sistema para cálculo de interferência entre siste
mas terrestres.
1 3 5 7 v y5' 7* HIV)
fita cassete e só residem na memória durante o tempo neces r.i n ri r»i r ,i
L J L J 1 .'J lT LJ LJ LJ
sário para a realização de suas operações. 2 4 6 8 2' 4' 6' 8' VÍH)
O fluxograma geral do sistema de cálculo de interferências 1 3 5 7 r y5' T HiV)
n r-n
está mostrado na figura 1. As diversas operações e arquivos se ___________ ___E2_ _______ r.i ____________
relacionam da seguinte forma:
L J L J VJ m üj c j c r
2 4 6 8 2' 4' 6' 8' V(H)
(Ml) o operador, inicialmente, fornece os dados referentes aos
1
5'
7
7'
lances novos à calculadora, que, em seguida, organiza uma r-i 3 5 n V 3' r*i r~. HIV)
lista de códigos de área de lances antigos. Estes códigos de r~\ r p r-i r ?
LJ l'j CJ C J C J " lTJ L!J
área são tais que se garante que apenas os lances antigos cujos 2 4 6 8 2' 4’ 6' 8' V(H)
códigos se encontram na lista podem interferir com os lances
1 3 5 7 V 3' 5' 7’ HIV)
novos; \ n n r -í
J jj___C ¦ ii ~rn 1 1 1 JjI
(M2) o sistema, então, seleciona, no arquivo de lances já exis
CJ L J CJ CJ CJ CJ CJ TC
tentes, aqueles que têm os códigos de área obtidos no módulo 2 4 6 8 2' 4' 6' 8' V(H)
anterior;
(M3) de posse dos dados referentes aos lances novos e aos lan
ces antigos selecionados, o sistema calcula as interferências
existentes entre todas as combinações possíveis de lances, su
pondo a existência de espaço livre -em todas as ligações e im Figura 2 — Planos de frequências aceitáveis pelo sistema.