Page 21 - Telebrasil - Maio/Junho 1982
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A  m tr   D E   E T H E V A L D














                                                                                               S I Q U E I R A



















           "RNT com p letou  três an os d e ex istên cia n o ú ltim o 17 d e m aio, Dia Internacional



          das T elecom u n icações.  Q u erem o ssera  voz liv re d o setor e d efen d er-lh e os eran-


           des in teresses.  Q u erem os ser resp eita d o s p ela  cred ib ilid ad e, p ela in depen dên ­


           cia e p ela  coragem  d e d iz er as m ais duras verdades, sem  escân dalo e sem  m á-fé


           Q uerem os d efen d er sem p re a em an cip ação in du strial,  tecnológica e política do
                                                                                                                                                                                                                                                                        TB —  O que é a  RNT?
           setor. Q u erem os ser n ão ap en as p orta-v oz d os q u e precisam  d efen d er causas jus-


           tas,  m as —  m ais  d o  q u e  isso  —  a p róp ria  voz d o setor,  em  afirm ação nacional.
                                                                                                                                                                                                                                                                        ES —  N ós som os uma revista política.

           N em p o n sso , R N T  p o d eria  ser x en ó fo b a .  C rem os q u e noticiar tudo, ouvir todos,
                                                                                                                                                                                                                                                                        Nós discutim os política d e telecom uni­

           debater, criticar e a p la u d ir são  in g red ien tes essen ciais ao Jorn alism o qu e d efen ­
                                                                                                                                                                                                                                                                        cações,  tarifária,  tecnológica,  d e inves­
            dem os. A v erd ad e nunca p o d erá  ser in im iga d o Brasil ou d e seu  povo. Nem mui-                                                                                                                                                                   timentos no setor e política industrial.

            to m en os d o  seto r."

                                                                                                                                                                                                                                                                        Temos que inform ar num nível acessí­


                                                                                                                                                                                                                                                                        vel tanto ao M inistro  das  C om unica­
            Esse é o retrato q u e E th ev ald o S iqu eira fa z  da revista qu e dirige e qu e fundou em
                                                                                                                                                                                                                                                                       ções com o à telefonista-chefe.  M ais do

            m aio d e 1979,  R e v ista   N a cio n a l  d e T eleco m u n ica çõ es  -  R N T ,  nesta  entrevista  à                                                                                                                                                 q u e  isso ,  RN T p r e te n d e   fa z e r  jo r ­


            T eleb ra sil.
                                                                                                                                                                                                                                                                       nalism o vivo, ágil, irreverente em  m ui­


                                                                                                                                                                                                                                                                        tos p on tos,  du ro  em   ou tros,  ab erto


                                                                                                                                                                                                                                                                       sem pre. N ão é apenas uma questão d e



           TB —   O   q u e  sig n ifica  a  ex p eriên cia   de                                                                            aberta dirigida ao Presidente da Repú­                                                                                     lin g u a g em .  Is s o   e x ig e  p r o fis s io ­


            três an os  d e  R N T ?                                                                                                        blica —  tudo qu e a m aioria dos leitores                                                                                 nalism o,  do repórter ao diagram ador,


                                                                                                                                            e d os hom en s d e telecom unicações tal­                                                                                 da idéia d e uma m atéria até o seu aca­


            ES —  Significa,  acim a  d e   tu do,  a  con ­                                                                                vez gostassem  d e dizer,  m as que o Mi­                                                                                  bam ento final,  na gráfica.


            solid ação  d e   um   p la n o   c o n c eb id o   ao                                                                          n istro  H aroldo  (su pom os)  n ão havia


            longo d e outra ex p eriên cia m u ito m ais                                                                                    dito até então. E fizem os m uitas críticas


            longa e  dura,  q u e foram   o s 15 an os d e                                                                                  à postura da  Telebrás e d e m uitas em ­                                                                                  TB  —   Q ue  projetos  têm  vocês,  agora,
                                                                                                                                                                                                                                                                       do ponto de vista  editorial?
            trabalho jorn alístico n o  jorn al O  E stad o                                                                                 presas prestadoras d e serviços,  diante


            de  S.  P au lo.  A revista p o d ería   ter n as­                                                                              d e  um  usuário in d efeso,  atem orizado
                                                                                                                                                                                                                                                                       ES — Um deles está sen do lançado: é o
            cid o  em   1974,  ju n ta m e n te   com   esta                                                                               p o r m ais d e 15 anos d e m onólogo. E te­
                                                                                                                                                                                                                                                                      A nuário  Brasileiro  de  T elecom u n ica­
            nova fa se da T elebrasil. M as fo i m elh or                                                                                   m os criticado os cortes —  draconianos
                                                                                                                                                                                                                                                                      ções e Telem ática, que será o m ais com ­

            esperar um  p o u c o  m ais, a té 1979, para                                                                                   e d esn ecessários —   d e investim entos                                                                                 p leto repositório d e dados e  inform a­


            que o clim a d e abertu ra p olítica fav ore­                                                                                   s e t o r ia is ,  im p o s t o s  p e la   S ep la n ,                                                                   çõ es sob re as  telecom u n icações  bra­


            cesse a lib erd a d e d e  im pren sa.  N ascer                                                                                 qu an d o o seto r d e  telecom u n icações                                                                               sileiras.  A  Telebrás está  deixan do  d e


            no m om en to em  q u e s e  revogava o  AI-5                                                                                   dem onstra elevada eficiência adm inis­                                                                                  publicar seu  anúario (Anuário N acio­


            era o ideal.                                                                                                                    trativa,  saú de económ ico-financeira  e                                                                                 nal d e Telecom unicações) e nós o subs­


                                                                                                                                           produ tividade crescente.
                                                                                                                                                                                                                                                                      tituiremos com   uma publicação tão in­


                                                                                                                                                                                                                                                                      d ep en d en te quanto RNT.  O A nuário


           TB —  R N T  d iz  tu d o  o q u e q u er e o qu e                                                                                                                                                                                                        não tem subsídio. Será produ zido com
                                                                                                                                           Entrevistas com o as d e Sérgio d e M aga­
           pensa?                                                                                                                                                                                                                                                    a cooperação da  Telebrás —  exclusiva­
                                                                                                                                          lh ã es (en tão p resid en te da  SESA,  em

                                                                                                                                                                                                                                                                     m ente n o  tocante ao forn ecim en to d e
                                                                                                                                          jan eiro  d e  1980),  ou a  d o ex-m inistro
           ES —   Isso   é   q u a se  um a  u topia.  D ize­                                                                                                                                                                                                        inform ações e dados oficiais d o setor—
                                                                                                                                           C orsetti,  três m eses depois,  ou a pala­

           m os  tu d o   q u e   p o d e m o s   d iz er,  n u m                                                                                                                                                                                                     e com a participação publicitária espon­
                                                                                                                                           vra  sem p re fran ca  d e A len castro  —

           d ad o m o m en to .  E  claro  q u e isso  n ão                                                                                                                                                                                                           tânea de quem  o quiser.
                                                                                                                                           tudo isso seria transform ado em  confi­

           abran g e  tu d o  q u e   g o sta ría m o s  d e   d i­
                                                                                                                                           dên cias passadas ao jornalista,nos tem

          zer.  O utras  v ezes,  p referím o s su gerir                                                                                   p o s da censura, qu e eu con heci na p ele                                                                               TB               Q ue acha  da  Revista  da  Telebra-


           apen as, em  lu gar d e p ô r  o  d ed o  na feri­                                                                                                                                                                                                        sil?
                                                                                                                                           d e 1969 a  1975.
           da.  C rem os  qu e,  acim a  d e  tu do,  d ev e


           estar a  v erd ad e.  M as n ã o  seríam os in ­                                                                                                                                                                                                          ES—  G osto dela e leio-a com  m uito in­


          gên u os em  ach ar q u e existe clim a para                                                                                    TB —  Q ue papel  tem ,  a seu ver,  a RN T                                                                                teresse.  Louvo o esforço d e  uma  enti­


           se d izer toda a  v erd ad e.                                                                                                  daqui para  diante?                                                                                                        dade que é capaz d e m anter uma pu bli­


                                                                                                                                                                                                                                                                     cação com   tal nível.  M as creio que não



                                                                                                                                          ES— RN T am pliou bastante seu cam po                                                                                      devem os fazer paralelos entre as linhas


          TB —  T em   sid o  sig n ificativ o  p ara  R N T                                                                              d e discu ssões e d e cobertura. N ós sem ­                                                                                   olíticas d e nossas publicações.  Tele-


          o  clim a  d e  lib e r d a d e   q u e   a  a b e rtu ra                                                                      p re focalizarem os as telecom unicações                                                                                       rasil  tem sido forçada a acolher m ais


          trouxe  ao  País?                                                                                                               em  prim eiro plan o,  m as darem os cada                                                                                 os seus associados, dedicando m ais es­


                                                                                                                                          vez m ais inform ações sobre essa  terra                                                                                  p aço aos gran des  tem as adm inistrati­


           ES —  T odos s e  lem bram  d e alguns ed i­                                                                                   vizinha e  com um  qu e é a  telem ática.  E                                                                              vos e técnicos. E seria praticam ente im ­


           toriais e rep ortag en s d e RN T q u e só  p o ­                                                                             m ais aplicações profissionais, p essoais                                                                                 possível seguir uma linha parecida com


           deríam   ter sid o  co n ceb id o s  e   escritos                                                                             e  individuáis,  d o com putador.  E m ais                                                                                 a da RNT, sem  ferir suscetibilidades —


           em  clim a d e abertura.  N o n ú m ero 2 da                                                                                  som ,  m ais vídeo,  m ais rádio e tendên­                                                                                 d e governo e d e indústria —  reunidos


           r ev is ta ,  n ó s   d is s e m o s   —   em   carta                                                                         cias da  tecnologia eletrônica.                                                                                           aqui sob o m esm o teto.                                                                        T f 1
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