Page 19 - Telebrasil - Maio/Junho 1982

portantes com o Rio-S. P aulo e as dificul­ tam bém foram m uito reduzidos. N ão sei que ao fazer isto tam bém dissolve as suas

dades internas d essa s m esm as cid ad es. avaliara extensão e a consequência desta equipes. Hoje, você não tem m ais o enge­

Como p restad or d e serv iços, n ó s tem os redu ção d e investim ento, m as a im pres­ nheiro politécnico, você tem equipes que

intensa participação n os program as d e co­ são qu e fica para o prestador d e serviços é produzem um trabalho d e boa qualidade.

municação. D esde o p rim eiro m om en to qu e o setor carece e precisa d e uma reto­ O esforço d e p reserv ar estas equ ip es,

participamos da elaboração d o p lan o n a­ m ada d e investim ento im ediato. m esm o que relativam ente ociosas, é vital

cional d e TCs, em m e a d o s d e 64 a 65, para o longo prazo da com panhia. Com o

quando fizem os o s trabalh os iniciais d o T B — D iante do faturam ento da Interna­ não é possível flutuar as equipes ao sabor

plano, depois assu m id o p ela E m bratel e cional, de quanto seria esta redução? d as en com en d as e to d o s esta m o s vi­

daí desenvolvido. N esta ép oca n ão existia vendo, no Brasil, uma situação d e evi­

o Ministério das C om u n icações e foi o d e S Q — N ão saberia dar estes dados, m as dente recessão, nenhum d e nós, adm inis­

Viação que criou um g ru p o d e trabalho, p osso dizer que o nosso setor d e TCs so­ tradores ou em presários, sabe lidar com o

do qual a M on treal p a rticip ou . D ep ois freu em três anos uma redução de, pelo fen ôm en o — o qu e fazer num processo

disto fizem os p rojetos n o cam p o d e com u ­ m enos, 40%. C om o a em presa é m uito di­ em qu e os preços sobrem e a produ ção

nicações e controles n o setor elétrico; esta­ versificada, essas relações variam muito. baixa? Estamos acostum ados a adm inis­

mos hoje elaboran do o sistem a d e con tro­ E isto é verdade para todo o setor elétrico: trar numa econom ia em expansão.

le e com ando da E letrobrás, q u e faz a liga­ h id roelétricas, su b estações, lin has de

ção de todo o sistem a elétrico brasileiro e transm issão e distribuição urbana e rural. T B — Q uer dizer que, para a Internacio­

que só p o d e op erar m edian te um p rocesso Todo este conjunto sofreu uma redução nal, o problema de Recursos H um anos é

de com unicação ráp id o e eficaz su prido m uito grande, na faixa d e 30%. muito importante?

pela Embratel; fizem os qu ase tod o o sis­

tema de controle e d esp a ch o d e Furnas, T B — E quem com pensou? SQ — É a coisa mais im portante que tem

boa p arte, d o s is te m a d a C em ig , da aqui. Recursos H um anos é fundam ental

Paulista; sistem as d e con trole d e d esp a ­ SQ — M ineração, metalurgia e petróleo. em qualquer em presa, m as numa d e en­

cho da carga da C h esfe, s e tiverm os êxito, A com binação mineração-metalurgia teve genharia o é p o r uma razão sim ples: 80%

vamos participar d o p ro jeto d o satélite um crescim ento grande, o setor petróleo dos custos da em presa é gen te — gente

doméstico: se gan harem o s fran ceses, nós tam bém ; o setor elétrico, junto com o o de que tem seus problem as, suas inseguran­

estamos juntos. com unicação, teve uma desativação. Do ças e que teriam que ser tratadas indivi­

pon to d e vista em presarial, com pensou- dualm ente — e quando são 2.800, a coisa

se em term os físicos — a Cia. m anteve fica difícil.
TB — Com o o Sr. vê o seto r d as T C s com o
m ais ou m enos o m esm o núm ero de p es­
oportunidade de n egócios?
soas, entre 2.800 a 3.000 pessoas há cinco TB — Como Sr. insere a T elebrasil, a As­

anos — m as não a rentabilidade, que tem sociação de Classe, neste contexto?

SQ — Visto d o n osso ângulo, h ou v e uma caíd o sucessivam ente. Uma com panhia

redução substancial d as atividades n os úl­ d e engenharia tem uma característica que SQ — Há necessidade de um esforço de

timos três anos. N ós n os dirigim os a um a distingue d e todas as outras: o ativo de conscientização e eu acho que neste parti­

setor particular das TCs q u e é a telefonia e, uma Com panhia destas desce todo dia no cular a T elebrasil p o d e ser o veículo —

durante algum tem po, tivem os trabalhos elev ad or, às 6 horas ele está todo indo mostrar que a fase que o país vive é uma

muito grandes em telefon ia urbana, so ­ para casa. Então, quando a Ga. sofre uma fase conjuntural e não estrutural. O Brasil

bretudo qu an to a p rog ram ação e en g e­ redução d e trabalho, não é possível tomar está passando p or uma fase d e adaptação,

nharia de m anutenção. E stes segm en tos a atitude sim plista de desm obilizar, por­ está digerindo ainda uma m assa d e inves­

tim entos qu e fo i program ada d e uma

forma e está sendo executda d e outra. Há

n ecessid ad e d e acom od ar a econ om ia

para que estes investim entos entrem em

maturação. O que eu acho que a Telebra­

sil tem condições de fazer é nãò deixar que

se crie, no Brasil, p or este processo p en ­

A Internacional de Engenharia — IESA — foi, dular de otim ism o-pessim ism o que o bra­

inicialmente, uma empresa americana fun­ sileiro vive m uito, um grau d e p essi­

dada para desenvolver projetos de engenharia mismo que faça com que a prim eira reação

seja a dispensa em massa. É preciso pro­
geral, com ênfase em hidroeletricidade. Em
curar conviver com uma ren tabilidade

1965 a Montreal Empreendimentos, h o l d i n g mais baixa e, para isto, a atividade d e RH é

do grupo Montreal, comprou o seu controle fundamental. Até m esm o para dispensar

acionário, passando o grupo a ser constituído uma pessoa exjstem m eios e m eios: da

mesma forma que uma em presa gasta re­
pela Montreal Engenharia, que atua no setor

cursos vultosos na contratação, ela precisa

de construção pesada eletromecânica, e pela gastar na dispensa, dando prazo para que

Internacional de Engenharia, a maior empresa a pessoa se recoloque, abrindo oportuni­

de engenharia consultiva do Brasil. A IESA dades em outros locais — isto se quiser ter

participa ou participou dos grandes projetos uma política de RH verdadeira. Caso con­

trário, tem é um guichê de em prego e de­
nacionais como Carajás, Jari, Vale Sul, e no sem prego. De m odo que eu acho que a

exterior trabalhou no Uruguai, Argentina, Telebrasil está dando a tônica com essa

Equador, Peru, Moçambique e Angola. A em­ iniciativa de fazer o debate sobre RH. Esse

presa, cujo escritório central fica no Rio, em é o caminho certo: fazer com que este tipo

de preocupação atinja os níveis dirigen­
Laranjeiras, emprega atualmente 2.840 pes­

tes, fazer com que RH não seja um depar­
soas, das quais 940 são engenheiros. tamento isolado dentro da em presa, mas

sim parte integrante d o p rocesso deci­

sório. Mas não é fácil não, é uma arte com ­

plicada e nem sem pre p od e ser feita.