Page 6 - Telebrasil - Julho/Agosto 1982
P. 6
" O n d e a g e n te coloca o
telefone, tem renda. "
TB— Qual é o histórico
jjM * ? da Telebahia?
f J Telebahia — A Tele-
I Ç bahia foi criada em
( 1973, em meio a uma
y / crise político-adminis-
\ J trativa muito grande,
conseqüência da deteri
oração dos serviços. Sob o controle acio
nário da Telebrás, a empresa começou a
se expandir e calcou todos os seus inves
timentos em programas importados.
Com a crise econômica, teve que adiar
sua expansão porque o equipamento im Almir Vieira Dias, diretor-fínanceiro da Telebahia, falou pela empresa.
portado foi substituído pelo nacional, o
que representou uma defasagem na ex
pansão dos serviços. Praticamente, só
entre 76 e 77, é que novos terminais
foram colocados em serviço, novas sedes
municipais foram sendo atendidas, e a
empresa deslanchou.
TB — E onde chegou?
Telebahia — A Bahia é um Estado muito
grande, é a soma do Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e São Paulo. A comuni
dade estava habituada a trabalhar com
uma empresa lenta, difícil. Hoje, já é uma
empresa considerada pela comunidade
onde ela atua. Temos uma rede nova bem
plantada, um serviço de manutenção mui
to ágil e muitas facilidades para os usuá
rios, em todos os campos. A empresa está
totalmente automatizada, com uma rede
de processamento de dados que abrange
tanto o interior quanto a capital e que per
mite uma agilização muito grande de in
formações. Os serviços oferecidos são os
que os usuários desejam e nós apenas
seguimos a vontade deles — sempre vi
Seu presidente. Sebastião bs te ves Alpha, encontrava-se no exterior.
sando simplificar, facilitar, desburocrati
zar. Hoje o usuário só vem à empresa
para duas coisas: para vender seu tele
fone (passar de nome) e para reclamar a capital vive 18% da população e 83% no
conta. Então, a transformação da Tele interior. A Bahia tem um interior rico e tomáticas Simplificadas — por um preÇ°
igual a 1/10 do custo de uma central telefô
bahia, além do crescimento natural, foi disperso. Ela tem muitas regiões quase
uma transformação de imagem. E ima nica normal e um 1/5 do prazo de instala-
que independentes, econom icam ente ção. E colocamos muitas no interior.
gem não só de empresa telefônica. A falando, e isso nos facilita terrivelmente a
nossa rede transmite televisão para o in receita, porque onde a gente coloca tele
terior e, a cada duas horas, colocamos os fone, tem renda. Para dar uma idéia, há
nossos anúncios na televisão gratuita 6 anos 30% das chamadas geradas na "Os serviços oferecidos são os
mente: "Essa transmissão chega à cidade Bahia morriam dentro do Estado e 70% que o usuário deseja; sernpre
tal via Telebahia". As emissoras de tele iam para fora. Hoje é o inverso.
visão escolhem os pontos onde elas de Outro ponto que também serviu para visando simplificar, facilite
sejam que a imagem seja colocada, nós marcar muito a nossa imagem foi o as desburocratizar."
vendemos esse serviço e aproveitamos pecto da criatividade, a invenção de novos
para divulgar a nossa imagem como em serviços sempre visando atender rápido
presa de telecomunicações. (o mais importante é rapidez) e coin efi TB— Essas centrais têm recursos mãis
ciência à população. A tendência é que se
TB — Isto é feito p or qu e o tráfego para o faça uma coisa demorada e cara e nós pro duzidos? .
interior é baixo? Telebahia— Praticamente a mesma coiS‘ -
curamos soluções mais baratas e rápidas O que se deve é olhar o mercado. G
Telebahia — Não, é muito alto. O Estado Porque a pressão de demanda era muito
da Bahia tem uma peculiaridade em rela alta, conseguimos desenvolver aqui as fa mem do interior quer falar bem ao
ção aos demais Estados do Nordeste. Na mosas CTAS — Centrais Telefôncias Au fone, sem dificuldades — e quer tudo
pido. Não adianta ficar pensando n
6
Telebrasil, Julho/Agosto 82