Page 7 - Telebrasil - Maio/Junho 1982
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TLB - De telecom u nicações?...
D F - Sim . E diría, talvez, até que a m aio
ria delas não seria tanto de telecom uncia-
T E L E I N F O R M Á T I C A ções, mas de serviços que são prestados,
que podem ser prestados utilizando-se a
planta básica já instalada de telefon es.
É A C H A V E D O F U T U R O Usando o próprio telefone.
TLB - O setor tem um investim ento feito.
Então, a im aginação, e a criatividade do
O futuro é o saber e o conhecimento. E o nosso setor serão para o ferecer aos u su ários
negócio vai ser o conhecimento. Nâo vamos ser mais uma gama de serviços tais que os m oti
vem a utilizar m ais a planta instalada?
prestadores de serviço telefônico.
DF - Exatam ente! O que buscam os atra
vés de investim entos adicionais, de in
Telebrasil - Em sua cu rta v id a, a T eleb rá s, T L B - E qu an to à qualidade dos serviços? vestim entos m arginais é prestar serviços
já teve várias .fases d istin tas? que atendam às m ais variadas cam adas
D F - Na p rim eira m etad e d os an os 70 da população.
Del Fiol - Sim . M esm o n e sse s d ez an o s surgiu a consciência de que as facilidades
devida. A p rim eira d elas p o d e ser carac de equ ip am en tos colocados em operação
T L B - M esm o p ara o s d e te n to re s de
terizada pela ên fa se d ad a à ex p a n sã o de existiam para algum a coisa, além de sim
terminais?
serviços. E era p e rfe ita m e n te n atu ral qu e p lesm en te ter um a função técnica. E esse
isso aco n tecesse, p o rq u e q u a n d o o S is algo novo foi a prim eira conscientização
DF - Sim . Sair do esquem a puro e sim
tema com eçou a se o rg a n iz a r a d em an d a de serviços. N asceu um a nova m entali
ples de p rover um term inal telefôn ico
era m uito m al a te n d id a . N ó s tín h a m o s dade d en tro do Sistem a, segundo a qual
para o de dar acesso ao serviço telefô
uma densidade telefô n ica m u ito baixa no d e v e r ía m o s p re sta r s e rv iç o s s a tis fa
nico. A idéia de que atender à dem anda é
país, m esm o se co m p a ra d a a p a íse s da tórios, do ponto-de-vista dos usuários,
prover um term inal telefônico é m uito li
América Latina. E a p alav ra d e o rd em a s aos m enores preços possíveis e com nos
m itada. A tender à dem anda é perm itir
sim que se form aram as em p resa s o p era sa em p resa gerando lucro para reinvestir
ao usuário o acesso ao serviço telefônico
doras foi de im p lan tar term in ais telefô n i e aten d er aos acionistas. O bservou-se no
com o linha com p artilh ad a, lin h a m ul-
cos e, no caso d o telex , ex p a n d ir o sis n o s s o S is te m a u m a e v o lu ç ã o m u ito
ticom partilhada, telefone público, sem i-
tema que a E m b ratel h avia ad qu irid o da grande na qualidade de serviços. Passou a
p ú b lico , c o m u n itá rio , in s ta la ç ã o de
ECT. Entre os a n o s 70-75 p ra tica m en te ser um a coisa norm al encarar-se a neces
CPCTs em conjuntos residenciais e ou
todas as e m p re sa s se la n ça ra m a fazer sidade de prestar serviços de boa quali
tras m ais. É prover solu ções que a ten
grandes p lan os d e ex p a n sã o e até algu dade com o objetivo m aior das em presas.
dam às necessidades dos usuános a pre
mas se arriscaram a fazer p lan o s além de
ços que o usuário pode pagar.
suas p o s s ib ilid a d e s . M a s h a v ia u m a T L B - Então a m elhoria dos serviços bási
palavra de o rd e m co m u m q u e era im cos de telefonia e telex existentes consti
plantar eq u ip am en to s. E ssa era a carac tui a segunda etapa? TLB - B em ... O lhando agora a rede com o
terística p rincip al da p rim eira fase. Elas um todo, existe um a form a didática de
eram caracterizad as co m o em p resa s de D F - Sim . Isso é a segunda etapa. categorizá-la, que é m ais ou m enos da
engenheiros. form a geral: nó, enlace e term inal. Em
que parte essas transform ações vão se fa
T L B - C om p aran d o com outros países zer m ais notáveis?
m ais desenvolvidos, qual o nível de qua
lidade que chegam os atualm ente?
D F - N o term inal, pois já é filosofia nossa
deixar o term inal livre, desde que o dis
D F — Um nível razóavel, que é o estágio
positivo sejaTiom ologado. Há um a liber
de ouvir o usuário, saber o que o usuário
dade m uito grande de fabricação, de co
q u er. V o cê vai p erg u n tar: A té ond e a
m ercialização e de aquisição pelo usuá
g en te deve chegar? Há um a solução de
rio. Tanto que hoje os assiriantes já po
com p rom isso en tre custo operacional e
dem com prar, no caso específico do tele
qualidade de serviços. Este é um assunto
fone, o que quiserem em lojas, nas n os
ao qual nós estam os dando ênfase aqui
sas em presas operadoras...
na T elebrás, de procurar exatam ente re
lacion ar, para cada nível percentual de
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t O telefone é m uito im portante. A liás, es
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m elhoria em qualidade de serviços, qual
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se é o conceito fundam ental de se consi
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o cu sto co rresp o n d en te. Para isto, nós
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l derar. Na fase de orientação para equipa
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tem os qu e d esen v o lv er um a contabili
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m en tos, as em p resas se p reocu p avam
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dade de custos orientada para o objetivo
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. em instalar terminais. N ós acham os que a
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de d esem p en h o operacional.
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d preocupação m aior, agora, tem que ser a
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colocação de telefon es ju n to aos u su á
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T L B - E o que, no seu entender, caracteri rios. Porque o ponto de venda é o tele
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za a fase atual? fone, não é o term inal.
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D F - A fase que está nascendo agora, e Um telefone de extensão pode ser consi
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q u e realm en te é su rp reen d en te, é que
D derado com o um pònto de venda. De uma
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n ossas em presas com eçam a tom ar cons m aneira geral, quanto m ais telefones nós
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ciência da enorm e variedade de necessi colocarm os à disposição do usuário, nós
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d a d e s q u e o s n o s s o s u s u á rio s a p re estam os facilitando o acesso ao serviço.
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sentam . Então, o que flui pelo nosso sistem a é o ^
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